segunda-feira, 20 de outubro de 2008

OBAMA



Lula: "A crise vai eleger Obama, um negro. Pode ser que não tem diferença ideologica, mas simbólica. Elegemos duas vezes um torneiro mecânico no Brasil, um índio na Bolívia, um bispo no Paraguai e um negro nos Estados Unidos"


É difícil ter dúvidas de que Obama será eleito para a Casa Branca. Estou me esforçando para tentar ver nesse homem a redenção da América porque não consigo tirar da minha idéia quase todos os estadunidenses que conheci ao longo da minha vida. Seres brutos, pouca cultura geral e praticamente nenhum interesse por algo que não seja americano.

Obama é negro e isso por sí, já seria um imenso passo para a evolução daquele país de brancos. Mas Collin Powell também é negro, Condoleeza Rice também é negra e nem por isso esses últimos fizeram alguma coisa decente para o planeta. Só o tornaram um lugar pior para se viver.

Receio que seja necessário mais do que ser negro, mais do que quebrar um paradigma.


Tento ver em Obama um esquerdista. Mas a esquerda nos EUA não existe. O máximo a que chegamos é Michael Moore. Não que seja pouco. Moore é um grande ser humano, mas o pensamento alinhado na América faz com que tenhamos uma terra de senhores brancos anestesiados, rappers entediados numa piscina de dinheiro e um comunismo de jardim de infância*.

Se a esquerda não existe na tal "maior democracia do mundo", como pode haver democracia? De pensamento único?

E se a esquerda não existe como pode Obama fazer o que deveria fazer pra transformar o mundo num lugar menos perigoso (perigo aliás, criado por alguns de seus compatriotas)?

E se Obama não é de esquerda, existe saída para o mundo do século 21?

Lula matou a charada já no início da frase. Não tem diferença ideológica.

Ou seja, percamos as esperanças.

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*Na "maior democracia" o PC estadunidense parece coisa de fundo de quintal. Veja aqui.


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