terça-feira, 18 de novembro de 2008

FHC, O SÁBIO

Sábias palavras de um ex-Presidente (leia):

"Eu acho que no que diz respeito a consolidar e ativar o sistema financeiro (o governo) está fazendo (a coisa certa), mas demorou muito. Agora tem de olhar para o futuro, porque o ano que vem vai ser muito difícil"

O governo demorou muito para agir? Deixa eu ver se me lembro... quantos anos durou a paridade absolutamente falsa entre real e dólar em seu governo? Quanto essa paridade custou em reservas e em exportações para o país?. Todos os economistas sérios do Brasil diziam que era absurdo. E o que houve depois de vencer a reeleição* com o câmbio?

"Os gastos estão muito elevados. Tem de dar uma freada"

Na visão do economista-mór, todos os países do mundo estão errados. Todos estão investindo dinheiro a fundo perdido só pra estimular a economia. Mas na visão dele, ninguém sabe nada. O certo é tirar o dinheiro do mercado e esperar sentado a crise de liquidez passar.


"Globalmente, essa crise atual é mais grave. Equivalente a essa - ou com maior gravidade - só a de 29. (...)Para o Brasil, (essa crise) é diferente, porque não é como as crises que eu enfrentei, que eram cambiais. Esta é de liquidez e de confiança, é outro tipo de crise"

"Para o Brasil esta crise é diferente" - claro, a crise mais grave da história e para o Brasil é diferente. E porque será que é dierente? Será que é diferente porque não estamos mais atrelados a uma dívida externa absurda? Ou quem sabe porque não dependemos da economia americana hoje em dia, metade do que dependíamos na época dele? Ou será que é porque há 6 anos estávamos na 15° posição econômica no mundo e hoje somos a oitava? Talvez seja porque o índice de desemprego em seus tempos girasse em torno dos 20 por cento nas regiões metropolitanas e hoje não chega a metade disso? Ou seriam os juros, que eram de 39 por cento ao ano e hoje estão perto dos 13? Realmente, é bem diferente.

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* Reeleição esta, convém relembrar, ao custo de 200 mil dólares por congressista, para apostarem seu "sim" à emenda. Democracia consolidada, o Brasil da época de Fernando Henrique Cardoso, deixou a respectiva CPI engavetada. Isto era mensalão, mas a Globo, a Folha, a Veja e o Estadão não falaram nada.

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