domingo, 23 de novembro de 2008

PHA E A SUPER-TELE


O jornalista Paulo Henrique Amorim tem insistido sobre a grande patranha envolvendo o alto escalão do Governo Federal a respeito da criação da "super tele". E sim, naturalmente nos vem à cabeça o quanto ele estaria certo ou o quanto ele atira a esmo, para acertar seu desfeto de anos, Daniel Valente Dantas.

Do meu lado, acho que nem uma coisa nem outra. Ou melhor, uma coisa e outra. PHA é um franco-atirador. Ele quer ver o circo pegar fogo porque não tem comprometimento nenhum com este stablishment. Digo bem, ESTE establishment. No mundo complexo em que vivemos, queria ver alguém completamente isento. Especialmente na imprensa. Não tem. Garanto que não tem.


Isso não quer dizer que ele esteja mentindo sobre DvD, mas também não quer dizer que não exagere nas tintas, não importando a dimensão de suas acusações, desde que consiga seu intento.

Agora, falando da tal patranha; bem, DvD, não é exatamente um santo, mas ele foi alçado à condição de filho-do-capeta-reincarnado-e-operando-no-Brasil, por PHA. Se ele vai chegar a ganhar o tal bilhão de reais tendo colocado somente um tostão no caso das teles, eu, aqui, do alto da minha insapiência e desconhecimento dos documentos oficiais (que PHA também não tem, mas tem mais do que eu, reconheço) não digo que sim nem que não.

Porém, o que vejo em PHA é o modus operandi de um cavalo de tróia. Ele quer destruir por dentro porque aqueles por ele representados, têm outros interesses. É sempre assim e sempre foi. Ou PHA é um santo sem auréola, ou um ingênuo de marca maior. Particularmente não acredito em nenhuma das alternativas.

A verdadeira patranha das teles começou em 1994 quando vimos, estupefatos, todo o arcabouço de empresas potencialmente rentáveis do Brasil, serem entregues a um grupo de amigos por uns trocados. Lá estava DvD. Naquela época, o "deus mercado" dominava corações e mentes de nossa imprensa e francamente, não me lembro de ninguém de grosso calibre falando da tremenda armação que se via acontecer. Digo, NINGUÉM. Não via PHA, não via Nassif nem muitos dos que hoje se insurgem contra a mídia tucanizada.

Nassif, especificamente (um jornalista que eu respeito) falava tolices acerca do mercado, que eu custava a acreditar. Nos meus opacos conhecimentos de economia angariados através da insistente leitura (de Marx, Engels, Keynes e até Roberto Campos), detectava furos horrendos na teoria dos articulistas de televisão e dos jornais. Eles não sabiam realmente do que estavam falando, mas foram na onda. O canto da sereia da trupe psdbista os pegou de cheio. Ninguém questionava nada.

Não questionavam por diversos motivos. Inclusive porque seus patrões não queriam que questionassem. O samba de uma nota só comia solto na América Latina. Naquele tempo, a caterva achava que o bem-bom duraria pra sempre. Que os fundamentos econômicos nunca iriam cobrar o preço da vassalagem instalada no país e no mundo.

Basta ver no que redundou todos aqueles anos neo-liberais.

Comecei a trabalhar na imprensa em 1991 no começo de minha vida adulta, mas nunca fui jornalista por pura opção. Via a degradação das redações pelo lado de dentro e aquilo me entristecia severamente. Fui para o lado do Direito quando notei que a mídia fazia água.

Era uma adulação fenomenal da política insossa de Fernando Henrique Cardoso, que me causava náuseas.

Foi quando comecei a questionar a sabedoria desses colegas que nos informam diariamente. Quais seus intereses reais? Todo mundo tem sempre um interesse. Nem que seja o bem comum. Mas isento, alheio a qualquer ideologia, ninguém é.

O "garganta profunda", aquele cidadão que entregou a tramóia que levou Nixon à renúncia, nos deu o caminho das pedras quando precisamos saber quem está falando a verdade na toda poderosa mídia nacional ( e mundial): "Follow the money" disse ele.

Siga o dinheiro e você saberá (ou escolherá) em quem acreditar na próxima vez em que ler qualquer coisa na "grande" imprensa.

Ou simplesmente vá na confiança. Pode ser que PHA seja um daqueles abnegados cuja única inteção, é o interesse coletivo.

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Um comentário:

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