domingo, 16 de novembro de 2008

PPS SE FUNDE AO PSDB. FAZ DIFERENÇA?



PPS PRETENDE SE FUNDIR AO PSDB (aliás, ser incorporado pelos tucanos)

(fonte: Vermelho)

"Ponta-de-lança da articulação, o deputado Nelson Proença afirma que a possibilidade de criação de uma "janela" para a migração partidária pode enfraquecer o PPS.

O risco de proibição de coligações proporcionais em 2010 e o resultado das últimas eleições municipais são outros fatores que levam a bancada da legenda na Câmara dos Deputados, formada por 15 congressistas, a defender a fusão.

Em 2008, o PPS elegeu 132 prefeitos – uma queda de 59% em relação às 320 prefeituras que conquistou em 2004.

"Há uma tendência de os partidos pequenos desaparecerem, e o quadro deverá se consolidar em três ou quatro grandes partidos nacionais. Uma fusão faz parte de um movimento nacional para enfrentar esta crise que está aí e o momento pós-Lula", disse o deputado.

Serrista convicto, o congressista afirma que a fusão independe de quem seja o candidato tucano à Presidência – se Serra ou o governador mineiro Aécio Neves.

Proença é um egresso do PMDB que chegou ao PPS em 2001 – dez anos depois de o partido ter optado por abandonar o nome “Comunista Brasileiro” para adotar “Popular Socialista”.

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, não defende nem rechaça a fusão com os tucanos. Autorizou Proença a dar andamento às conversas com o PSDB. "Não temos uma política de vetos", afirmou.

Segundo Freire, o assunto ainda não está sendo discutido internamente, mas deverá entrar na ordem do dia em virtude da "inquietação" dos congressistas com a possível restrição às coligações e com a possível abertura de um período para o troca-troca partidário sem o risco de perda de mandato.

"Com a reforma política e com a abertura dessa 'janela' para migração, que é um salvo-conduto para a traição, partidos da oposição sofrem muita pressão e há intranquilidade entre os parlamentares."

Freire, que se auto-declara "um velho comunista*", disse que a união com o PSDB "não é estranha nem violenta a cultura do Partidão" porque há identidade entre as agremiações. "

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* Freire em realidade, não é um velho comunista mas certamente sempre foi um comunista oportunista. Quando a URSS ruiu, ele se apressou a mudar as tintas do PCB. Como sabia que o nome "comunista" pegava mal, resolveu junto à camarilha, fundar o PPS, que de socialista, não tem uma vírgula.

Dois horrores surgiram daí. O PCB virou um reduto de esquerdistas radicais, mas incapazes de se fazerem ouvir (ao contrário dos "barulhentos" do PSOL) e o PPS virou um anexo da direita brasileira. Um partideco de aluguel que se debanda para o lado que oferecer as melhores vantagens.

Hoje em dia essa promiscuidade aumenta a confusão na cabeça do eleitor que procura por uma ideologia, seja ela qual for:

O que prefere a direita, vê o PFL que muda o nome porque o verbete "liberal" de seu nome estava associado demais aos neo-liberais que jogaram o Brasil e o mundo no precipício econômico e da desordem social. Pra não perderem cada vez mais seguidores, resolveram então escolher DEM(ocratas); mas não entendem muito bem o que esta palavra significa. Basta observar a biografia de boa parte de seus integrantes para ver de que lado eles estavam durante a ditadura de 64 a 85.

Já o cidadão de esquerda por um momento pensa que um tal PPS poderia ser sua nova alternativa em relação à direita raivosa e espumante de Bornhausen e ACM. Ledo engano. Como já dito, a sigla de aluguel debanda para onde os ventos monetaristas e dos bons cargos sopre mais forte.

Pensava então, talvez no PMDB. Mas isso também dependeria de qual PMDB ele escolheria já que eternamente, a "federação" peemedebista sempre estava com um pé em cada canoa.

Olhava para o PT, mas via que já há muito ele se tornara um partido de centro-esquerda pois seus verborrágicos integrantes da falação e da pouca ação, sairam correndo para o PSOL, tão logo conquistaram o poder. Ser vidraça é bem mais complicado, pensaram eles. Preferem ser pedra e continuar na retórica.

E o PSDB que de social democrata nem as roupas? Negociou o Brasil num balcão de ofertas onde levou quem pagou menos para a nação, mas se habilitou a deixar a melhor propina. E aliás, continua vendendo, nos lugares onde governa.

PCdoB? Bons quadros, mas pouca capilaridade e o estigma de carregar "comunista" no nome. Muito pesado ter um Presidente, um Governador "comunista". PSOL? Não querem o poder, querem apenas poder tagarelar, nem que pra isso tenham que se unir à extrema direita para criticar um governo de centro que não lhe deu cargos nem segue seus programas maluquetes de economia albanesa.

Que fazer? Pensa o eleitor...

Infelizmente a resposta não é simples. E na hora de votar a fidelidade partidária, a maioria se esquivou.

Tenho comigo que a solução vai ainda demorar. Quem sabe fosse mais fácil termos um bi-partidarismo, mas ele também não poderia ser igual ao estadunidense já que na prática, eles têm apenas um milésimo de diferença ideológica um do outro. De fato, se converteram numa ditadura de pensamento único e de dois grupelhos que tomaram o mundo de assalto depois da Segunda Guerra e não querem de modo algum largar o osso.

Ah, a política... difícil, hein?

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2 comentários:

  1. Assim como "O Homem que virou suco", Roberto Freire é "O Comunista que virou PePSi" e não Cola mais.

    Um abraço meu querido. E obrigado por "adotar" o meu pequeno blog.

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  2. Quem te enviou o comentário acima foi o Enio do "PTrem das Treze". Desculpe mas o computadoe aqui de casa é concorrido,Julia é minha filha!!!

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