terça-feira, 6 de janeiro de 2009

VOCÊ JÁ OUVIU ESSE DISCURSO ANTES

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Algum tempo atrás, não me lembro exatamente quanto, talvez uns dois ou três anos, na Itália se fez uma pesquisa. Nesta pesquisa a maioria dos que responderam disseram que Israel precisava parar com essa história da eterna vítima do Holocausto. Ele aconteceu, foi horrível e sem justificativas. Mas já era hora de colocar um basta já que o mundo hoje em dia, não é mais o mesmo e os judeus já têm o seu lugar garantido tanto em Israel como nos EUA e em tantos outros lugares do mundo.

Além do mais, os judeus não são atualmente, perseguidos mais ou menos do que qualquer outra etnia ou povo marginal. O maior exemplo disso são os árabes na América. Lá, usar turbante passou a ser crime capital. Rezar pelo Corão então, passou a merecer perpétua em Guantánamo, sem acusação formal, claro.

O que fartamente vemos nesta horrível carnificina em Gaza, além do absurdo do genocídio em sí, são as pretensas defesas de muitos israelenses, especialmente aqueles atrelados a ideologia de seu governo chacineiro , que dizem ser anti-semita colocar em dúvida a posição de Israel frente aos "terroristas" palestinos.

Ou seja, não aceitam ser criticados. Se utilizam da carapuça da vítima eternizada para cometer horrendas atrocidades.

Ninguém questiona que o Holocausto foi terrível. Mas é igualmente terrível jogar bombas sobre centenas de casas de pessoas inocentes; crianças e velhos indefesos.

Agora querem acabar com o Hamás. Ora, eles o criaram. O Hamas lhes foi útil, muito útil quando precisaram.

Convenhamos. Sejamos muito honestos aqui. O que o GOVERNO de Israel está fazendo é uma limpeza étnica. Nada tem contra os árabes, desde que se mudem dalí. Que vão morar em outro país. E para ter o salvo conduto proveniente de seu povo, para agir contra os árabes, levantam todo tipo de questão. Da mesma forma que criticar Bush imediatamente após o 11 de setembro tinha passado a ser "anti-americano". Daí, o governo ditador dos Estados Unidos lançou o "patriot act". Quem o leu, sabe muito bem porque é tido como obra de um ditador.

Mas nisso o governo de Israel é mestre, não aluno. Já faz o mesmo há muitas décadas*. Não é de hoje que se vê nas fronteiras dos povos palestinos, os embargos, os contingenciamentos no repasse dos impostos, o subemprego, a fome.

E antes que me acusem também de anti-semitismo, já digo que nem venham; minha acusação é contra os chefes de estado de Israel. Lá, em minha opinião, existe um governo bandido, que tem coragem de matar centenas de pessoas para angariar votos numa eleição. Assim tem sido o governo americano há tanto tempo.

Não por outro motivo, caminham tão próximos. Não por outro motivo Bush discursou apoiando incondicionalmente os ataques (veja aqui o discurso no site da Casa Branca).

E o povo, esse "mero detalhe" (como bem disse uma vez nossa ex-Ministra Zélia Cardoso de Mello), extremamente desinformado, mal sabe o que pensar ou em quem acreditar. Se deixa manipular. Acredita que o maior inimigo está justamente ao lado, à sua espreita.

E o GOVERNO de Israel se utiliza da procuração por instrumento público que lhe dá a religião, para manipular seu povo.

E como bons desinformados que se prezam, em qualquer parte do mundo, se tiverem petróleo e bens de consumo à sua disposição, não se incomodam em olhar pela fresta no muro para tentar conferir se aquilo que dizem na tv de fato corresponde com a realidade.

É uma vergonha ver tanta gente inocente morrendo. É uma vergonha saber que isso provenha de países que se dizem civilizados.

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* Como adendo convém levantar o aspecto de que os EUA adoram criticar os estados não laicos.
Contudo, têm como seu maior aliado um estado fundamentalmente religioso.

A charge que encabeça a matéria é de Bessinha, para A Charge Online.

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