quarta-feira, 26 de agosto de 2009

SARNEY, LINA, GRIPE.

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Em uma acalorada discussão em uma padaria, entre uma garfada de empadão e um gole de suco, vi um amigo preocupado com a ridícula fanfarronice levada a cabo pela imprensa igualmente ridícula do Brasil, em relação ao encontro que nunca existiu da tal Lina com a Ministra Dilma.

Subvertendo toda a lógica do direito, a imprensa, o PFL (ops, DEM) e os tucanos esperneiam dizendo que é Dilma quem tem que provar que não houve encontro. E não o contrário. Isso porque em audiência no Congresso, a própria Lina, demonstrando que estava meio arrependida de ter embarcado nesta furada, se contradisse. Depois desdisse o que disse. Mais tarde voltou a dizer. E depois desdisse de novo.

Lina, cujo marido foi ministro de FHC (medíocre, diga-se) pela sua própria história, já deveria levantar suspeitas quanto à sua isenção e sua capacidade de acusação.

Depois, a vemos saindo da casa do demo Agripino Maia. Suspeitíssimo.

Mas ora, ainda que não se achasse nada estranho a esposa de um ex-ministro fiel a FHC, ser orientada por deputados e senadores da oposição, deveria ao menos a imprensa, SE FOSSE ISENTA COMO ADORA DIZER QUE É, levantar a seguinte questão:  "se é tudo verdade, porquê é tão difícil fazer prova, então?"

Comprovado está que a Ministra só esteve durante oito dias na cidade, ao mesmo tempo em que estava Lina. Mesmo assim, as agendas não batem, as câmeras de segurança não registram nada e nenhum passarinho azul tem alguma coisa mais chocante pra falar. Mas isso tudo não basta. Mesmo Lina tendo dito em seu depoimento que "achou" que a Ministra a pressionou, mas que poderia ter sido impressão dela, não é suficiente para a "grande" imprensa parar de publicar bobagens. Não é suficiente para os demo-tucanos fecharem o bico e tentarem pensar em alguma proposta decente para as próximas eleições.

Que nada! Querem é ganhar no tapetão.

Mas ao contrário do que afirmou o dono do Ibope ( o mesmo instituto que por coincidência sempre mostra a Globo vencendo em audiência, mesmo quando perde), José Chirico está no topo de seus votos. Justamente aqueles que teve nas eleições de 2002 e que seu colega narigudo teve nas de 2006. Ou seja, os magros trinta e poucos porcento de votos que não ganham pleito algum no Brasil.

O PSDB, para a desgraça da população (que merecia uma oposição aguerrida de propostas) não tem uma plataforma para 2010. O que vão dizer? Que os juros estão altos? Bem, NUNCA estiveram tão baixos. Que a economia está uma droga? Bem, NUNCA esteve tão bem. Que são competentes administradores? Claro, o Rio Grande do Sul que o diga.

Vê? O PSDB infelizmente pretende ganhar na base do grito. Com a ajuda da mídia, claro, que adoraria novamente se refestelar nas gostosas e generosas verbas publicitárias com as quais os tucanos sempre lhes presentearam.

Perde você, cidadão de bem, que liga o Jornal Nacional para saber de alguma coisa útil e só escuta da tal gripe (que mata 20 vezes menos que a dengue) e da história da Lina, a mulher do ministro do FHC, acusando uma Ministra de ingerência. Sem claro, provar uma vírgula.

Assim, até eu.

Ah, e claro. Tem o Sarney também. Porque óbvio, ele virou desonesto agora. Não era desonesto antes, quando fazia parte da base de apoio de Don Corleone.

O PSDB acha que ganha eleição assim. Não esquente a cabeça, meu amigo preocupado. O povo já não é mais tão burro como antes.

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