CURITIBA: PRIVATIZAM A PEDREIRA E A ÓPERA DE ARAME

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As coisas em Curitiba acontecem de maneira curiosa. A Pedreira Paulo Leminiski, um espaço grandioso e muito bem feito, usando para mega eventos até uma década atrás foi fechada porque segundo o argumento oficial, "atrapalhava" o sono de uns velhinhos da região. A Pedreira é pública, então dá pra perceber a falta de zelo da Prefeitura com ela. Quando o dinheiro está indo para o herário, para o que é de todos, o poder constituído pouco se dava.

Agora, como um passe de mágica, a Pedreira vai parar de incomodar os velhinhos. São os milagres desconhecidos e surpreendentes da privatização operando na alma das pessoas.

Outra coisa muito mística ocorrida sobre este ato, é que se não fosse pela divulgação insistente nas redes sociais do edital de licitação, ele teria sido sorrateiramente escondido do povo. A Prefeitura, na maior cara de pau, disse que "esqueceu" de divulgar, conforme se lê na reportagem da Gazeta do Povo de ontem.

O meio Prefeito, como é chamado por Rodrigo Rocha Loures, do PMDB, o ocupante atual do cargo, parece não se incomodar que a cidade não cuide de mais nada. Privatizou até o SIATE, aquele serviço de urgências que no passado era tão bem avaliado pelo povo.  Não bastando, entrega para as empresas agora, até os parques e os monumentos culturais. A Ópera de Arame, obra arquitetônica que é um dos cartões postais da cidade também não escapou. Entrou na rifa despudorada de uma prefeitura que vende tudo o que encontra pela frente.

A questão é, se antes a Pedreira e a Ópera podiam dar, como deram, lucros e benefícios para a cidade, porque agora não dão mais e "precisam" ser alugadas? E a licitação, quem será que quem vai ganhar? Alguém imagina?

O que está acontecendo com a cidade? O último a sair apague a luz, é isso, meio Prefeito?

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