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"(...) proponente global da recuperação econômica de livre mercado no final do século 20".
Esse pequeno texto publicado claro, pela Folha, fala da Margie Tatcher, a mulher que pouco se lixou para o povo de seu país e do mundo, e empreendeu uma grosseira e arrojada campanha de queima do patrimônio público da Inglaterra, gerando desemprego e recessão e mandando sua ilha de vez e sem volta, para os caminhos do Terceiro Mundo.
Antes que os neolibelês reclamem, o problema não é a privatização. Nunca foi. É a privatização feita nas coxas, entregando o que foi construído com dinheiro dos impostos, graciosamente aos amigos do rei. E a queima da papelada da fiscalização, "flexibilizando" tudo, para que os novos compradores das empresas antigamente públicas, possam lucrar sem limites enquanto o povo deslancha para a miséria e o desemprego.
Pouco importa se a empresa é pública ou privada. Ambos os sistemas têm defeitos. O detalhe está em não impor limites. Deixar fazerem o que quiserem. Basta olhar o que aconteceu no mundo todo para ver que foi assim mesmo. Venderam o herário em sí. Terceirizaram tudo o que puderam e estão no caminho do que ainda não puderam. Os megaempresários ficando megaricos. Os esfomeados ficando megapobres.
Tatcher foi seguida de perto por Ronald Reagan, que com o dinheiro do contribuinte estadunidense financiava guerras e golpes de estado em todo lugar, para que as empresas de seu país pudessem entrar, sem barreiras e sem vergonha. Paralelo a isso, as empresas dos EUA iam mudando suas plantas para a Ásia e nela geravam subemprego. Claro, gerando desemprego em seu próprio país.
Olhando por este lado, Reagan, Bushes, Tatcher e correlatos até prestaram um serviço ao planeta. Mas o desserviço foi muito maior. A quebradeira, a pilhagem o assalto das pequenas e pobres nações supera qualquer ganho que o liberalismo sem freio possa ter trazido a um país ou outro.
Tatcher foi, ao que em tudo consta uma senhora maluca que, orientada pelos ditames da Escola de Chicago, tacou fogo na Grã Bretanha. Entendam. Os ensejadores do libelê não queriam saber de progresso ou liberdade, como adoram dizer. Se fosse, seu discurso não seria (com sua benção), instalado debaixo das mais cruéis ditaduras e não teriam gerado miséria por onde passou.
Só engana quem é trouxa, mesmo. Já os financiadores dos regimes liberais, rasgaram de tanto ganhar dinheiro.
A Folha publica umas linhas idiotas como estas porque seus jornalistas seguramente nunca estudaram economia nem sociologia ou antropologia. Não entendem que esse trololó não lhes favorece, enquanto povo. Mas favorece enormemente seus patrões. Patrões estes, que graciosamente deram dinheiro, emprestaram carros e falaram bem da ditadura brasileira (e as vezes, de outros lugares) em troca do apaniguamento, da passada de mão na cabeça e da olhadela para o lado, abrindo as portas da corrupção e do desvio.
O editorial de O Globo no dia seguinte ao golpe no Brasil não me deixa mentir. Só elogios aos ditadores. A Folha emprestando carros da empresa para os torturadores transportarem seus torturados, também não me deixa mentir. Quem não sabia disso, que consulte o livro da Beatriz Kushnir (aqui) e se horrorize com o que esses hipócritas e mentirosos já fizeram pela tortura e pela barbárie em nosso Brasil. Agora arrotam liberdade e democracia. Sim, desde que os favoreça.
Tatcher foi a primeira de muitos. Aliás, a primeira famosa, claro. A primeira que saiu do armário, porque os governantes de antes tinham pudores em dizer determinadas coisas em público. Tatcher era grosseira e arrogante, bem ao estilo dos liberais que conhecemos.
Os que acham que as esquerdas são infantís e idiotizadas.
Aprendemos como os libelês entendem de economia ao ver o mundo chamado rico, quebrar pelos abusos cometidos ao longo dos anos, que culminaram com a crise de 2008. Por Deus que nosso governo não era o Serra ou o Alckmin. Eu sequer poderia estar postando alguma coisa agora porque possivelmente, não teria nem o que comer, quem dirá, grana pra computador e internet.
Se é possível dizer que Tatcher prestou para alguma coisa, eu diria que foi para o mesmo que George W. Bush. Para mostrar a cara verdadeira dessa quadrilha, para o mundo. Se isso adiantou, eu não sei. Afinal, sempre teremos os libelês travestidos de bem intencionados, tentando fazer voltar os bons tempos do chamado livre mercado, onde o que era livre era só o assalto. Mercado mesmo, ficava entregue aos ditames dos governos vendidos por um punhado de moedas, para fazer leis e fazer pressão social para favorecer o grupelho de amigos.
Descanse em paz, Tatcher. Ainda que eu ache realmente que isso não será possível.
Clique aqui para ver o que Aécio disse que pensa da democracia.
ESSA MULHER ERA O CAPETA EM PESSOA.
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