domingo, 5 de julho de 2015

SIM, DILMA É FRACA. MAS O POVO QUE A CHICOTEIA, É ESTÚPIDO E VAI PAGAR O PREÇO DA IGNORÂNCIA

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Dilma faz um governo medíocre, é verdade. É inquestionável.

Há muitos motivos para isso.

- Há a incapacidade de ver que os progressistas foram colocados de escanteio e a administração foi tomada de assalto por Chicago Boys que deveriam ter sido banidos da pátria;

- Que o  governo é fraco porque cedeu demais aos abutres do PMDB em troca da governabilidade que eles não oferecem mais, pelo simples motivo de que são abutres e abutres vivem da carniça dos morto e portanto se ajudassem, perderiam o alimento do qual sobrevivem;

- Que a imprensa, com quem Dilma pactuou em nome de uma democracia ilusória, é justamente quem solapa a democracia real todos os dias, elegendo os alvos que melhor servem aos seus interesses;

- Que o judiciário e a Polícia Federal parecem braços institucionais da oposição;

- Porque há corruptos demais espalhados pelas esferas governamentais e pouco importa se antes também era assim. O PT que se jactou da honestidade, não poderia ir pelo mesmo caminho. Agora isso deveria acabar porque a nação não suporta mais ser estuprada diariamente por bandidos,

- E, porque por fim, pra somar a tudo isso, temos um povo com mentalidade em geral, tão medíocre quanto quem os governa. 

Um povo cujo lema maior é a Lei de Gérson e que elegeu a deusa imprensa, como a grande timoneira. O que a mídia tradicional ordena, o povaréu bovino, acata com tranquilidade e de olhos vendados.

A imprensa, o PSDB, e os encastelados no dinheiro e no poder que foram tirados e cena, apostam no quanto pior melhor. Pra eles, ver a fraca Dilma sangrar todos os dias na tv, como quem apanha violentamente num ringue de boxe, é divertido e proveitoso. Eles, essa oposição carniceira, só querem ter o poder de volta e todos os benefícios que significa ter um país inteiro, extremamente rico, à disposição.

Não que o PT em termos de roubalheira seja muito melhor que o PSDB. Evidente que não é.  Mas aí teríamos que derivar para outro tipo de conversa que levaria muito tempo. O que precisamos ver hoje imediatamente, é o fato de o país estar afundando, e o povo estar aplaudindo. 

Quem tem acima de 40 anos, deve se lembrar como era ruim ter um governo fraco no poder. Governo fraco significa instituições fracas. Instituições fracas significam cartéis fortes e tudo o que isso representa. Lesão do patrimônio público, escalpelamento do povo por tarifas exorbitantes de serviços essenciais, e pior, inflação. A grande inflação que os bancos e determinados setores da indústria brasileira têm tanta saudade, pois o capital rentista que a inflação proporciona a quem é muito rico, é infinitas vezes superior ao lucro obtido com a atividade industrial. A margem de lucro de uma correção de 80% ao mês, como tínhamos nos anos 80, era absurdamente mais vantajosa do que custear uma estrutura afim de produzir bens de consumo. Em outras palavras, com a hiperinflação, a maioria, inclusive dos setores capitalistas perde; mas os poucos que lucram, lucram sem limites. 

E o zé povinho, o que acha disso?

Naturalmente, não acha nada. Ele não consegue raciocinar que embarcar no quanto pior melhor, só o fará perder tudo o que conquistou. 

Dilma mostrou que o PT se exauriu e pelo jeito, agora não dá mais tempo pra se reinventar. Mas ao povo, pouco importa o problema interno do PT. Importa sim, o que esse festival de seletividade no chamado combate à corrupção, representa no nosso pão de cada dia.

Acreditar na conversa mole de que gente absurdamente corrupta da oposição, atolada em processos judiciais que vão desde trabalho escravo até tráfico internacional de drogas, podem e querem transformar a pátria brasileira num lugar melhor, é ser muito ingênuo. É expediente de quem é comandado por uma plêiade de bandidos, e está feliz com isso.

Pobre do Brasil e dos brasileiros decentes. Aqueles que conseguem ver o abismo se aproximando, mas não conseguem sequer argumentar com o vizinho raivoso e iletrado, que espuma pela boca com um exemplar da Veja debaixo do braço com medo de apanhar na rua.

A que ponto chegamos.

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