sábado, 13 de dezembro de 2008

O CACHORRO QUENTE E A CRISE

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Existe um texto circulando na internet que é muito conveniente dar uma boa lida. Vejamos:

"Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorro quente. Não tinha acesso à midia mas se preocupada em oferecer o melhor produto, o melhor atendimento e preços nem caros, nem baratos. Havia filas para comprar seu cachorro quente.

Com sua renda esse senhor criou o filho e o mandou para a faculdade. Lé, este jovem que muito estudou ouviu muito falar da crise pela qual passava seu país. Formado, retornou à casa e advertiu seu pai sobre o que "de verdade" acontecia.

O pai, após ouvir as considerações do filho Doutor, pensou o óbvio: Se meu filho que estudou Economia acha isso, só pode estar com a razão!

Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e pior), também começou a comprar salsichas mais baratas ( igualmente ruins). Para economizar, parou de fazer cartazes de propaganda na estrada. Abatido pela noticia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta.

Tomadas todas as "providências", as vendas que antes geravam renda até para mandar o filho para a melhor universidade paga do país, começaram a minguar. Minguaram tanto que o negócio fechou.

O pai, triste, disse a seu filho: - "Você estava certo, nós estamos no meio de uma grande crise".

E comentou com os amigos, orgulhoso:
"Bendita a hora em que eu fiz meu filho estudar economia, ele me avisou da crise"

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Corretíssimo o texto.

Temos que nos lembrar que no capitalismo, a maior crise é a falta de consumo. Existem algumas corporações que se utilizam da "crise" como desculpa para as demissões que antes pegariam mal ou pelas quais seriam repreendidos pela opinião pública. Tem muita gente que lucra com a crise. Setores poderosos e cartelistas podem reajustar preços por causa da "crise", podem chantagear o fisco e a legislação trabalhista por causa dela.

Mas o peixe morre sempre pela boca. E foi exatamente o que aconteceu nos EUA e que não podemos deixar acontecer no Brasil. Tantas corporações mandaram suas fábricas para a Ásia (para pagarem menores salários), que gerou desemprego dentro de suas fronteiras. Daí, demitiam por um "desaquecimento" da economia que "acontecia" dentro de casa. Usavam a crise para diminuir salários, chantagear o fisco e os setores trabalhistas. Queriam desregulamentar tudo inclusive e principalmente o mercado financeiro. Conseguiram. Acharam um governo conivente que por motivosde lucros pessoais, cortou TODA a fiscalização em relação às hipotecas que íam sendo vendidas e revendidas ad eternum.

Chegou um dia que alguém quis cobrar a conta daquela primeira hipoteca. Daí descobriram que o cara que a originou tinha perdido o emprego por causa da "crise" e do "desaquecimento". E que obviamente, esse alguém não poderia mais pagá-la, nem o financiamento do carro nem absolutamente mais nada.

Estava cozido o mingau que a "crise" ajudou a produzir e que os grandes tanto queriam para poder diminuir salários, cortar empregos e reajustar preços.

A economia (seja ela capitalista, comunista ou da Terceira Via) vive essencialmente de duas coisas: emprego e crédito. Sem isso, o mundo como nós o conhecemos simplesmente pára.

Desligue o Bom Dia Brasil, os "jornalões" e as "revistonas". Esse é o melhor investimento e o melhor corte de gastos que você pode fazer contra a "crise" que se aproxima. Caso a maioria não tenha notado, eles têm ótimos motivos para trazerem a crise lá de fora para o nosso País.

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