terça-feira, 5 de maio de 2009

MEMÓRIA CURTA

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Naturalmente não vou perder meu tempo, nem de nossos estimados leitores e colegas, para que tentemos entender o que se passa na cabeça dos mandantes da mídia nacional. De toda forma, vejamos o que saiu hoje no Guardian (tradução livre):


"Pierre Lamuniere, presidente da FIPP (Federação Internacional da Imprensa de Periódicos)* abriu o Congresso Mundial das Revistas FIPP em Londres esta manhã com uma visão da situação da indústria global de revistas e disse: "Nós estamos lutando contra a pior recessão que nossa indústria já enfrentou".

Com a exceção da China e do Brasil, disse ele, a indústria está numa posição onde não há escolha senão fazer o downsise, mas ele advertiu contra o pessimismo, dizendo que é importante adotar uma perspectiva de longo prazo, inovar digitalmente e encorajar a feitura de prósperos negócios na área".

Atentem para o descrito. "Com a exceção da China e do Brasil". Bem, como diria Mino Carta, até o mundo mineral sabe que se os políticos azuis e amarelos de bico grande estivessem no poder no Brasil, estaríamos afundados na pior crise da história, porque oras, já teriam sido vendidos e privatizados todos os pilares que estão, justamente eles, sustentando o país na atualidade, e que nos impedem de ir pelo ralo como o resto do planeta.

Serra ou Alckmin teriam vendido a Petrobrás (lembram da Petrobrax de FHC?), privatizado o Banco do Brasil, todos os bancos estaduais que ainda restaram e que são poucos; o BNDES voltaria a ser o braço do empreguismo e da distribuição de dinheiro para os ziliardários da nação, os pedágios continuariam a aparecer custando 10 reais o trecho e não 1 real como é hoje em dia, e por aí vai.

Mesmo assim, nossa mídia quer porque quer trazê-los de volta ao poder. Os motivos? Claro, sob um governo tucano, eles teriam vantagens das quais hoje não dispõem. De toda forma, se estivessemos no buraco, sequer conseguiriam vender jornais e revistas. Nossa mídia estaria no caminho da americana ou da inglesa. Fechando portas, demitindo milhares e passando o chapéu.

Mas claro, quem se importa? Poderiam até fechar as portas ou demitir toneladas de trabalhadores. As tetas generosas do governo estariam sempre por perto para acudir os amigos do rei.

Esse é o saudoso Brasil amarelo e azul dos tucanos. 

E tem gente que ainda acha que eu estou exagerando. Devem mesmo ter memória muito curta.

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