domingo, 14 de junho de 2009

OBAMA E AS ELEIÇÕES NO IRÃ

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Como dito por nós e por tantos outras pessoas com algum senso crítico, Obama seria um avanço, mas ele continuaria sendo um presidente dos EUA, ou seja, 75% conservador, belicista, racista e acima de tudo, edonista.

Com o anúncio da vitória de Ahmadinejad no Irã, naturalmente pipocaram as reclamações de fraude no pleito eleitoral. Isso sendo feito no próprio Irã, pouco se me dá, afinal, eles que corrijam seus próprios problemas afinal, autonomia e reconhecimento internacional eles têm.

Mas obviamente os EUA não conseguem ficar com a boca fechada. Voltam ao alto de seu púlpito auto concedido, para gritar asneiras contra a suposta roubalheira em um país que conta com suficiente bagagem histórica para poder cuidar de seus próprios assuntos.

Provando mais outra coisa, os estadunidenses têm memória curta, BEM curta.

Contudo, alguns cidadãos da América do Norte ainda usam o cérebro como este leitor do NY Times:

"The difference between the Iranian election and the US election in 2000 is that the Iranians care enough to demand fair and honest elections. Both countries have the freedom to protest corruption of the electoral process. Unlike complacent Americans the Iranians refuse to go quietly."- jsb, binghamton, ny, June 14th, 2009, 9:49 am

"A diferença entre a eleição iraniana e a eleição americana de 2000 é que os iranianos se preocupam o suficiente com eleições justas e honestas. Os dois paísestiveram a liberdade de protestar contra a corrupção no processo eleitoral. Ao contrário dos complacentes americanos, os iranianos se recusam a prosseguir silenciosamente"

Como dizíamos, se houve roubalheira, que saiam às ruas e que decidam o que fazer. Mas ter um outro país corrupto a instigar a mídia contra a população (o que claramente houve no caso), a tentar mexer seus pauzinhos para facilitar as coisas daqueles lados para sí e para seus comparsas de Israel é bem destoante do que se pretenderia a uma nação cujos valores democráticos são levados em conta.

Os EUA foram e continuam sendo, uma farsa mundial. Obama, pelo que se nota dele, até é um homem bem intencionado, mas quando se trata de política externa e notadamente, Oriente Médio, o Presidente é o que menos manda.

Este mesmo blog já se manifestou anteriormente sobre Hillary Clinton à frente do escritório de política exterior, com estas palavras:

"E isso significará que imediatamente, pouca coisa mudará em sua política externa. Ora, não nos iludamos. Sua Secretária de Estado é Hillary Clinton. Seu marido bombardeou os Balcãs e atacou o Iraque, também. Ocorre que suas maiores peripécias, as mais comentadas pelo menos, se deram em sua cadeira ao lado de sua estagiária. Hillary pode ter feito um discurso conciliador tentando criar um sistema público de saúde anos atrás, mas não é diferente de seu marido no que se refere à economia de guerra. Nos Estados Unidos, muito pouca gente consegue pensar de modo distinto quando o assunto é esse." (leia).

Significa dizer que, se você está esperando democracia de verdade, que não aquela vendida em bancas de jornais (tanto lá como cá), não perca tempo procurando nos EUA. Eles têm muito pouco a ensinar sobre isso.

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