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A coluna de Guilherme Barros no IG mostra que o Banco do Brasil é o sétimo da América Latina.
Conversando sobre isso com um amigo, ele me disse, "E o que isso me importa?". "O dinheiro não vai pra mim, vai para o governo".
Achei interessante a posição dele. De um primarismo fenomenal. Mas vindo de quem veio, não fiquei surpreso. É um privatista por natureza. Acha que o Governo não deveria ser dono de nada, que deveria simplesmente não ter nenhuma atuação social, e parar de cobrar impostos.
Pela lógica dele, até não lhe tiro a razão. Afinal, se um governo nada oferece, também nada deveria cobrar.
Mas este meu amigo foi um dos que gritou quando a Varig quebrou. Ele achava que era obrigação do Lula salvar a empresa. Na mesma hora eu disse que ele tava louco, ou era aproveitador. O dinheiro público só serve para ajudar os amigos, então? Só serve para preservar o interesse de meia dúzia?
Infelizmente pra ele, sim. E o pior é que ele não esconde esse pensamento. Lê este blog todos os dias e critica tudo o que eu falo. Saberá que estou falando dele quando estiver lendo esta postagem.
De todo modo, o mote do post era pra dize que se fosse Serra ou Alckmin, o BB não estaria desontando em nada. Teriam vendido a parte que é da União. Daí, que se virassem os brasileiros.
Pra quem não lembra, é bom recordar que o BB foi um dos artífices, junto com a CEF e o BNDES da recuperação do Brasil durante a crise. Os bancos privados (como seria o BB sob Serra) esconderam o dinheiro e aplicaram nos títulos públicos. Somente os bancos federais estavam emprestando grana na praça. E vale lembrar, capitalismo é isso, é dinheiro circulando.
Quero saber se algum dos bancos rifados por FHC emprestou dinheiro durante a crise. Qual a resposta? NÃO, esconderam tudo. Correram pra onde era seguro. E o povo? E a crise?
Que se dane. Não estão aí pra ser Madre Teresa. Querem é faturar.
Gostaria que meu amigo pensasse nisso da próxima vez que achar que algo deve ser vendido. Se ele ligar para alguma coisa que não seja o próprio umbigo, claro.
Clique aqui para ler o que o meu amigo acha que é esmola. Mas é capitalismo em essência.
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O mais interessante é que o grande motor do maior crescimento do BB foi justamente confiar na honestidade do povão adotando o crédito consignado e abaixando fortemente o spread. Como bem disse o ministro Mantega: "Isso deixou os bancos privados comendo poeira!"
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