domingo, 17 de janeiro de 2010

O DISCURSO DO PSDB

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O quadro acima mostra um Brasil recebendo investimentos externos e indo bem, e uma oposição atolada na corrupção. E agora, que argumentos terão os democutanos pra atacar o governo?

Essas duas notícias extraídas dos noticiosos matinais deste domingo mostram como será complicada a vida política para 2010. Por ser ano de eleição, veremos de tudo. Quem está no poder vai querer permanecer e quem não está, vai querer entrar.

Até aí, nada de novo.

Mas este será um ano atípico, de eleições atípicas. O Brasil hoje já é outro, não dá pra ser comparado com o plantador de bananas do começo dos anos 90 que diziam "sim" para todo mundo. Hoje se o país for dizer "sim" será porque negociou, porque cedu agora para ganhar alí na frente. Antes era uma concordância vassala, o sim pelo sim. "Sim" porque nosso destino era ser subalterno, mesmo.

Por ser outro país, o discurso dos políticos também tem que mudar, precisa avançar. Na sexta-feira ouvi o tucano Álvaro Dias encarnando um PSTU e dizendo que era "preciso mudar tudo o que está aí", dizendo que o Brasil está parado, falando da corrupção do governo.

Álvaro deve viver em outro mundo. O de Alice, provavelmente. Corrupção no governo? Há, e alguém nega? Mas na oposição, na base de apoio dos tucanos não há? O Brasil está parado? A economia cresce como jamais cresceu, o país saiu da décima quinta posição nas economias mundiais (onde FHC nos jogou) para voltar à oitava em menos de meia década. E lodo estaremos entre as 5 (se nenhum sucessor do FHC assumir, claro).

O que falta para a oposição brasileira é se tocar que tudo mudou, que o próprio povo considera ladainha esta besteira toda que eles têm dito nos ráidos, nas TVs. "Mudar tudo o que está aí" é conversa de quem nem sabe o que está acontecendo. É trololó de quem não tem discurso. Era a conversa mole do PSTU e do PSOL (que agora resolveu maneirar) porque bom mesmo é ser pedra e não vidraça. Ganhar votos na vida fácil de quem é oposição.

Mas o PSDB quer (e precisa) voltar ao poder. Suas bases estão pressionando Os financiadores estão abandonando o barco na medida em que notam que seus políticos prediletos fazem o mesmo jogo de cena que faziam em 1989 quando o planeta Terra era diferente. E eles não vão se atualizar pelo simples fato de que não sabem fazer política. Sabem fazer rasteira. Não existe mais guerra fria nem União Soviética para continuarem usando o mesmo discurso frouxo.

Mas Arthur Virgílio, Álvaro Dias e o presidente dos tucanos, Sergio Guerra, mostram claramente que isso eles não conseguem. Guerra declarou publicamente que pretende acabar com o PAC e quer mexer no câmbio e nas taxas de juros. Bem, convém lembrar para aqueles que já esqueceram que no governo tucano, as taxas de juros chegaram a 39% ano ano. Significa dizer que a cada dois anos, a dívida pública praticamente dobrava. Hoje, não passam os juros de 9%. E eles reclamam. Reclamam como se tivessem feito coisa melhor.

Os tucanos estão sem assunto, estão sem plataforma. E vão perder esta eleição de novo pelo simples fato de que Serra está no máximo de seus votos, como em 2002.

E para quem diz que Dilme é desconhecida do grande público, que é fabricada (palavras do presidente tucano), alguém (além do mundinho do Higienópolis) conhecia FHC antes de 1993 quando Itamar o chamou pra "cuidar" do Plano Real? Aquilo era ou não era inventar um sucessor?

Clique aqui para ver os índices de Serra.
Clique aqui para ver que Serra faz propaganda de obras que desabam. Mas parece que está tudo bem.
Clique aqui pra comprovar que a oposição ficou sem discurso.
Clique aqui para ver que com a nova refinaria, o PSDB perdeu ainda mais seu apoio político.
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