segunda-feira, 12 de abril de 2010

VEJA E AS CHUVAS NO RIO

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Já vai longe o tempo em que ler a Veja era um exercício de paciência. A pessoa com QI maior que zero, se irritava, se indignava, mal acreditva como era possível um amontoado tão grande de mentiras, entremeados por propagandas, daquele jeito.

O tempo passou, o número de anunciantes diminuiu (não é todo mundo que quer sua marca associada a uma publicação tida como neonazi), e a própria indignação foi embora. Sobrou o riso de soslaio e a certeza de que para a famiglia Civita, tudo o que importa é ter seus amigos no poder. Dane-se o jornalismo. 

Veja é apenas um panfleto ideológico de direita, que apóia uma corrente política. Uma linha de pensamento. Não é jornalismo. Não é séria.

Desvendado o mistério, você pode até perder seu tempo folheando o gibi charlatão. O importante é você saber o que está lendo. Afinal, cada um gasta dez reais como quer. Uns gastam com comida, outros gastam com isso.

Mesmo assim, não consegui me segurar esta tarde quando ví em uma confeitaria, a capa da Veja desta semana. Dizendo que é hipocrisia culpar as chuvas pelo desastre no Rio. Voltei para o QG  e vasculhei na internet capas comparativas sobre o que acontece hoje na terra fluminense e o que aconteceu em São Paulo, terra dos tucanos.

Duas chuvas, duas medidas, como disse o blog Diário de Bordo, que por sua vez, também ficou bestificado e pinçou do twitter da Renata Arruda as capas da pobre publicação.

O que dizer da Veja? É jornalismo? A mesma chuva que em São Paulo era obra divina, no Rio é culpa do Sérgio Cabral e do Lula.

Definitivamente, foi-se embora a indignação. Sobrou apenas a resignação. Veja.

Patética.

Mas ela não está sozinha. Nos links abaixo, outras demonstrações inequívocas que a imprensa brasileira faliu.

Clique aqui para ver que o estadinho publicou que a maioria prefere candidato de Lula. 
Clique aqui para ver o estadinho não falando nada da maquete do Serra, mas reclamando do Lula..
Clique aqui para ver que para um setor da mídia, Eua e Cuba não se acertam por culpa do Lula.
Clique aqui para ver Petkovic defendendo o socialismo e deixando Ana Maria Braga com cara de planta. 
Clique aqui para ver o tapa de luvas em "nazy" Casoy. Dilma samba com garí no carnaval.
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7 comentários:

  1. A Veja cada vez mais cai no ridículo de si mesma...
    Bem dito "Veja é apenas um panfleto ideológico de direita, que apóia uma corrente política."

    A Veja nada mais é do que uma infeliz realidade do pseudojornalismo brasileiro!

    Perdem eles, a credibilidade. Mas perdem muito mais nós, com a falta de seriedade e profissionalismo de uma publicação que pode ser considerada no mínimo patética pela (des)informação que presta ao leitor.

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  2. Jornal e revista são tão anos 50... rs

    Ainda VEJO essa porcaria FALIR.

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  3. Saquei esse absurdo das capas, mesmo. Chegou a ser ridículo. Muito bom, pois estão terminando de minar a própria cr4edibilidade. Chegou ao cúmulo de que leitores, pra não notarem a diferença de tratamento nas capas, terão que ser mais estúpidos do que é provável que sejam (embora pra ler esse panfleto...).
    Muito bons apontamentos.
    Parabéns pelo blog lúcido. Você tem mais um leitor!

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  4. PARABÉNS. MUITO BEM OBSERVADO.
    JÁ MANDEI PARA TODOS OS MEUS CONTATOS.

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  5. E isso ai,tem gente que possui criatividade apenas para coisas sem relevância, e quando essa criatividade se faz realmente necessaria, faz essas merdas, e pior de tudo,ainda tem a cara de pau,de colocar nas bancas, troxa de quem as compra...rsssssssssssss

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  6. Diga-me se les e cres na Veja que te direi quem és rrss

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  7. Renato Luís Schmitt14 de julho de 2011 às 19:46

    Ler a Veja me causa náuseas. Sinto muito. Más a Veja ignora os bons leitores e por isso tem conteúdos tão péssimos. E sinto muito e repito, "veja" ignora os bons leitores. Me considero um bom leitor, aliás excelente leitor e é justamente por eu ter esta qualidade que não assino Veja. Tentei várias vezes iniciar uma leitura de um determinado assunto nesta revista, em nenhuma das tentativas tive sucesso. É impossível ler.

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