domingo, 25 de setembro de 2011

CURITIBA: PROJETO DE 1940 ERA MAIS AVANÇADO

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Existe um fato incontestável neste planeta Terra. Enquanto o transporte coletivo não for bom o suficiente para fazer valer a pena largar o carro em casa, nada vai mudar. As ruas continuarão entupidas de veículos individuais e no caso da capital do Paraná, a propaganda mentirosa vai continuar dizendo que moramos no paraíso, que vivemos em pleno "exemplo" de moderninade internacional.

Mas quem sai nas ruas de Curitiba sabe que não é mais assim faz tempo.

Esta semana a Gazeta do Povo trouxe uma palavrinha sobre um projeto de 1940 da reforma municipal. Ele previa avenidas largas e mencionava o congestionamento que por certo na época, era o equivalente a apenas uma rua pequena, cheia de carros (400 unidades).

Só que pelo jeito, o projeto era futurista e pensava que a cidade um dia seria grande. Na outra ponta, na prática, o que se viu foi uma cidade com planejadores voltados ao próprio umbigo, pensando que a polis  nunca passaria de 500 mil habitantes. Falavam que Curitiba era uma cidade planejada. Sim, seria, se fosse pra ter meio milhão de almas. Ela passou disso faz tempo e o poder público continua ignorando um dos piores cânceres urbanos de que se tem notícia: o trânsito infernal.

Trânsito custa dinheiro, custa stress, custa poluição sonora e do ar, consome seu tempo produtivo, tira você do trabalho e da família.

A Prefeitura ficou décadas sem fazer alguma reforma condizente com o crescimento da cidade. Enfiava a população "excedente" nas periferias e absurdamente, abandonava o centro da cidade à marginalidade para priorizar os shoppings ceteres. Hoje todos pagamos o preço da falta de planejamento. A arrecadação da cidade ia crescendo ao ponto de se tornar o quarto orçamento nacional. No entanto, o planejamento ia sendo enterrado sabe se lá onde. As verbas que poderiam ter sido melhor usadas para continuar a fazer a cidade ser algo de ponta, foram "sumindo" misteriosamente. O dinheiro vinha, mas não era verdadeiramente jogado na educação, na saúde, na segurança e muito, muito menos, no planejamento.

Ninguém sabe onde foi parar o dinheiro de Curitiba. Alguma idéia?

Voltando ao planejamento de 1940, vemos que aparentemente, ele dava um banho nos atuais tecnocratas falastrões. Vemos que é puro blablablá quando falam de priorizar o pedestre e tirar o excesso de carros das ruas. Querem fazer isso através da aplicação de multas e pedágios urbanos. Transporte coletivo decente, nem pensar, alternativas saudáveis, nem pensar. Experimente ir e vir todo dia pelas ciclovias sem ser assaltado.

Mas vêm, claro, com a ladainha de um metrô impossível e irrealizável, que custaria 6 vezes mais do que um projeto futurista melhor, mais moderno, de veículos sobre trilhos, suspenso. 

Continua parecendo que a tecnocracia curitibana só pensa no tamanho das verbas que poderá pegar e emprestar do Governo Federal ou dos bancos internacionais. A grana virá, mas como o curitibano já se acostumou, nada será realmente feito. Tudo irá pelo ralo da grande negociata. A cidade virou um balcão de negócios.

É o preço que pagamos por deixarmos ser instalado um feudo na Prefeitura.


Clique aqui para ler que alienação e desinformação são reinantes na mídia brasileira.
Clique aqui para ver que tucano só fala de CPI quando não atrapalhar suas negociatas.
Clique aqui para ver os cansados denunciando o próprio país na OMC.
Clique aqui para ver os ricos (de fora) pagando 1 milhão de dólares pra jantar com Dilma.
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2 comentários:

  1. Prezado Sr. Anais, permita-me descordar do título da postagem, afinal, o projeto de 1940 era moderno, mas hoje não existe projeto, logo o de 1940 não pode ser mais atual do que um que não existe...rs

    Cleverson Lima
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