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Eleições são um evento que vem se tornando sinônimo de jogo pesado, baixaria, pancadaria e roubo, muito roubo.
É sintomático. Se o povo votasse com a cabeça, nada disso aconteceria. Mas vota com o fígado, imaginando que estão em uma partida de clássico de futebol. Escolhem um fulano, pelo motivo que for, e o defendem até a morte. Esquecem o principal, que é cobrar do então eleito, se ele realmente faz aquilo que prometeu.
Curiosamente o cidadão o assume como se dele fosse. O defende sem cobrar, pra não deixar à mostra que ajudou a eleger um idiota.
Este segundo turno por exemplo, vem se convertendo em um dos mais viscerais dos últimos anos. E com a força da internet, pipocam barbaridades, preconceitos e mentiras deslavadas contra todos. Pululando na rede social, circulam vídeos muito bem montados, com músicas feitas especialmente para o evento e que tentam fazer parecer ser obra feita em casa, por eleitores comuns, quando na verdade sairam quentinhas do estúdio da campanha adversária, ele sim, com capacidade para dar cabo de tais coisas com tanto profissionalismo.
Assista ao vídeo abaixo para ver que a música, com aquela qualidade, não se faz em casa com microfone de computador. Se trata de um material engraçado e bem conduzido, com bom arranjo. Por isso mesmo, levanta muita suspeita.
E o povo assiste e replica, sem se importar se é verdade ou não. Novamente, o fazem com o fígado e com o fígado votam no dia da encosta.
Nada mais são do que manipulados. E assim serão por mais 4 anos.
É por essas e muitas outras que, desde que estudei as primeiras aulas de OSPB (a matéria que o governo militar impôs aos estudantes do ginasial, nos anos 1970) eu me tornei oclocrata, e sou cada vez mais convicto de que ninguém precisa de presidente, governador, prefeito, senador, deputado nem vereador. O que se pode esperar das repúblicas é isso mesmo que está aí, desde os tempos bíblicos. A república, tal como é conhecida, não é mais do que uma mini-monarquia, de curta duração e cambiável, com direito a títulos, cargos e recompensas aos amigos, parentes e parceiros - patrocinadores, e miséria à plebe (e sem direito a uma revolução à francesa - a não ser quando os verdadeiros madantes (os titereiros que manipulam os comandos da televisão e emissoras/editoras associadas, manietando a plateia alienada) mandam que se linche uma autoridade que não lhes agradou, como aconteceu eu 1992). E isso não ocorre apenas no Brasil: os EUA são os grandes mestres e impositores desse sistema - a única diferença está no montante dos investimentos e na tecnologia cinematográfica. Os eleitores de lá são mais idiotas que os de cá - com uma vantagem a eles: não são obrigados a votar.
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