terça-feira, 3 de maio de 2011

PARA ONDE O PT NÃO DEVE IR

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Existe uma coisa muito interessante nas fases anteriores às eleições, que são os "balões de ensaio".

Funciona assim. Você vê alguma possibilidade, mas não sabe como ela poderia soar ao grande público. Então, solta boatos de tudo, mesmo da mais estapafúrdia situação, para ver no que dá. Assim, se colar, colou.

É óbvio por um lado, que quem disputa (normalmente) quer ganhar as eleições. Ao menos, é assim com quem tem alguma chance. As chances de o PT de Curitiba sair vitorioso nas urnas para a Prefeitura só foram grandes realmente quando Angelo Vanhoni por pouco não tascou a cadeira de Cassio Taniguchi, aquele que Requião amorosamente chamava de "tamagochi" - o bichinho virtual japonês, que precisava ser alimentado e cuidado para não morrer.

Mas o PT, por algum desígnio divino que os pobres mortais desconhecem, deixou a chance escorrer pelos dedos. Quem não se lembra do primeiro programa do segundo turno, quando Vanhoni apareceu recitando poesia? Soou patético. No mínimo, viram os eleitores, um desperdício de tempo de tv. E Vanhoni também não era dos mais escolados nos debates. Quando tamagochi o surpreendeu com a pargunta sobre o Procel e Vanhoni se envergonhou todo por não saber o que era (se tratava de um programa iniciante, então), os mais maldosos cairam no pêlo. Se Vanhoni não era preparado para o debate, também não seria preparado para prefeiturar.

Ao menos era assim que pensava o ingênuo eleitor.

Desnecessário dizer que se fosse Requião no debate, e ele não soubesse o que era Procel, Cassio se arrependeria amargamente de ter perguntado. Mas eram outros tempos, tempos que não voltam mais. Depois disso Lula ganhou e o PT de maneira geral, passou a ter outro status no Brasil todo.

Menos em Curitiba. A "cidade maravilha" do Sul ainda pensa com a cabeça de 1890, e o PT perdeu ainda mais a vez por essas bandas.

Um dos balões de ensaio divulgados atualmente foi sobre a suposta composição com Ratinho Junior. Isso sim, seria dar um tiro no pé. Ratinho, é sabido, não tem nenhuma relação ideológica com o PT, seja ele o PT light, muito menos o PT mais radical.

Ratinhos populistas não combinam nem com o eleitor curitibano, nem com o eleitor petista.

O petista curitibano, apesar de não tão expressivo em números, largaria tranquilamente a legenda sozinha, se houvesse tal coligação.

E é enganoso dizer que Ratinho, com sua expressiva votação parlamentar, conseguiria arregimentar tantos votos assim para uma majoritária. Fosse assim, Carlos Simões, radialista famoso na cidade no início dos anos 90, teria facilmente levado a cadeira de alcaide. Não passava nem perto. Para a Prefeitura o curitibano elenca alguns requisitos, entre eles, não ser muito de esquerda e poder dizer que se tem alguma experiência.

E ninguém do PT tem experiência em comandar Curitiba. Afinal, nunca estiveram muito perto da Prefeitura.

Ademais, o comando da sigla sabe que seria muito mais correto concorrer como vice. Sozinho, o PT não se elege na capital do Paraná. Mas ajuda alguém com bom potencial de votos para o executivo (coisa que Ratinho não tem).

Muito cedo para dizer para qual lado vai o partido de Lula e de Dilma nas eleições do ano que vem. Mas é tempestivo dizer para qual lado ele não deve ir.  E o lado do Ratinho é certamente, um deles.

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