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Na capital dos paranaenses, onde se aprende desde criancinha que Curitiba é na verdade, um pedacinho da Suíça encravado no meio de Johanesburgo, o flagrante do desrespeito à lei, apenas 2 quarteirões de distância de um quartel da Polícia Militar.
De um dos lados de um bar tradicional da cidade, o valet que custa cerca de 15 reais deixa o automóvel em lugar não sabido. Este escriba tentou descobrir antes de largar seu carro, mas não teve sucesso. Resolveu então deixar na rua, mesmo.
Vinte metros de distância dalí, a espera dos clientes da happy hour, na rua, um bem público e teoricamente gratuito a todos, os "cuidadores de carro" se agrupam para promover um achaque.
"Bem cuidado do carro aí, tio?"
"Só 3 reais".
Curiosa a forma de "trabalho". Pra estacionar em um lugar que você desconhece, lhe cobram 15 reais. Pra deixar na rua, desprotegido, sem seguro e visivel a qualquer meliantes, lhe cobram 3 reais, na maioria das vezes, antecipadamente.
Vai longe o tempo em que o flanelinha se dava ao trabalho de limpar o vidro e no final esperar por uma contribuição, que podia variar de acordo com o bolso do proprietário do carro. Agora fazem preço e suas escolhas diminuem. Ou deixa no estacionamento particular, ou deixa na rua particular, loteada por quem não dá a menor bola para a lei.
Cobrar pelo uso de um bem público, sem estar autorizado para isso, é crime tipificado no Código Penal.
A polícia que está logo alí perto, nada vê.
Os organizados meliantes seguem impunemente ao longo das noites curitibanas. Os pontos de extorsão se multiplicam pela cidade.
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2 comentários:
Ah, aí você está sendo injusto, eu moro em curitiba, não acho que é um pedacinho da suiça ou algo assim, e também mesmo que eu estacione na rua, não pago esses "guardadores de carros" ele diz só 3 reais, mas não quer dizer que voce tenha que pagar por isso, eu posso dizer dá 3 reais pra voce e você pode não aceitar da mesma maneira...
Melhor rever seus conceitos.
Sou curitibano de nascimento e posso garantir que o que você disse é a pura verdade. Aqui a maioria "se acha". Segundo um ex-prefeito e governador que detornou o Estado e entregou o Banestado ao Itaú, nós somos melhores em tudo. Pura enganação. Os marketeiros dele fizeram curso de "me engana que eu gosto". O que há de sobra por aqui é gente metida.
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