.
Houve um momento em que o cidadão curitibano se sentia seguro. Mas lá se vão anos e anos.
Apesar de a propaganda oficial continuar dando conta que a capital do Paraná é o paraíso na Terra, que é a cura para todos os males da civilização atual, os problemas na cidade pipocam em níveis já inaceitáveis e denunciam sem a menor sombra de dúvida, a inoperância do poder público, e a flagrante falta de vontade de resolver os problemas.
A administraçãomunicipal poderia dizer o seguinte, que segurança pública é responsabilidade do Estado e que a Prefeitura não tem polícia.
De fato, não tem mesmo. Mas tem guarda municipal, tem escolas e tem possibilidade de dar condições decentes de vida à população que um dia, vai ser propensa ao crime. Ao menos, a esse tipo de crime, pois sabemos que ricos também são propensos à criminalidade. Mas é uma de colarinho branco, que arromba cofres públicos e que, dependendo de quem forem os amigos desse criminoso, ficará tudo bem. Nem a mídia nem a justiça irão se manifestar vigorosamente denunciando ou pedindo punição.
O dado concreto é que Curitiba virou um balcão de negócios, o que faz com que qualquer decisão mais dura e mais profícua, seja extremamente difícil de ser tomada. A administração virou um paquiderme de milhões de toneladas, que para ir até a esquina, demora séculos.
Como visto na manchete, um maluco atirou em algumas pessoas, dentro de um ônibus na capital. Acertou um passageiro. Claro que essas coisas são impossíveis de prever. Mas o que é possível prever é um criminoso andando armado. Batidas policiais ostensivas existem pra isso, educação existe para possibilitar emprego ao invés de levar a pessoa ao caminho mais fácil. Saúde e dignidade social servem pra diminuir a possibilidade de um atirador maluco fazer o que fez o doente mental norueguês, que matou 93 pessoas. Impedir totalmente, não se impedirá, mas quantos outros noruegueses malucos fizeram o que este atormentado fez, nos últimos 60 anos? Qual o índice de criminalidade na Noruega? E o de corrupção?
O poder público cara-de-pau, que sempre quer se isentar, atribui estas maluquices à fatalidades. São e não são. Gente doida sempre vai existir. Criminosos sempre estarão por aí, à espreita. Mas e a prevenção?
Curitiba tinha nos anos 90, em cada escola, um guarda municipal instalado nos Faróis do Saber. Com a terceirização da segurança, quase que a Prefeitura tirou além dos guardas, os próprios Faróis. Os anos 2010 na visão da administração liberal que assolou a cidade, visam somente lucro. Por certo investir em guardas não dá muito retorno financeiro. Melhor pegar essa grana e comprar ônibus suecos e espalhar radares pela cidade. A comissão e a arrecadação aumentam bastante. O caixa engorda e a população empobrece brutalmente.
Hoje um homem atira dentro do ônibus na antiga cidade ecológica (que até esse título conseguiu perder). O que podemos esperar para amanhã?
Clique aqui para ver que o Ministro confirma que o eleitor é imbecil.
Clique aqui para ver que o PSDB quer contratar um sociologo para fazer o que FHC não sabia fazer.
Clique aqui para ver que o PT se debate com o próprio PT.
.
A seguranca publica piorou nos ultimos anos porque tivemos uam queda das oportunides em educaçao e saude, sem cidadania não existe seguranca . Precisamos de Politicas Publicas serias , de qualidade , precisamos de alguem que cuide da cidade e da sociedade.
ResponderExcluirCaro blogueiro.
ResponderExcluirPermita-me fazer-lhe uma pergunta.
Se o cidadão, norueguês de nascimento, branco,louro, olhos azuis, cristão fundamentalista, neonazista e comete um atentado em seu país, é taxado de louco, débil mental.
Se o cidadão é árabe de nascimento, cabelos pretos, olhos castanhos, pele morena, muçulmano, e comete um atentado na Inglaterra, é taxado de terrorista.
Qual a razão de um ser débil mental e o outro terrorista, se os dois cometeram o mesmo tipo de crime?
Prezado Luiz Carlos.
ResponderExcluirParticularmente, se fosse pra advogar em favor de alguém, advogaria em favor do "terrorista", especialmente considerando que normalmente ele tem motivos reais para fazer o que faz. Vide a questão da Palestina. De todo modo, não dá pra deixar de ver que ambos têm mesmo, um parafuso a menos.