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A lógica tucana as vezes é capenga. Nos escapa pelos dedos.
Quando São Paulo teve a marcha da maconha, Geraldo mandou descer a ripa no pessoal. Afinal, pela lei, é proibido fazer apologia às drogas, então, estavam os marchadores todos cometendo um crime.
Desta vez, pegos em flagrante cometendo outro crime, Geraldo não mandou bater em ninguém. A Constituição Federal diz que a República Federativa do Brasil é una e indivisível. Pedir para ela se separar, é tão crime quanto pedir pra legalizar as drogas.
Um amigo advertiu que baseado nos mantras da Opus Dei, Geraldo não seria coerente em mandar bater por pedirem o separatismo, nos eugenistas de São Paulo. Mas teria lógica em bater em quem pede para liberar as drogas.
Incongruências à parte, desta vez Geraldo não entraria em conflito ideológico com FHC (que vagueia pelo mundo pedindo o liberou geral, porque não tem mais discursos bons). Ambos querem que a República do Higienópolis saia do papel para ir direto ao céu da chiqueza européia.
Ao menos assim pensam eles.
Não sabem fazer conta, por certo. São Paulo é o único lugar do Brasil cuja economia decresce.
Iriam direto para o latão da história com uma economia em desindustrialização, impostos altos (apesar de a tucanada viver dizendo que é contra imposto, é isso que sustenta seus cabidões de emprego) e mão de obra desatualizada. Ademais, o resto do Brasil não teria porque comprar seus produtos já que, estrangeiro por estrangeiro, melhor comprar da China, que é realmente barato. Parece brincadeira, mas não é. São Paulo tem a visão errada, achando que leva o Brasil nas costas, que sustenta os nordestinos. Muita coisa mudou desde a invenção do tear, mas a elite paulista não costuma se informar das atualizações com o mesmo vigor que costuma empregar em seus discursos classistas.
São Paulo independente como economia de primeiro mundo é mais uma lenda urbana que povoa as reuniões enfadonhas do aristocrata quatrocentona. Acima de tudo, uma economia avançada precisa de compradores para seus produtos. São Paulo como um país, teria lá seus 30 milhões de consumidores. Seria do tamanho de uma Venezuela. A riqueza do Estado está concentrada em meia dúzia de milionários e mal distribuída para milhões de miseráveis. Se miseráveis não têm grana pra consumir, não tem economia girando. É essa conta que os retrógrados do Higienópolis não sabem fazer. Ademais, não se dão conta que hoje em dia, boa parte do PIB está no setor de serviços e da construção civil, setores estes que só crescem de verdade fora de São Paulo porque lá, já estão saturados.
Pra ser honesto, era melhor deixar São Paulo se separar, mesmo. Se isso ocorresse, levariam com eles, se tudo desse certo, a sede da Globo, do Estadão, da Folha e da Abril. Ficaríamos livres da república de pensamento único dos tucanos e não seríamos obrigados a aguentar a novela trololó, das nove.
Pensando melhor, seria bom nós mesmos pedirmos o rompimento!
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Sou pernambucana e fecho contigo!
ResponderExcluirPena que SP não esteja na posição
geográfica do RGS,para ficar de fo-
ra mesmo.
Eu apóio a independência de SP. Já!
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