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Tem coisas que um garoto de quinta série é capaz de ver, e nossos governantes, pelo jeito, não.
Na foto acima você consegue notar, num dos intermináveis e inexplicáveis congestionamentos da cidade de Curitiba, que o motivo é bem básico. O que pára o tráfego é o semáforo.
Dentro do quadrado amarelo, você nota o apinhado de automóveis esperando a luzinha vermelha abrir. No quadrado verde, logo depois do sinaleiro, o trânsito flui normalmente, quase vazio.
Em outras palavras, não é o excesso de carros que está parando Curitiba. É o excesso de pilantragem dos administradores urbanos.
Curitiba continua com a mentalidade de refutar as trincheiras e os viadutos. Só agora, depois de transformar a vida do cidadão em um inferno na Terra, a Prefeitura está começando a imaginar a possibilidade de um dia muito remoto, quem sabe daqui uns 20 anos, espalhar estas obras "retrógradas" pela cidade, pra desafogar os engarrafamentos.
Porque sim, já se ouviu do corpo "pensante" (???) de Curitiba, que trincheira não é planejamento urbano. Certamente semáforos e seus congestionamentos, são. Quem não acredita em mim, que vá até o site da insuspeita Gazeta do Povo, um jornal acostumado a adular os poderosos da patota reinante da cidade. Até a Gazeta já se deu conta há tempos do que está sendo feito em Curitiba.
Claro que a reportagem em sí, é escrita com muito cuidado, pra não ferir o ego de nossos governantes.
Há pouco mais de 3 anos este não lido blog já se bestificou com as declarações de quem pelo jeito, vive em outra cidade e só vem aqui para votar (clique aqui para ler). Nos amigos, claro. Desde aquele tempo a pergunta que não cala. Por que os planejadores da cidade insistem em ignorar o óbvio? O negócio não anda por causa do excesso de semáforos, ruas que são estreitadas ao invés de serem alargadas, transporte coletivo ruim e a retirada progressiva de vagas de estacionamento público na cidade, no mesmo compasso que as vagas existentes vão sendo carimbadas com os famigerados cobradores do Estacionamento Regulamentado, o Estar, que lhe cobra uma pequena fortuna pra permitir que você largue seu carro na rua, mas pouco se lixa se ele for assaltado ou tiver os vidros arrebentados. Caso clássico de serviço não prestado, o que afronta cruelmente a Constituição Federal.
Voltando ao caso do flagrante da foto, fica a pergunta deste inútil escriba. E o povo de Curitiba, cidade que um dia foi progressista e de vanguarda. Não vê o que está acontecendo?
Clique aqui para ver como a imprensa brasileira trata com respeito a mão que lhe alimenta.
Clique aqui para ver como a tucanolândia do Paraná trata os comerciantes pequenos.
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