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Esse incompreendido escriba tentou comprar um remedinho em uma farmácia que estava em seu caminho nesta quarta-feira e teve a certeza de uma coisa. É um total idiota na mão dos administradores públicos de Curitiba.
A nomenklatura que manda na cidade há vinte séculos é curiosa. Não se entende para quem ela governa. Para o povo é que não é.
Esta farmácia da foto fica em um lugar providencial. No meio de dois bairros populosos da capital do Paraná. Nela, você podia estacionar seu carro nas calçadas grandes (recuos) que comportam tanto pedestres quanto o estacionamento. Se não tivesse lugar no recuo, você podia rodar 10 metros e parar rente ao passeio (calçada), como são estacionados a grande maioria dos automóveis neste planeta.
A farmácia vivia cheia porque era de fácil acesso.
Mas este escriba não conseguiu comprar nada nesta noite. Constatou que no lugar do recuo para os carros, a Prefeitura mandou construir barreiras (onde o rapaz da foto está sentado) para que não se estacione. Quando o escriba tentou andar 10 metros mais pra frente para estacionar rente ao meio-fio, também percebeu que não pode mais, pois alí foi pintada uma imensa faixa amarela.
Nem o lugar tradicional reservado às farmácias, onde você pode ficar 15 minutos com o pisca alerta ligado, existe mais.
Nem o lugar tradicional reservado às farmácias, onde você pode ficar 15 minutos com o pisca alerta ligado, existe mais.
Ou seja, a Prefeitura não só matou o comércio da farmácia, mas de todos os outros estabelecimentos do local, considerando que não se pode estacionar mais dos dois lados da rua.
E precisava? Não, claro que não. Ao menos o recuo poderia ter sido deixado, mas existe uma fabulosa e incontrolável ânsia nos órgãos que "cuidam" da mobilidade urbana, que é a de ceifar todas as vagas de estacionamento possíveis da cidade. E o que não der pra tirar, mete parquímetro*
A desculpa é sempre a mesma ladainha de décadas. Tirar os carros das ruas e priorizar os pedestres. Lindo e maravilhoso se realmente Curitiba tivesse o transporte coletivo modelo que aparece na propaganda. Ocorre que a região da foto é bem no meio de dois bairros não ricos e até as pedras sabem que a administração neotucana da cidade não está nem aí pra os bairros de gente comum. Nem aí para quem anda de ônibus. A Prefeitura só cuida bem das empresas de ônibus. Estas sim, são bem tratadas.
E o que o povo que não é atendido por transporte coletivo faz? Ora, compra um carro. Velho ou novo, não importa. O que não dá é não conseguir chegar em tempo no trabalho ou na escola porque a burocracia pouco se lixa.
E o que o povo que não é atendido por transporte coletivo faz? Ora, compra um carro. Velho ou novo, não importa. O que não dá é não conseguir chegar em tempo no trabalho ou na escola porque a burocracia pouco se lixa.
Tudo não passa de uma grande e suculenta propaganda despejada na mídia do imprensalão, que vende para Deus e o mundo que a capital do Paraná é o paraíso terrestre.
O que acontece com o comércio e os empregos que vão sendo perdidos com o comércio que fecha em razão da pilantragem da Prefeitura? Hmn, quem disse que alguém liga?
Não é o caso desta farmácia em questão, que faz parte de uma grande rede, mas e os estabelecimentos simplórios da cidade que foram minguando? Quem vai bancar o prejuízo que o coitado teve pra montar sua lojinha?
Não é o caso desta farmácia em questão, que faz parte de uma grande rede, mas e os estabelecimentos simplórios da cidade que foram minguando? Quem vai bancar o prejuízo que o coitado teve pra montar sua lojinha?
Pra quem for de Curitiba, rogo que puxe pela memória. Quantos estabelecimentos comerciais você costumava frequentar antes e agora não vai mais porque simplesmente não pode parar seu carro?
A administração de Curitiba vive mesmo num mundinho de Alice. Ignora solenemente a realidade. Carros existem e circulam porque o transporte público não presta.
E nós vamos continuar sendo surrupiados por um bando de tecnocratas que seguramente, não moram nos bairros periféricos e pouco se lixam para o cidadão de verdade, aquele que paga seu imposto regularmente e não tem mais a quem recorrer.
Isso mesmo, Prefeito Luciano Ducci. Continue com seu estilo de administração (herdado de Beto Richa e Cassio Taniguchi) para ver no que dará sua tentativa de reeleição.
* Os parquímetros de Curitiba são representados por vorazes pessoas vestidas de verde, com a caneta na mão, ávidos por meter multa ao menor sinal de algo que os desagrade, ou desagrade a arrecadação monumental da Prefeitura
* Os parquímetros de Curitiba são representados por vorazes pessoas vestidas de verde, com a caneta na mão, ávidos por meter multa ao menor sinal de algo que os desagrade, ou desagrade a arrecadação monumental da Prefeitura
Clique aqui para ter certeza de que o esquecido José Serra veio mesmo de Marte.
Clique aqui para ler o óbvio. Tucano diz não a CPI que prejudicaria seus interesses privatistas.
Clique aqui para ler que a Veja deu outro tiro no pé.
Clique aqui para ver porque Dilma não deve se meter na questão do pastor iraniano.
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Um comentário:
Acho que vc vai gostar, veja em:
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Requião é condenado por caluniar Paulo Bernardo
Principalmente a sentença do juiz.
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