CURITIBA E O METRÔ DOS EMPREITEIROS

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Este é um blog curitibano da gema, nascido e criado aqui, com suas qualidades e defeitos.

Significa dizer que se importa com os destinos políticos da cidade, tanto quanto com os destinos da nação brasileira. Ora, vivemos nas cidades, ninguém mora na "administração federal".

Enquanto o país cresce e avança, Curitiba pára no tempo, nas mãos de políticos retrógrados e mal intencionados. Naturalmente, lobos em pele de cordeiros, se utilizando da boa-fé do curitibano, que se acostumou com uma cidade limpa, progressista e ordeira. Usam um discurso mas na prática, negociam o destino da Capital do Paraná, na bacia das almas. Leva quem pagar mais, arrombando os cofres da Prefeitura, ou privatizando e terceirizando tudo o que for possível.

Quem mora em Curitiba, já percebeu. Não existe nem mais sombra daquela cidade de 20 anos atrás. Ela tinha milhões de defeitos, mas era um lugar para se orgulhar. Virou o que virou na mão de um povo inescrupuloso.

A Gazeta do Povo fez algumas entrevistas com os pré-candidatos à Prefeitura neste ano. O que falou coisas mais coerentes e realistas foi o ex-Prefeito Rafael Greca., o último cara a fazer alguma coisa pela cidade, e que não entrou no posto pretendendo ser Governador. Greca conjugava uma administração de todos, olhando tanto para os bairros mais desenvolvidos, quanto para a periferia. Era um tempo que tinha até remédio nos postos de saúde municipais. Um tempo onde o Prefeito em pessoa ligava para a casa dos munícipes para saber se a reclamação feita pelo telefone da Prefeitura, tinha sido atendida pelos servidores públicos.

E não, isso não foi em mil novecentos e bolinha. Foi há menos de duas décadas. Curitiba já era uma cidade grande, com indústrias, muitos carros e muita gente. Mas era um lugar de vanguarda, e que pretendia continuar assim. Foi cidade ecológica, com transporte coletivo modelo, e entre tantas coisas, era conhecida como a "Seattle brasileira", em alusão às suas bandas de garagem e aos inesquecíveis shows nacionais e internacionais realizados na Pedreira Paulo Leminski. Nada pelo que a cidade ficou famosa, ainda existe hoje. E volto a dizer, isso não foi há cem anos. Foi na década de noventa.

Greca não leva um selo de esquerda ou de direita. Ele não está preocupado com isso. Ele entende, como poucos, que uma cidade para ser viável, precisa atender a todos, e atender bem. E pra que isso aconteça, é necessário muito mais do que atualmente é feito.

Não dá pra ficar só favorecendo as grandes empreiteiras com obras inúteis como a Linha Verde ("carinhosamente" apelidada pelo povo, de Lesma Verde por sua rapidez), que custou segundo se fala, 300 milhões de reais, não está nem na metade, foi entupida de semáforos, nenhum viaduto ou trincheira e o trânsito piorou. Hoje andar pela Lesma Verde é mais demorado do que um congestionamento em São Paulo. O dinheiro acabou, a cidade está mais endividada do que já pode pagar, a obra não ficou pronta e ainda querem construir um metrô impossível, inviável e acima de tudo, burro, que irá atender menos do que vinte quilômetros. O mundo tido como avançado tem optado por obras mais futuristas e muito, muito mais baratas como por exemplo, os metrôs "aéreos". 

Só que estes custam menos. Alguém aí entende o motivo da felicidade das empreiteiras com a administração atual?

Isso é o que virou Curitiba. Um bingo de domingo, onde a cartela custa uma fortuna e o povo é barrado na porta.

Para ler a entrevista, vá até o site do Jornal, clicando aqui.

Clique aqui para ver que o pau que bate em Chico, não bate em Francisco.

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Clique aqui para ver a sina privatizante do tucano paranaense.

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