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Vamos ser bem honestos. Olhando nosso país, desde 1500, constatamos que o Brasil nunca deixou de ser uma pátria vassala, que beira o patético no campo internacional.
Sim, temos muitas coisas legais, mas não podemos cometer o erro de voltar à mentalidade que tínhamos na época da ditadura. Havia um lema, convenientemente implantado pelos ditadores militares, que era "Brasil, ame-o ou deixe-o".
Ou seja, você só tinha duas opções. Ou ficava aqui e aguentava o país conforme ele era, sem mudar nada, e de acordo com o pensamento reinante imposto pelos donos do poder, ou a porta do aeroporto era serventia da casa.
E o que isso significa? Significa que eu gosto muito do Brasil. Trocaria a vida aqui por muito poucos lugares no mundo, o que não é um demérito afinal, diversos outros estrangeiros também largariam alegremente seus países, para morar no Brasil.
Tudo é questão de se adequar ao que a nação te oferece e ver se você se enquadra nisso.
Particularmente eu não me enquadro na maioria do pensamento reinante no Brasil. Temos um povo egoísta, ignorante, racista e classista. Machista ao extremo e substancialmente alienado.
É todo mundo assim? Claro que não. Mas se a maioria fosse diferente, não seriamos o que somos, nem teríamos sido assim desde a "invasão bárbara" dos portugueses.
É fato que a lei eternizada por Gerson, a de "levar vantagem em tudo" é um mantra em nossa pátria. E não adianta espernear. O Brasil é um país tosco.
E antes que uns me xinguem, volto a dizer. Todo mundo é tosco? Claro que não. Mas a maioria evidentemente é. Senão, seríamos diferentes.
Ora, pense bem. Se não fôssemos uma republiqueta de bananas, você abriria o jornal e leria um editorial pedindo o impeachment de uma presidente legitimamente eleita, só porque ela fez as "pedaladas"? Ora amigos, isso sequer é crime. Só passa a ser porque a imprensa e a oposição dizem que é. Dilma não roubou, não se beneficiou, não acobertou e não fez nada desta natureza. Mesmo assim, se vê um complô da oposição e dos donos da imprensa, para derrubá-la, porque estão tempo demais fora do poder federal e das fantásticas e imensas tetas cheias de grana do cidadão brasileiro. E o povo? O povo alienado de pai e mãe, se refestela, se lambuza na lama que lhe oferecem, como se fosse um gostoso melado. No fundo, como já disse, não merecemos como povo, nada mais do que já temos.
Amigos, a culpa não é do político bandido. Vamos entender isso. A culpa é do povo, que não se incomoda em se informar, que acredita em tudo o que falam, que realmente quer que o pobre continue pobre e que nossas riquezas sejam vendidas a preço de feira no mercado internacional. Somo vadios e nem Nelson Rodrigues conseguiu nos descrever adequadamente.
Aceitamos felizes que meia dúzia de famílias que são donas da quase totalidade da imprensa, digam o que devemos ou não devemos fazer, o que comer, o que gostar, quem idolatrar. Por um breve lapso de tempo a coisa mudou de rumo e parecia que conseguiríamos deixar de ser vira-latas. Mas nossa burrice intrínseca não nos permitiu. Preferimos receber, cândidos, passivos e curvados, as estocadas que estes larápios de terno e gravata nos dão. E não só não reclamamos, como adoramos. Pedimos mais. Pedimos a volta da ditadura, a volta do desemprego em massa, a volta da submissão ao FMI. Concordamos com o fechamento de escolas e com a abertura de prisões. Concordamos com tudo, desde que isso nos livre do PT, como se fosse esse partideco o inventor da corrupção.
Ora, pedimos a volta dos corruptos para nos vermos livres dos corruptos?
Tem lógica? Evidente que não tem. Mas não precisa ter lógica num país com gente tão fraca de cabeça. O brasileiro é fácil de enganar. Não sabe e nem se incomoda em saber que José Dirceu foi condenados sem provas.
E veja, não estou defendendo Dirceu. Muito possivelmente ele era culpado uma série de coisas, mas não era culpado daquilo pelo quê foi condenado. Ficou evidente a manipulação. A tal teoria do domínio do fato, inventada pelo alemão Claus Roxin jamais poderia ter sido aplicada como foi. O próprio inventor da teoria disse que tava tudo errado. E o que aconteceu? Nada. Joaquim Barbosa foi eleito o salvador da pátria.
O Brasil é mesmo uma piada.
Como será 2016? Possivelmente sem Dilma, que pra piorar, ainda não é um primor de administração. Não deve ter noção exata do que está fazendo lá. Ela está com a corda no pescoço e continua fazendo as pataquadas que faz. E ainda mantém notórios sem-noção no governo, como é o caso do Ministro da Justiça.
O Brasil de Dilma perdeu notoriedade internacional por diversos motivos. Nem todos culpa dela, mas alguns sim. A chancelaria não tem mais Celso Amorim . Tem um povo que deve estar lá só pra receber salário. Estão quase tirando o sapato pra entrar nos EUA, como fez Celso Lafer, o ministro de FHC que fez jus ao governo lixo de seu contratante.
A Fazenda e o Banco Central não têm ninguém que consiga contemporizar. Ascender uma vela para Deus e outra para o diabo, como convém em qualquer país do mundo, pois gostemos ou não, quem manda é quem tem grana. Quem manda é o tal mercado. Os homens de Dilma ascendem a vela só para o Diabo e esquecem do povão que está perdendo o emprego.
Dilma, por favor, aprenda mais com a China, que mesmo nas adversidades, continua dando uma banana pros tecnocratas da "austeridade", pois bem sabem que a tal austeridade só se aplica aos investimentos sociais e não aos ladrões da grana pública, que se apoderam da vultuosa grana gasta com juros todo ano. O Brasil está na mão de rentistas e Dilma parece que não vê
Uma tristeza só.
O que fazer com um país desse?
Se o maior prejudicado por um impeachment não fosse o próprio povo, do qual INFELIZMENTE nós fazemos parte, eu até torceria por ele. Porém, imaginar que tirar o PT e colocar o PSDB, quebrando de novo o país, fará com que alguém sinta falta de Dilma é ingenuidade. O brasileiro não consegue fazer o raciocínio mínimo da causa e do efeito.
Se os tucanos entrarem, bastará colocarem a culpa de tudo o que farão no PT e pronto. O povo engole. O Paraná foi assim. Entrou um tucano, quebrou o Estado e desde então, só faz colocar a culpa no seu antecessor. Ninguém bate panela.
Parabéns ao povo brasileiro por ser como é. É assim mesmo que voltaremos rapidino pra periferia.
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