terça-feira, 25 de outubro de 2011

PREFEITURA QUER TRANSFORMAR CURITIBA EM SÃO PAULO

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Até as pedras sabem que o metrô de Curitiba é uma peça de enganação. 

Ela vem se perpetuando há anos com o mesmo trololó. Coisas fabulosas que nunca saem do papel. E talvez, nem deveriam sair, mesmo.

Primeiro, sabedeores de que o povo da cidade realmente gostaria de ter um sistema de transporte que o identificasse mais com uma cidade grande, viram nisso o metrô. É mais ou menos assim, se em Nova Iorque, Paris ou Tóquio o modal escolhido fosse o balão inflável, o cidadão daqui ia querer balões infláveis por todo o céu.

Metrôs, é sábido, são úteis. Mas eles só valem a pena quando são construídos no tempo adequado. Curitiba gastaria demais pra construir uma obra que não é necessariamente, o único sinônimo de velocidade e evolução. Outras também são e custariam muito mais barato. Os metrôs destas outras cidades foram construídos há cem anos. Prova disso, é ver a ladainha de puro mal gosto que é a expansão das linhas em São Paulo. Caríssimas e inviáveis.

Ora, como explicar que custaria uma fábula escavar toda a cidade que já está repleta de prédios? Como explicar que as linhas custariam caro demais? Como explicar que os 14 quilômetros do metrô que a Prefeitura está prometendo não vão refrescar em nada a vida do povo de uma cidade que tem mais de 1.700 quilômetros de linhas de ônibus?

Pois bem. Aos poucos algumas cabeças pensantes estão externando na mídia que o metrô de Curitiba não é nada mais que uma justificativa para inaugurar uma época de obras faraônicas, triliardárias, que endividaria a cidade e seu cidadão para sempre e que só faria realmente bem, para os empreiteiros e para os caixa 2 de reeleição.

Quem lê este blog sabe das reservas que este escriba tem em relação ao ex-Governador e ex-Prefeito Jaime Lerner. São muitas. Mas é preciso reconhecer. Ele tem se insurgido eventualmente, para falar que o que a administração atual quer, é esfacelar a cidade para ter um argumento para "implantar" a solução para o caos que ela mesma criou. O clássico "criar uma dificuldade para vender uma facilidade".

Um ex-presidente do IPPUC, o Instituto de Planejamento Urbano de Curitiba também veio a publico no jornal Gazeta do Povo falar a verdade sobre o metrô. Que ele é caro demais e não vai prestar. E pior, quem vai pagar duas vezes a conta é o povo. A tarifa do ônibus vai subir pra poder subsidiar o sistema de metrô e na outra ponta, a cidade, endividada, deixará de investir em uma série de coisas de primeira necessidade para o já penalizado curitibano. Menos saúde, menos educação e menos transporte coletivo também. Ora, o dinheiro é finito. Se nossa grana vai toda para esse metrô, significa obviamente que não teremos para o resto.

Os 14 quilômetros de metrô em Curitiba vão ser a panacéia? Vão resolver todos os problemas da cidade? Vai tirar o congestionamento das ruas? Não, não e não. Por quê a Prefeitura vende isso como se fosse a solução pra tudo?

O que nossos administradores estão fazendo, infelizmente, é pretender transformar uma cidade que um dia foi inovadora, numa nova São Paulo. Desorganizada, mal cheirosa e abarrotada de carros (transporte coletivo ruim obriga o cidadão a andar de carro).

Eu, particularmente, não quero isso para a minha Curitiba. Sigo a lógica do Garganta Profunda* para entender os motivos de tanto empenho da Prefeitura em criar a "solução definitiva": "Siga o dinheiro", dizia o Garganta.

Se quiser ler a boa entrevista do ex-Presidente do IPPUC mostrando a fraude que é o metrô de Curitiba, clique neste link.

* Garganta Profunda era o pseudônimo do denunciante do esquemão Watergate, do pilantrasso Richard Nixon, nos EUA. Na visão dele, se você seguisse o rastro do dinheiro, encontraria as pessoas e os motivos da bandalheira.

Clique aqui para ver que o Estadão denunciou a pilantragem da Veja.
Clique aqui para ver que a administração de Curitiba joga o povo na ilegalidade.
Clique aqui para ler sobre a opinião sodomizada da mídia brasileira.
Clique aqui para ver que os liberais de Curitiba privatizaram até o SAMU.
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6 comentários:

  1. seu Anais.

    Você, eu e mais uma grande parte dos cidadão curitibanos não estamos de acordo com esta proposta do metrô apresentada.

    Mas dá para fazer alguma coisa?

    Parece que os homi da prefeitura e do IPPUC não estão nem aí para as opiniões dos cidadãos.

    Vão fazer e gastar o que querem como em entenderem e nós, só pagaremos a conta.

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  2. Esta são paulo, da globo e da direita(51% dos "espertos" eleitores paulista\paulistanos), é um "exemplo" JAMAIS A SER SEGUIDO. Tal qual a matéria em epígrafe. Além de todos "atributos" apontados a esta são paulo, esta ALGO MUITO MAIS GRAVE, dado as incursões da direita nos cofres públicos daqui. A SUA IMPAGAVEL DIVIDA de 60 bilhões. A direita ELEITA aqui, FALIU são paulo. Usem o exemplo desta são paulo e LUTEM CONTRA os "modelos" que essa direita, inspirada na direita paulista\paulistana, tenta enfiar goela abaixo, em todos outros Estados.

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  3. Apesar de mau politico e péssimo administrador, Jayme Lerner é um excelente urbanista, reconhecido internacionalmente , e sua opinião sobre o metrô deveria ser ouvida.
    Mas o governo curitibano parece mesmo querer seguir os passos dos tucanos paulistanos, e transformar a cidade num monte de merda. Sei disso, conheci São Paulo quando era habitável (sou de lá) e conheço Curitiba desde os meados de 70, quando aqui era muito agradável de morar e circular...

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  4. Quem é a favor do metrô curitibano só pode ser incluido em duas categorias, ou é mal informado ou mal intencionado!
    Os que são contra não precisam se preocupar com o metrô em si, mas sim com a corrupção que a construção de um sistema assim permite.
    Curitiba não é diferente do Brasil, nada funciona porque metade dos recursos de tudo que se faz é desviado. Os politicos só pensam na próxima eleição e nos "acordos" necessários ficando sem tempo para administrar a "coisa pública" que fica cada vez mais "coisa de amigos"...
    Curitiba está nas mãos do mesmo grupo político a mais de 20 anos, e cada prefeito que entra discursa como se fosse uma administração nova!
    Luciano Dutti foi vice de Richa que foi vice de Cássio, mas ninguém lembra.
    Richa fingiu uma briga com Cássio, que foi condenado a 6 anos de prisão e foi um dos primeiros secretários convidado pelo mesmo Richa assim que abandonou a Prefeitura de Curitiba para ser Governador, apesar de ter dito que jamais faria isso.
    O Boqueirão não tem mais ruas, apenas caminhos abandonados pela Prefeitura, mas Richa e seu grupo político não perdem eleição em urna alguma do bairro, e se gabam disso!
    Nossa Prefeitura deixa as ruas se acabarem sem manutenção em um claro exemplo de desperdício do dinheiro público; Depois o Prefeito de plantão arranja um empréstimo internacional para reconstruir a rua que já existia e se apresenta como "tocador" de obras!
    Eu pergunto, quando a ONU virá nos libertar, quando os rebeldes curitibanos sairão as ruas caçar os rosonis,derossos e bibinhos da vida?
    Ou será que ninguém percebe que nossas ruas estariam novas com o dinheiro que a corja desvia bem debaixo de nossos narizes...

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  5. Sou o "anônimo" do desiquilibrado comentário acima, me desculpem, mas o problema é que tenho:

    “distúrbios psicopatológicos dentro das funções mentais”

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  6. Sou de Curitiba e o metrô sim é necessário, mas deveria ser feito até o final e não a metade como estão querendo fazer.

    Esse papo de que ônibus resolve é coisa da volvo que não quer perder a boca de vender 600 veículos de 5 em 5 anos.

    Só quem é realmente daqui e tenta pega ônibus no horário de pico é que pode falar alguma coisa.

    19:00hs todos os dias as filas nas estacoes tubo são enormes e todos os onibus ficam completamente lotados.

    Curitiba tem que ter metro, e tb tem que ter viadutos, essa besteira do ippuc de fazer tudo plano nao consegue mais dar vazao ao trafego da cidade.

    Venha aqui, pegue onibus por 1 semana ai sim tem direito de opinar...

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