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É sabido que apropriar-se de bem público como se dele fosse, é um ato desamparado pela lei.
Este blog constatou que a Prefeitura de Curitiba está jogando os comerciantes na ilegalidade por puro capricho, ou porque tem "planejadores" muito incapazes.
Como também é sabido que incapazes não são aceitos na administração municipal, cujo nível intelectual é dos maiores do país, este escriba acaba ficando com a primeira opção.
Já foi dito antes que a gestão atual está ceifando as vagas de estacionamento dos comércios da cidade, sabe-se lá por qual razão. Talvez seja o clássico "criar uma dificuldade para vender uma facilidade", como bem dito pelo ex-Prefeito Jaime Lerner a respeito da atual gestão (veja aqui). O dado concreto é que os comerciantes estão sendo impedidos de poder atender seus clientes, porque as paradas de carro da frente de boa parte dos estabelcimentos, estão sendo, ditatorialmente, retiradas pela Prefeitura.
No lugar, a administração pede que se faça um jardim ou coloque palanques de ferro para impedir o estacionamento dos veículos.
E pra piorar, em alguns casos, simplesmente se proíbe o estacionamento na quadra toda, para supostamente, "liberar o fluxo" de veículos.
Isso vem para esconder a falta de obras que deveriam ter sido feitas já há pelo menos uma década, e que foram escanteadas. O problema da superlotação de veículos foi negligenciado. Ao invés disso, a Prefeitura continuou agindo como se no paraíso estivessemos e como se de verdade, nosso transporte coletivo fosse de primeiro mundo, como um dia chegou a ser.
Ela queria fazer crer que poderiamos sem problema algum, deixar o carro em casa e irmos aos nossos compromissos de ônibus. Já se foi o tempo!
Trololó, já percebemos. A Prefeitura jogou no limbo as inovações da mobilidade urbana e o cidadão comum foi sendo obrigado a tirar o carro da garagem pra se deslocar pela cidade. Isso gerou congestionamentos inimagináveis numa cidade relativamente pequena, como é o caso da capital paranaense e a conta, claro, foi sendo destinada para o já penalizado contribuinte municipal, pagar.
E essa conta agora chegou na forma de impedimentos. A prefeitura te impede de andar com seu carro, mas não oferece nada melhor no lugar. Só propaganda. Essa sim, vem aos montes. Você não consegue estacionar para ir ao comércio que precisa, e o comerciante não consegue te vender porque você não vai até ele. Isso gera prejuízo e demissão.
Em casos extremos, gera ilegalidade, também.
Esta placa da foto acima mostra o que fez o estabelecimento comercial depois de ter sido obrigado a colocar um canteiro na frente de sua loja, para impedir que os carros estacionem onde antes havia um recuo. Colocaram uma placa dizendo que só pode estacionar rente ao meio fio, aquele que for cliente da loja em perído de compra.
Ora, impossível! Estacionar em local privado é uma coisa. Estacionar em via pública é permitido a todos porque não pode o comércio ou o cidadão, se apropriarem da rua, como se dela fossem donos.
Porém, é compreensível. Como agora ninguém mais pode parar na loja porque a Prefeitura mandou tirar o estacionamento, que alternativa sobra ao comerciante, considerando que a rua é movimentada e na sua frente estacionam veículos para ir em muitos outros lugares, inclusive, outros comércios da região?
Sim, o comerciante está muito errado. Está inclusive, fora da lei. Mas sejamos honestos, ele não foi obrigado a isso?
É uma questão para pensar na cama. A Prefeitura não vê o que está fazendo com o pagador de impostos da cidade, ou vê e mesmo assim, não dá a menor pelota porque tem outros interesses em vista?
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Um comentário:
Um bom exemplo da "modernização" imposta pela prefeitura é a Av. Vereador Toaldo Tulio, em Santa Felicidade.
Antes, era facilimo encontrar vagas para estacionar. Vá tentar estacionar hoje...
Ficou péssimo, na falta de uma palavra (merda) melhor...
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