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Curitiba está afundando (clique aqui para ver uma tímida reportagem, mas que já nos dá idéia).
E não é figura de linguagem, está afundando mesmo. Este ordinário blogueiro não entende lhufas de engenharia, mas conversou com pessoas do ramo, para ouvir o seguinte. Falta fiscalização.
Na obra da R. João Gualberto, em um dos bairros classe-média da cidade, um dos moradores afirmou para a rádio BandNews nesta manhã, que já há dez anos só tiram terra do lugar. E falou também que há cerca de 7 anos já avisou insistentemente a Prefeitura. Óbvio, nada foi feito.
Na outra ponta da cidade, uma infiltração ocasionada por relaxo também ocasionou interrupção do trânsito e comprometeu a segurança em um viaduto importante.
Quem se lembra do caso da cratera de Geraldo Alckmin em São Paulo? O que a mídia vendida pouco divulgou (só quem não está no esquemão tucano) é que a fiscalização foi privatizada. Sim, quem devia fiscalizar era justamente quem estava construindo. Conto da carochinha, claro.
Ainda não dá pra saber o que houve no caso curitibano. O único incontestável é que a Prefeitura não se mete com os grandes grupos construtores como se mete com o zé-mané que vai fazer o puxadinho. Mas nessa, diversos prédios correm o risco concreto de afundar, e outros já afundaram.
E por quê isso ocorre? Por anos e anos de imaginação de que moramos no paraíso terrestre. De que aqui são todos ordeiros e que a administração pública é inteiramente proba.
Agora, estamos colhendo os frutos de nossa burrice.
Clique aqui para ver que um tucano gosta mesmo é de um bom autoritarismo.
Clique aqui para ver que os nordestinos deveriam abandonar São Paulo.
Clique aqui para ver que BlablabláRina, a mulher árvore, tem que se explicar.
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3 comentários:
Pessoas irão se incomodar, até mesmo perder o que gastaram comprando imóveis em situações como essa. Mas ninguém na gazeta do povo irá ler algo com o teor que você escreve. Ninguém responsabilizará construtoras, prefeitura. Dirão que "foi obra do acaso" ou "culpa da natureza".
E querem colocar o metrô em Curitiba.
Morei aí pertinho, na av Paraná, nos idos de 74/75...Era uma tranquilidade!
Mas depois veio a, literalmente "explosão" imobiliária, acabou-se o que era doce...
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