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Existe uma coisa que impera no imprensalão e na política paranaense. A risibilidade.
Vamos às explicações.
- Você vai a uma convocação da militância, feita num espaço público de considerável tamanho;
- Esta convocação é um sucesso e tem gente que fica pra fora, de tão cheia;
- Para esta reunião, não foi prometido nada como "pagamento" pelo comparecimento. Foram todos livres e espontâneamente;
- Não tinha boca livre como é de costume nas festas políticas pra atrair público. Nada além de um singelo pão de queijo e um chazinho, pra enganar a fome de quem vinha direto do trabalho.
- Nesta convocação estavam presentes os presidentes municipal, estadual e nacional de um partido, além de todos aqueles com "cacife" pra decidir alguma coisa;
- E por fim, nesta festa bem concorrida ficou decidido e aclamado que o tal partido lançará candidatura própria à Prefeitura de uma cidade.
O que você pensaria? O óbvio, que o partido lançará candidatura própria.
Então por qual motivo um setor curioso do imprensalão paranaense insiste em simplesmente ignorar tal situação, fomentando uma crise tola e minoritária?
Ora, dissidências nos partidos sempre existem. É da essência democrática que nem todo mundo queira um mesmo caminho mas se a maioria assim decide, é razoável imaginar que uma minoria possa empastelar todo o processo? Decerto que não.
Um determinado setor do PMDB de Curitiba, adoraria se atrelar ao poder já existente na cidade, quer seja, o atual prefeito que nunca foi eleito (entrou pela porta lateral, sendo vice do agora Governador). Assim, esse determinado setor, que é minoria, se apega a nichos da mídia para fazer um barulho desproporcional ao que ele de fato, representa. Não são poucas as notícias, especialmente em blogs sobre política, que dão conta de que o PMDB "fechou" com fulano, cicrano ou beltrano. Cada dia é uma coisa diferente.
Devem ser cegos, tanto a minoria inconformada, quanto o povo da imprensa que insiste em fazer de conta que a candidatura própria ainda não foi decidida. E explico o motivo. Por qual razão uma maioria pensante iria preferir se atrelar a um prefeito com popularidade baixissima, detestado pela quase integralidade da população, notoriamente sem o menor carisma e que transformou, assim como seu sucessor, a cidade num balcão de negócios? Seriam esses senhores loucos suicidas?
Naturalmente que não. E por esse motivo, além de poderem contar com uma pessoa de expressão para a candidatura própria, é que por ela optaram.
O PMDB municipal resolveu chamar para postular o cargo de Prefeito, o ex-Ministro Rafael Greca, que, como é sabido por todos os que moram em Curitiba, já comandou também a cidade. Greca foi um alcaide que em 4 anos, fez o dobro do que todos os que vieram depois dele, juntos. E não, não estou exagerando, foi isso mesmo. E naquele momento, nem havia ainda a tão adorada reeleição.
É um tempo saudoso, quando se procurava um médico nos hospitais públicos, e se conseguia encontrar. Farmácia pública COM remédios? Havia também. Restaurante popular de 1 real, construção de 15 parques de lazer, ônibus baratos e sempre novos, além de cuidados reais com a população que nascia e com a que já estava velhinha.
Sem falar que era uma cidade bonita e com aroma agradável*, até com cara de primeiro mundo. Por essas e outras, Curitiba ficou famosa.
Ora, basta andar nas ruas da cidade e pedir para que o cidadão faça comparações, que se entende o motivo da falcatrua midiática à qual estamos todos submetidos ultimamente. Curitiba era uma cidade inovadora e exemplar. Virou uma das cidades mais violentas do país, jogou fora todos os bons exemplos de vanguarda de que dispunha e passou a torrar dinheiro em obras públicas faraônicas e astronômicamente caras que pouco ou quase nada dão de retonro ao povo.
Claro que políticos sérios (sim, eles ainda existem) não topariam estar atrelados a esse tipo de desmando. Portanto, não iam querer abrir mão de uma candidatura factível, em troca de uma derrota acachapante que só malucos resolveriam apoiar.
Os tais malucos desta tontería, costumam cooptar quem tenha alguma influência midiática pra espalhar seu nonsense político. E você, caro leitor do imprensalão paranaense, é obrigado a aguentar esse trololó.
De todo modo, gostassem eles ou não, Greca venceu.
* Curitiba está em um abandono tal, que nem cheiro bom ela tem mais. A impressão que se tem é que a rede de esgoto não dá conta de tudo o que por ela circula. Certas regiões da cidade exalam seu aroma desagradável as 24 horas do dia.
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