quinta-feira, 30 de abril de 2009

DITADURA

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Quando eu era moleque nos anos 80 fui apresentado ao jornal Folha de São Paulo. Para mim era um mundo novo pois saia da leitura absolutamente oficializada dos jornais que circulavam em minha conservadora Curitiba da época (não que Curitiba tenha deixado de ser conservadora e provinciana). A Folha mostrava um novo mundo possível através de uma esquerda que se estruturava e apresentava propostas para o páis egresso dos anos de chumbo da ditadura de direita. Anos de chumbo, aliás, que a mesma Folha ajudou a sustentar, ressalte-se. Me lembro como se fosse ontem, do editorial da FSP comparando Fernando Collor à Mussolini. Na minha pouca idade, pensei que nem tudo estava perdido. Via um promissor futuro democrático para o Brasil. O tempo foi passando e eu deixando de gastar meu dinheirinho com o que se tornou um jornaleco de São Paulo. O futuro promissor da democracia começou a ter o gosto excludente de uma elite recém chegada ao poder, uns "novos ricos" alienados e com muito mais e comum com Collor do que gostaria de reconhecer.

A Folha redundou no que é hoje, a cópia fidedigna de uma imprensa decadente e mentirosa, absolutamente partidarizada e apegada aos ideais da extrema direita, tão nocivos à raça humana. Conversando com um ancião vindo da Alemanha anterior à Segunda Guerra, me revelou que os editoriais da Folha de hoje muito se assemelham aos "discretos" pensamentos propagados por Hitler em seu país natal. Lá, o carniceiro da europa foi comendo pelas beradas, me disse o senhor. Foi instalando na cabeça das pessoas a "indignação" por "tudo que está aí", e preparando o populacho para receber sem maiores questionamentos seu fantástico plano de conquista, xenofobia e racismo, que hoje, nós sabemos exatamente no que resultou.

Hoje lí no Vermelho um artigo de Emir Sader sobre a Folha. Bateu com tudo o que penso dela. Me deu tristeza por ver em quê se transformou nossa imprensa, totalmente ideologizada, sem o mero e mínimo resquício da necessária democracia e pluralismo que esperamos de um órgão que se entitula "essencial para entender o país".

A imprensa não deveria ir para a direita nem para a esquerda. Ela deveria, pois assim adora se autoproclamar, ser isenta. Se o político é corrpto, deveria ser escrachado em suas páginas. Se não é, deveria ser elogiado. No entanto, o que vemos é uma cantilena sem sal sobre os horrores promovidos pela esquerda e um imenso e inconpreensível vazio sobre os horrores da direita.

A esquerda, segundo a dialética da mídia brasileira, é sempre "incompetente" e "despreparada". A direita é sempre boa, honesta e competente. A direita faz como ninguém, os "necessários" "choques de gestão" aos quais nos acostumamos durante os anos 90 e nas décadas anteriores.

Mas é que a direita soube se reiventar, depois do golpe militar. Encampou, aliás, CONTINUOU encampando a mídia como fizera em seus reluzentes tempos de poder. Se agora ela nao precisava mais compelir ao adesismo pela força, começava a fazer pelo outro meio mais adequado aos novos anos democráticos. Os compelia pelo dinheiro.

As verbas dos governos de direita brotavam como bicas de água em montanhas geladas. E os donos da mída foram ficando assoberbados, ganhando dinheiro como nunca haviam experimentado. Além das gordas verbas publicitárias disponibilizadas pelos governos, sempre sobrava uma certa quantia das obras megalomaníacas que a imprensa ajudava a viabilizar. Afinal, sempre é necessário convencer o grande público que alguma coisa é útil. Fenomenal exemplo desta fabulosa cara-de-pau da mídia brasileira é a Ponte Estaiada construída em São Paulo, iniciada pela Prefeita Marta. Naquela época, segundo os jornais de então, a ponte era um desperdício fenomenal de dinheiro. Uma inutilidade grosseira. Bastou que Serra assumisse o cargo, e depois Kassab, e a ponte foi inaugurada sob festa e aplausos da mídia.

Detalhe que convém anexar à nossa verve: Octavio Frias Filho é o nome da ponte hoje em dia. Estranho, Frias não é o nome da família da Folha?

Foi isso que virou a mídia brasileira, um punhado de Bonners, Leitões, Sardenbergs, Frias, Civitas, Mainardis e Marinhos, loucos incansáveis para trazer para sí, para seu grupelho de mal intencionados, todo o poder que emana do Estado. Loucos para calar a voz da democracia e instalar o Estado mínimo. Mínimo, diga-se que sirva somente para seus interesses. Nunca para os do povo que os engorda com seus impostos.

A "grande" imprensa brasileira, essa que você vê ocupando quase 90% dos espaços das bancas de jornais, essa que você vê ocupando 100% da televisão de nosso país, é um lixo tóxico e perigoso. Ela mente. Não sabe o que é, não está acostumada e não concorda com a democracia. É ditatorial até os ossos.

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quarta-feira, 29 de abril de 2009

GRIPE SUÍNA. MAIS UM ALARME

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Esta é a imprensa que você ajuda a sustentar, gastando seu rico dinheirinho com a compra de um exemplar nas bancas ou pela assinatura mensal. É esta imprensa irresponsável que pouco tempo atrás, causou mortes devido à overdose de vacina contra a febre amarela, em uma epidemia que nunca aconteceu.

"O noticiário internacional sobre a expansão da gripe suína se divide entre os jornais de maior prestígio, que trazem informações oficiais e recomendações à população, e os chamados tablóides, modo genérico de qualificar a imprensa de má qualidade, que sai com manchetes alarmantes e pouca informação útil. No Brasil, o papel dos tablóides — ou, como chamamos, da imprensa marrom — foi assumido pelo Globo com sua manchete: "Gripe se alastra no mundo e Brasil mostra despreparo".

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa

Nos demais jornais brasileiros e na imprensa internacional de qualidade, a informação predominante dá conta de que a Organização Mundial de Saúde elevou o nível de alerta porque o vírus demonstra capacidade de transmissão entre humanos, o que pode facilitar sua expansão muito rapidamente em grandes cidades.

Embora os casos confirmados se restrinjam a cinco países — México, Estados Unidos, Canadá, Espanha e Escócia —, O Globo entendeu que o vírus "se alastra no mundo". É um caso de alto alarmismo e baixo jornalismo.

Dos três chamados grandes jornais de influência nacional, O Globo tem se caracterizado pela linguagem menos refinada e pelas escolhas de manchetes mais ruidosas. Quando se trata de casos de corrupção ou de violência extremada, pode-se justificar. Mas, no caso de um risco para a saúde pública, o gosto pelo escândalo pode representar um desserviço à sociedade.

Quando a notícia de um fato que pode causar pânico na população é produzida com os cuidados necessários, um número maior de pessoas procura adotar as medidas recomendadas pelas autoridades e a sociedade reage melhor.

Quando a mesma notícia produz mais alarmismo do que informação útil e segura, o resultado pode ser a irracionalidade coletiva, que reduz as chances de sucesso das ações preventivas.

No caso da gripe suína, todos os grandes jornais, com exceção do Globo, apresentam, em suas primeiras páginas, recomendações e dicas para que os leitores tenham uma idéia mais clara dos cuidados a serem tomados. Entre essas recomendações, uma das mais importantes é evitar a automedicação.

A manchete do Globo distorce a realidade, gera pânico, desinforma e nada garante que ajude a vender jornal. Então, para que o alarmismo?

A escolha do Globo, que contrasta com as dos outros grandes jornais brasileiros, abre espaço para um bom debate sobre liberdade e responsabilidade no jornalismo. Além de informar pouco e fazer muito barulho, a primeira página do Globo de terça-feira (28) mistura a notícia sobre o grave perigo de uma epidemia mundial a querelas da política, ao inserir uma charge no meio da notícia principal. Na charge, o presidente da República aparece desenhado, com um guarda-chuva, sob uma chuva de porcos, e a frase: "Mais essa agora".

Ora, que graça pode haver em ilustrar a notícia sobre o risco de uma pandemia de graves consequências com preocupações eleitorais do presidente da República? Ou será que os editores pretendiam relacionar a figura do presidente à afirmação sacada na manchete, segundo a qual "o Brasil mostra despreparo" para enfrentar um surto de gripe?

No momento em que o Supremo Tribunal Federal se reúne para votar a extinção da Lei de Imprensa, a edição de terça-feira (28) do Globo pode servir como bom exemplo de mau jornalismo — ou de como a liberdade de imprensa deveria ser acompanhada de muita responsabilidade." (leia no Vermelho)

Agora, esqueça se você está realmente esperando que este lixo tupiniquim chamado mídia vá ter algum comprometimento com o cidadão comum. Não teve antes, quando apoiou a ditadura emprestando carros e repórteres bem pagos para auxiliar na tortura e na mutiliação, não teve durante a não-epidemia de febre amarela quando em pânico as pessoas corriam aos postos de vacinação para tomar doses extras desnecessárias, que depois, as vieram a matar; também não teve quando alarmou sobre a crise internacional fazendo a gentileza de justificar aos grandes industriais um bom motivo para que eles dispensassem milhares de pessoas que estavam "sobrando" em suas listas de funcionarios, daí sim, trazendo a crise pois bem sabemos que o desemprego gera mais desemprego. E não terá agora, com a gripe suína.

Não perca seu tempo sendo emburrecido pela imprensa brasileira. Ela não presta.

Leia também os mitos e verdades da gripe suína e as razões pelas quais a imprensa te martela com essa história (aqui)

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terça-feira, 28 de abril de 2009

VÁ PESCAR, CHENEY

Jack Cafferty disse que "esse país costumava ter esperanças" antes de Cheney e Bush estarem no poder.

Um artigo de certa forma interessante saiu do colunista acima referido nas abas de política da CNN americana. Aqui vai uma tradução livre do texto, junto com seu resuminho:

"Aqui estamos nós 100 dias sob a adminsitração de Barack Obama e Darth Vader continua papagaiando o porquê tudo está errado na nova administração.

Ninguém mais está interessado, sr. Vice-Presidente. Você e sua gangue de imorais tiveram sua chance e nós estamos na privada por causa disso. Entendeu? (...)

Semana passada você previu que a política econômica do Presidente Obama teriam efeitos devastadores a longo prazo. Isto vindo de um membro da administração que mais que dobrou a dívida nacional em oito anos e deu 700 bilhões para Wall Street. Ninguém questionou nada. Você está com a credibilidade baixa em se tratando de economia, não acha?

Estamos lendo sobre questionamentos ao Departamento de Justiça que autorizou os Estados Unidos da América a agir como uma gangue terceiro-mundista, como os Talibans ou a Al Qaeda.

Dois membros da Al Qaeda foram torturados 266 vezes em um único mês em uma violação flagrante da Convenção de Genebra bem como outros tratados que nós éramos signatários também. Quem autorizou aqueles memorandos a seres escritos, senhor Vice-Presidente?

Agora nossa reputação está acabada, estamos falidos e continuamos lutando duas guerras que você começou, e a economia está na pior recessão desde a Grande Depressão. E você ainda critica aqueles que o sucederam? Como ousa?

Se o partido Republicano tem alguma esperança de se redimir perante os eleitores ele precisa se distanciar de pessoas como Dick Cheney e os fundamentalistas de direita que se tornaram a nata da intolerância política da nação.

Porquê você acha que alguns membros do partido estão sugerindo que você abrace o casamento homossexual? Porque virou bonzinho? Duvido. Mais provavelmente os mais inteligentes do partido reconhecem que sem uma mudança no sentido de promover inclusão social além do extremismo que vocês representam, as chances de se dissiparem como legenda crescerão muito.

Por favor, vá caçar e nos deixe em paz!"


Ao texto eu faria o seguinte adendo: durante 8 anos praticamente ninguém ousou usar esses termos contra o poder instalado. Concordavam com tudo. E aqueles que vislumbravam a bandidagem da quadrilha de Bush, eram tratados como anti-americanos.

Falta muita autocrítica na América, atualmente.

Leia aqui o original, e clique aqui para ler outras notícias.

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A FILHA DE FHC

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De acordo com o noticiário, a filha de FHC, aquela senhorita que prestava "serviços" ao senador Heráclito Fortes e que mandou uma jornalista "procurar aí" quanto ela ganhava pelo cargo, pediu demissão. Ela disse que era pra não causar constangimentos ao empregador bonzinho.

O detalhe maior é, como se ninguém jamais imaginasse isso, ela teria sido contratada para outros serviços durante o horário de expediente que deveria dar para a Casa legislativa. Ou seja, dois (ou mais) salários pelo período de um trabalho. Um sonho de emprego.

Naturalmente ela não se incomodava com isso pois de acordo com o que disse, não precisava mesmo cumprir horário no gabinete. Ela apenas arrumava as coisas do Senador.

Arrumadeira de luxo, esta. Filha de um ex-presidente que diz que o atual mandatário do país faz pouco pelo combate à corrupção.

Em uma notícia do Terra, lemos assim:

"O procurador do Ministério Público Marinus Eduardo De Vries Marsico ingressou com uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando que o Tribunal apure indícios de irregularidades referentes ao pagamento das servidoras Elga Mara Teixeira Lopes e Luciana Cardoso (filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso), ambas em exercício no Senado. O procurador propôs, caso configuradas as irregularidades, a devolução dos pagamentos."

Bem, eu vou arrumar a poltrona e alugar uma pilha de filmes de 4 horas cada um para esperar que isso dê alguma coisa.

Naturalmente, FHC não precisa nem tentar impedir alguma providência. O corporativismo de nosso legislativo e nosso judiciário funcionam automaticamente. Sem stress para "certos" investigados.

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segunda-feira, 27 de abril de 2009

FOLHA + DITADURA

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Não pouco foi divulgado que a Folha andava de braços dados com a ditadura. Para quem acha que isso não é tão grave assim, convém ressaltar que pessoas comuns, cidadãos brasileiros, eram torturados, mutilados, assassinados pelo simples fatos de parecerem suspeitos. Similar ao que aconteceu a muitos de origem árabe nos Estados Unidos sob o governo de Bush. Eram presos sem acusação e enviados a Guantánamo apenas pelo fato de usarem um turbante ou emprestarem um livro "suspeito" na biblioteca municipal. E lá na prisão, todos nós ficamos sabendo o que acontecia.

Mas o ser humano comum tem uma certa dificultade de entender a dor e o sofrimento do outro, porque latu sensu, sofre uma lavagem cerebral poderosa que o impede de ver a vida com os olhos abertos. Por isso muita gente tem dito que não é algo tão horrível a associação criminosa da Folha com os torturadores do regime militar. Muita gente acha que foi um "mal necessário". Uma pena que alguém pense assim, de toda forma, para tentar imaginar a grandiosidade da situação, deveriam esses incautos pensar que poderiam ser seus filhos, ou seus pais a serem presos, e covardemente ter partes do seu corpo arrancadas ou inutilizadas pelo modesto motivo de pensarem de maneira destoante àquela imposta pelo poder supremo.

Bem, nesta matéria do Vermelho, mais um pouco sabemos das barbaridades atrozes promovidas pela "ditabranda", e apoiadas de bom grado pelo pessoal da Folha.

Antes de ler, também é bom lembrar que são estes mesmos caras-de-pau, que ficam arrotando tolices e sandices todos os dias, e falando de uma tal democracia que eles não só não apóiam, como fizeram o possível para extinguir.

Hipócritas. E muita gente ainda paga para ler seu jornal.

"As colaborações do Grupo Folha com a ditadura militar (1964-1985) foram além do já revelado apoio logístico. Durante o período de maior repressão do regime, José Ramos, da Folha da Tarde, era o repórter da confiança do Dops (Departamento de Ordem Pública e Social), um dos mais temidos órgãos da repressão, e sugeria a presos políticos que delatassem seus companheiros.

Por André Cintra

Ramos fazia plantão no Dops, à espera de notícias sobre captura de militantes da luta armada. Tinha acesso ao transporte de presos políticos — invariavelmente em peruas do Grupo Folha, que serviam como fachada para diligências da Oban (Operação Bandeirantes). Mesmo se apresentando aos presos como jornalista, estimulava-os “a abrir a boca para os torturadores”.

“Ele era o setorista da Folha dentro do Dops — aliás, o único setorista aceito — e me disse que sabia o que podia acontecer comigo. Então ele chegou até mim e disse: ‘Acho melhor você falar’”, lembra o jornalista e escritor Rui Veiga, ex-militante da ALN (Ação Libertadora Nacional). “Ele praticamente iniciou o meu processo de tortura”, agrega o ex-preso político, em depoimento exclusivo ao Vermelho.

O Dops, no período, tinha na linha de frente o delegado Sérgio Paranho Fleury, ex-líder do Esquadrão da Morte e um dos torturadores mais frios e truculentos do regime. “Para me pressionar, ele (José Ramos) dizia: “Quem vai te pegar é o Fleury”, conta Veiga.

O ex-preso político falou ao Vermelho em 18 de abril, na antiga sede do Dops, onde hoje funciona o Memorial da Resistência. No mesmo dia, outro ex-integrante da ALN — que prefere não se identificar — relatou ter visto José Ramos numa ação da Oban, mas evitou contato.

O Vermelho também apurou que denúncias de colaboracionismo de repórteres já chegaram à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Uma das funções da comissão é avaliar pedidos de indenização da União feitos por vítimas da ditadura.

Confira abaixo trechos da entrevista de Rui Veiga ao Vermelho

Como você aderiu à luta armada?
Eu entrei em 1967 na ALN, no racha com o Partido Comunista (ex-PCB). O (líder da organização, Carlos) Marighela era muito próximo do meu pai. Um tio meu, Rolando Frati — que foi um dos presos políticos trocados pelo embaixador americano (Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969) — era o segundo nome da ALN. Minha atuação política se originou em casa, portanto — na família mesmo.

Você ficou preso no DOI-Codi e no Dops?
Na verdade, não se chamava DOI-Codi ainda — era Oban. Passei 43 dias na Oban e fui levado depois para o Dops, onde passei 38 dias.

Por que você foi preso? Quais eram as acusações “oficiais”?
Estou registrado como preso para “averiguações”. Havia três acusações contra mim. Uma delas, muito específica, é o assalto ao supermercado Morita da Saúde. A outra era o fato de eu ser ligado à ALN — e depois descobriram que eu era sobrinho de um dos presos políticos trocados pelo embaixador. A terceira coisa era que eles achavam que eu era o coordenador do setor de explosivos da ALN. Eu fazia parte do comando de combate, do GTA (Grupo Tático Armado).

Você foi transportado em perua do Grupo Folha?
Isso foi depois — só quando me levaram da Oban para o Dops. Dentro do carro, havia um repórter da Folha.

E você o conhecia, sabe qual era o nome dele?
Era o José Ramos. Ele era o setorista da Folha dentro do Dops — aliás, o único setorista aceito — e me disse que sabia o que podia acontecer comigo. Então ele chegou até mim e disse: “Acho melhor você falar”.

Ele o aconselhou a delatar seus companheiros à repressão, dar a localização dos pontos?
Ele queria me convencer a abrir a boca para os torturadores, delatar e tudo o mais. “Porque senão vai ficar muito chato para você, muito difícil para você”, ele disse.

Era uma forma de tortura psicológica...
Sim, ele praticamente iniciou o meu processo de tortura. Para me pressionar, ele dizia: “Quem vai te pegar é o Fleury”. Ele já sabia como as coisas funcionavam no Dops.

Dá para dizer que ele tinha um envolvimento com o regime, uma afinidade?
Ele estava muito envolvido. Se você procurar outras pessoas, vai ouvir a mesma coisa. Ele conversou com muita gente nos carros da Folha.

Você chegou a rever esse repórter?
Sim, claro. Eu o vi várias vezes depois disso

Chegou a encontrá-lo logo após sua passagem pelo Dops?
Eu perdi o contato com ele depois. Fui vê-lo na própria Folha, onde nós trabalhamos juntos.

Vocês conversaram a respeito desse episódio do transporte ao Dops?
Não, preferi evitar. Os tempos eram outros e ainda havia resquícios do período da grande repressão. O AI-5 ainda funcionava praticamente."


Esta é a democracia da Folha. Como diz seu marketing, "de rabo preso com o leitor"

Clique aqui para ver Serra tirando sarro de Lula, dizendo que o rouboanel (que desabou) não tem problema.
Clique aqui para ver o último DataFolha mostrando Serra cono ele exige que mostre.
Clique aqui para ver que o Vox Populi diz que Dilma pode vencer já no primeiro turno.
Clique aqui para ver que o estadinho publicou que a maioria prefere candidato de Lula.
Clique aqui para ver o estadinho não falando nada da maquete do Serra, mas reclamando do Lula.
Clique aqui para ver o desespero do Estadão para dizer que Dilma não está empatada.
Clique aqui para ver o tolo Estadão falando para a meia dúzia de assinantes que tem.
Clique aqui para ver que o Globo acha que é melhor o país parar de crescer.
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CAPITALISMO X COMUNISMO

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Certamente você já ouviu muitas vezes alguém dizer que capitalismo é igual a democracia e comunismo é igual a ditadura.

É um conceito com o qual você cresceu e muito possivelmente, jamais parou para analisar.  Não foi sem querer que te fizeram acreditar nisso. Afinal, os mentores do capitalismo não queriam competir com outro sistema econômico presente e crescente no mundo a partir do pós-Segunda Guerra. Assim, ganharam corações e mentes.

A charge no destaque ilustra bem o que eu estou falando. Te fizeram ter medo de algo que não era o capeta que pintavam. Mas o importante era o seguinte. Você podia até não entender (e era melhor que não entendesse), bastava que tivesse medo.

Explicando:

Sem entrar no mérito do que é bom e do que não é, porque seria uma discussão sem fim,  vale a pena esclarecer e repassar a informação, clamando a todos que não querem correr o risco de continuarem desinformados, que tanto comunismo quanto capitalismo, são sistemas econômicos. Nada têm a ver com política ou forma de governo. E democracia e ditadura são sistemas políticos, nada têm que ver com economia.

Do contrário, como explicar que o Brasil, do mesmo modo que praticamente toda a América Latina jamais foram comunistas e tiveram ferozes ditaduras instaladas, a assassinar e torturar os cidadãos?

A isso, claro, é bom adendar que 99 por cento das ditaduras fascínoras da América Latina e  muitas da África, foram insufladas, capitalizadas e municiadas pela "maior" das democracias. O capitalista Estados Unidos da América.

Bem, a informação de que os Estados Unidos, que se auto proclamam como a maior democracia do mundo financiou ditaduras ao redor do mundo já é de conhecimento público. Ou seja, a maior parte das pessoas razoavelmente informadas já se deu conta que o negócio era mais embaixo, com exceção talvez dos muito ingênuos e daqueles que desconhecem a realidade do mundo (entre eles boa parte dos leitores da psicopata revista Veja).

Assim, baseado no imenso poder de propaganda promovido pela América, o lado ocidental do planeta escuta há quase um século, e acredita, que livre mercado é igual a mundo livre. Como tanto dizem os presidentes estadunidenses em seus discursos. Bom, infelizmente, não é verdade.

De todo modo, outros incautos também dizem que pode até não ser verdade que todas as ditaduras sejam comunistas, mas todos os comunistas fazem ditadura.

Infelizmente, isso também não é verdade. Essa já é uma longa história, que precisa de uma análise mais amiúde. Digo isso porque é preciso verificar os regimes econômicos europeus do pós-guerra. Eram todos socialistas em seu âmago. Apenas não carregavam nomes socialistas ou comunistas. Por um simples motivo. Foram rigorosamente TODOS, financiados pelos EUA. E os EUA não permitiriam que satélites seus, se propagassem como socialistas.

Quer dizer, na prática, os EUA financiavam regimes socialistas pela Europa em razão de uma única contrapartida. Que fossem seus aliados. E consumissem seus produtos. A América de então, precisava desovar suas exportações e seu estilo de vida, que lhe rendia toneladas de dinheiros.

E assim foram. Receberam suas mensalidades quietinhos, até reestabelecerem suas economias. A Alemanha em pouco tempo se tornou novamente uma potência. Do mesmo modo, a França e a Inglaterra.

No outro lado da moeda, os EUA iam criando bolsões de pobreza ao redor do planeta, imprimindo dólares e distribuindo em forma de empréstimos aos países pobres, para poder aliviar a pressão inflacionária interna que rondava a América.

O caldo só foi entornar quando Bush filho assumiu. E foi longe demais, como nós já sabemos. Com as economias refeitas e cansados de tanta ingerência, a Europa civilizada mandou os EUA procurar sua turma.

Dito isso, leio no Economist que segundo o estudioso Robert Reich, ex-secretário de trabalho de Bill Clinton, o capitalismo sem controle ajudou a enfraquecer a democracia. Ele naturalmente, sabe o que diz, porque foi justamente em sua época de governo que se inicializou a bandalheira promulgada depois por George Bush. Trocando em miúdos, é dizer que a democracia foi comprada e vilipendiada pelos grupos poderosos que se aproveitaram da ingenuidade humana de achar que liberdade de iniciativa e de negócios é a mesma coisa que bater carteiras e assaltar o cidadão bem intencionado, à luz do dia. Lesados, obviamente, só as pessoas comuns. Os executivos como vimos, continuaram ganhando seus bônus como se nada tivesse acontecido.

Mesmo assim, Reich está certo. E isso deveria servir de base para os "experts" que permeiam nossa mídia inútil, pararem de falar tolices e tagarelarem sobre algo que eles não têm o menor domínio: a economia.

Afinal, falando sério, alguém realmente acredita que Merval Pereira, Mirian Leitão e Carlos Alberto Sardenbergh realmente entendem bolhufas sobre o que ficam papagaiando todos os dias? Eles estão lá apenas para defender os interesses da meia-dúzia que lhes paga o salário e no máximo, dos amigos dos amigos.

Se trata de uma boa e bela confraria.

Como já disse Milton Friedman, no Consenso de Washington, "não existe almoço grátis". Há sempre uma boa contrapartida.

E falando em Friedman, vale a pena assistir a este vídeo, sobre o livro Doutrina do Choque, da canadense Naomi Klein. Lendo o livro, você ficará horrorizado com o que foi feito em nome do tal livre mercado.





Clique aqui para ler que os ricos pedem mais impostos na Alemanha.
Clique aqui para ver onde só os assassinos "dos outros" é que vão a julgamento.
Clique aqui para ler sobre o comunismo do Bolsa Família que nossa mídia tanto odeia.
Clique aqui para ver FHC chamando Lula pra um debate.
Clique aqui e leia mais notícias.
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domingo, 26 de abril de 2009

CORREA NO EQUADOR

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Mais uma vez a direita e especialmente, a imprensa, levaram uma lição. No Equador, Rafael Corrêa se reelegeu. Ou seja, vão ficando longe os tempos onde a direita mandava na região, ditando regras com sua política racista e arrogante.

Assim disse o NY Times deste domingo:

"O presidente Rafael Correa venceu as eleições no domingo enquanto o velho strablishment político não foi capaz de demonstrar uma alternativa coerente à sua combinação de sua assertiva de controle nacional da economia com  uma abrangente rede de programas sociais para os pobres.
(...)
Correa respondeu ao lento crescimento econômico buscando mais de 1 bilhão de dólares em empréstimos da China e impondo restrições a centenas de produtos importados numa tentativa de evitar que os dólares americanos, usados aqui como moeda oficial, voassem para fora do país.
(...)
"Correa é melhor que os ladrões que vieram antes dele", disse Mariana Sanchez, uma vendedora ambulante de 52 anos."

Convém ressaltar que inclusive as palavras hoje em dia (fora do Brasil, diga-se), são mais cuidadosas. No texto do Times, há um certo cuidado já que aparentemente, os americanos já de deram conta que eles mesmos, não sabiam tanto sobre economia e capitalismo, quanto imaginavam saber. Em boa parte da imprensa estadunidense, um choque de realidade se abateu.

E digo fora do Brasil, porque nos nossos jornalísticos, continuam taxando a esquerda de paternalista, populista e todos os "istas" pejorativos que podemos imaginar. 

Se esses sabichões realmente soubessem de alguma coisa além de encher os próprios bolsos com dinheiro da massa miserável da população, certamente o mundo financeiro não estaria à perigo, como está hoje.

Diante de tantas evidências eu fico me perguntando por qual razão tanta gente ainda se dá ao trabalho de GASTAR DINHEIRO comprando porcarias como a Veja, o Estadão ou a Folha. Eles na maior cara-de-pau estão somente interessados em legislar em causa própria. Estão somente interessados em ter um país que funcione para eles e  para seus amigos próximos. 

Por quê nossa classe-média é tão cega?

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DANDO MOLE PARA A DITADURA

Do blog do Josias, a mais nova e eficiente engenhoca de corrupção neste poço sem fundo que é a política brasileira:

"O nome dele é João Carlos Zoghbi. Respondia pela diretoria de diretor de Recursos Humanos do Senado. Ocupava a cadeira havia quase uma década. Perdeu-a no último dia 13 de março. Descobriu-se que cedera um apartamento funcional ao filho.Desde o afastamento, Zoghbi tomou chá de sumiço. Tirou férias. E recolheu-se à mansão que lhe serve de abrigo em Brasília. Neste final de semana, o ex-diretor volta ao noticiário. Foi levado às manchetes pelos repórteres Andrei Meireles e Matheus Leitão. A dupla desencavou malfeitorias de arrepiar o contribuinte. Levada às páginas de Época, a notícia informa o seguinte: Zoghbi abriu empresas de fachada, em nome de testas de ferro. Usava-as para receber quantias milionárias de outras empresas. Firmas que mantinham negócios com o Senado. Chama-se Maria Izabel Gomes uma das “laranjas” usadas por Zohbi. É uma senhora de 83 anos. Mora na mansão dos Zoghbi. Foi ama de leite e babá do ex-diretor do Senado. Não tinha renda. Era isenta do pagamento do Imposto de Renda. Súbito, tornou-se, em 2006, sócia majoritária de três empresas. 

No último ano e meio, as firmas da ex-babá faturaram R$ 3 milhões. O contrato mais vistoso foi fechado pela empresa Contact. Tornou-se prestadora de serviços do Banco Cruzeiro do Sul. A casa bancária opera no ramo do crédito consignado. Encontrou na folha salarial do Senado uma mina de ouro. A folha é grande. Tem cerca de 10 mil servidores. Coisa de R$ 2,3 bilhões anuais. Nesse nicho, gerido até março por Zoghbi, os empréstimos consignados somaram R$ 1,2 bilhão em 3 anos. O Banco Cruzeiro do Sul beliscou R$ 380 milhões. E repassou R$ 2,3 milhões à Contact, empresa da ex-babá de Zoghbi. Ouvido, o banco informou: “A Contact é uma correspondente no Senado...” “...Ao longo de 2007, os contratos intermediados pela Contact somaram R$ 66 milhões, e a empresa fez juz a comissões”. No papel, a Contact tem três donos: a ex-babá Maria Izabel (61%), Bianka Dias (34%) e Ricardo Nishimura Carneiro (5%). Procurado, Zoghbi disse que a Contact e outras duas empresas pertencem à família. “Na realidade, a Contact e as duas DMZ são empresas dos meus filhos...” “...Como é proibido a servidores públicos ser donos de empresas que negociam com órgãos públicos, eles registraram as empresas em nome da minha mãe preta”.
 
Os outros sócios são, segundo Zoghbi, amigos dos filhos. Os filhos de Zoghbi são dentistas. Por que se interessaram por outros ramos? “Eles também são bons de informática e entendem de administração”, diz Zoghbi. “Trabalharam duro para ganhar esse dinheiro. Sei que há um conflito de interesse, que essa história me compromete”. Compromete tanto que, ao lado do ex-diretor na hora da entrevista, a mulher dele, animou-se a fazer uma proposta indecorosa aos repórteres.
 
Eis o que disse Denise Araújo Zohbi durante a conversa: “Essa reportagem vai acabar conosco, o João vai ser demitido...” “...O que eu posso fazer? Dinheiro? Se eu te der meu carro, você não publica?”. Como se vê, o padrão ético dos Zoghbi é de uma maleabilidade inaudita. Por muito pouco o patriarca da família não virou diretor-geral do Senado. O cargo era de Agaciel Maia, demitido depois que se descobriu que omitira a posse de mansão avaliada em R$ 5 milhões.
 
José Sarney já havia escolhido Zoghbi para a função de Agaciel. O caso do apartamento funcional cedido ao filho o fez dar meia-volta. Embora afastado da diretoria de Recursos Humanos, Zoghbi ainda é servidor do Senado. Sob padrões mínimos de moralidade, o vaticínio de Denise Zoghbi –“O João vai ser demitido”—deveria converter-se em realidade. Porém... Porém, estamos falando do Senado brasileiro. Uma casa que não costuma render homenagens à lógica."


O detalhe é que, por causa de comportamentos como o desse senhor, a frouxidão dos presidentes do Senado e da Câmara e a leniência de "certas" instâncias do judiciário, não são poucas as pessoas na rua que imaginam que a democracia não serve de nada. Pensam (erradamente) que na época da ditadura, a coisa não era assim.

E estes senhores vão brincando com fogo, dando munição para a repetição daquilo que uma vez, custou a vida de milhares de pessoas e nos jogou na lata de lixo da história da humanidade.

Deviam tomar cuidado. Mas claro, eles não ligam. Como não ligaram da outra vez. Dificilmente uma ditadura instalado no país iria colocar ESTE tipo de corrupto no paredão de fuzilamento.

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FOLHA ADMITE QUE PUBLICOU MENTIRA

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Depois de reconhecer na maior cara-de-pau que veiculou uma ficha "montada" de Dilma, a Folha disse o seguinte em sua notinha:

"Nota da Redação - Tão logo a ministra colocou em dúvida a autenticidade de uma das reproduções publicadas, a Folha escalou repórteres para esclarecer o caso e publicará o resultado dessa apuração numa próxima edição." (leia)

O interessante é ver que o jornalismo-lixo da Folha, que se diz sério e engana a classe-média mal informada do país; publica um spam que todo internauta do Brasil recebeu por e-mail, não se deu ao trabalho de verificar com a parte acusada se havia ao menos um resquício de verdade sobre o que veiculava e ainda fala que vai publicar o "resultado" da apuração na próxima edição?

Mas como assim? Primeiro acusam, e só depois, muito tempo depois, dizem que vão "verificar"? Mas todo brasileiro de boa índole que eventualmente gaste seu dinheiro com esse lixo de jornal imagina que o certo seria averiguar primeiro e só depois acusar alguém de assassinato e de terrorismo. Não seria isso o certo?

Não, claro que não. Para um jornal que odeia a esquerda e ajudou a ditadura militar inclusive emprestando veículos para vigilância e a tortura de cidadãos brasileiros, o padrão ético pouco importa. (veja)

Engraçado que a "ficha" do Serra, a Folha não publicou. Será que é porque ela e todos os outros "grandes" veículos da nossa imprensa adorariam ver o PSDB de novo no poder para se refestelar com suas generosas verbas como fizeram durante os longos anos da era FHC?

Afinal, quem precisa vender jornal ou revista, quem precisa ter programa bom na televisão se o governo lhe enche as burras com dinheiro fácil? E isso é o mínimo, não sejamos ingênuos.

De toda forma, agora que a Ministra está doente, vão dar a ela um descanso. Seria mórbido demais continuarem fazendo o que fazem enquanto ela se submete ao tratamento contra o câncer.

Mas vontade, a eles, não falta. Pode apostar.


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sexta-feira, 24 de abril de 2009

JOSÉ DIRCEU

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A REDETV promoveu na pessoa de Kennedy Alencar uma boa entrevista, no programa É Notícia, com o ex-Ministro José Dirceu.

Naturalmente se nota na entrevista a necessidade do entrevistador de colar em Dirceu uma imagem de guerrilheiro. Tipo aquela que a Folha fez com a Dilma.

Não por coincidência, Kennedy também trabalha naquele informativo que foi associado da ditadura, inclusive emprestando carros para a repressão.

De toda forma, vale a entrevista.

Clique neste link para assistir.

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CASA PRÓPRIA

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Uma boa mostra da atitude farsesca aplicada por uma certa parcela dos políticos é esta notícia que saiu no Vermelho.

"Enquanto a maioria dos estados busca formas de ampliar a participação no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, com o qual o governo federal pretende construir 1 milhão de moradias em todo país, o governo de São Paulo, comandado por José Serra (PSDB), tenta de todas as formas criar obstáculos para que o programa seja adotado em São Paulo. Estado que, é bom lembrar, concentra o maior déficit habitacional do país e já tem mais de meio milhão de famílias inscritas na fila à espera da casa própria."

Tudo isso, naturalmente, com medo de que os benefícios do plano signifiquem nas urnas votos perdidos para o PSDB e votos ganhos para o PT.

Mas não são os senhores do "choque de gestão" que tanto falam que o que é para o bem público tem que ser feito, independente do partido?

Será que o pobre de São Paulo que precisa de uma casinha concorda com esta palhaçada de José Serra? 

E o detalhe. Se quisesse, Nosferatu poderia continuar com seu programa próprio de habitação, poderia ter os dois em andamento.

Dá pra notar como Hortelino Troca Letras está preocupado com o zé-povinho. Mas se dê por contente, pois como disse uma vez a ilustre Zélia Cardoso de Mello, o povo é um mero detalhe.

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quinta-feira, 23 de abril de 2009

O "JEITINHO" DE MENDES

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As estranhezas entre Barbosa e Mendes como já dito, não vêm de agora. Neste vídeo Barbosa censura Mendes por querer dar um "jeitinho" nas coisas.

Aliás, lembremos todos de agradecer a cada dia esta maravilha que é a internet e o Youtube. A democracia ficaria complicada se não tivessemos certos instrumentos em nosso favor.






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BARBOSA X MENDES

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O Ministro Joaquim Barbosa é um homem de verve. Assista neste vídeo, sua discussão com Gilmar Mendes. A briga foi feia. Barbosa é famoso por falar o que deve ser dito e não é a primeira vez que se envolve em algum entrevero com um colega da Côrte.

Sobre o assunto o blog do Josias de Souza traz o seguinte:

"Disemina-se a impressão de que o juiz do mensalão está passando das medidas. Estaria confundindo, na visão dos colegas, o salutar o exercício da divergência jurídica com a descortesia. Dono de etiqueta peculiar, Joaquim já se havia estranhado com o próprio Gilmar, com Eros Grau e com Marco Aurélio Mello. (...) Torce-se para que, nos próximos dias, os ânimos voltem a serenar."

Naturalmente bate-boca na Alta Câmara não condiz com a serenidade necessária aos seus integrantes. Porém, quando assistimos o vídeo, vemos muito mais do que um senhor destemperado falando pelos cotovelos. Barbosa não é a Heloisa Helena. Vemos alguém que está visivelmente descontente com o rumo que tomou a imagem do STF, entre tantos motivos, pelos HCs imediatos para gente rica e poderosa ou pelos diversos abaixo-assinados que percorrem a internet pedindo o impeachment de Gilmar Mendes.

Se pode gostar ou não, mas não está mentindo Joaquim Barbosa quando diz que a imagem do Supremo está indo pro lixo.

De toda forma, note no vídeo como ficou nervoso o Ministro Barbosa. Também chama a atenção uma frase por ele dita: "Vossa Excelência não está lidando com seus capangas no Mato Grosso, não". Na contrapartida, Mendes apenas riu.




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quarta-feira, 22 de abril de 2009

LULA E O GIGANTE REGIONAL ÚNICO

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Na postagem de hoje eu havia optado por trazer o discurso do presidente Ahmadinejad do Iran. Por causa desse discurso, Israel, os EUA e os outros babacas de plantão se sentiram "ofendidos" com tantas verdades ditas, que resolveram abandonar a conferência sobre racismo da ONU.

Aqui pelos nossos lados a Folha, cumprindo seu papel de jornalismo lixo, colocou na boca do iraniano, palavras que ele não disse. Quem é esperto e tem uma assinatura da Folha, possivelmente já se deu conta que deveria verificar com a imprensa internacional de credibilidade, acerca de qualquer reportagem. Convém conferir se as matérias deste jornaleco realmente relatam algum acontecido ou se somente relatam o que os Frias "gostariam" que acontecesse.

Então, como é perda de tempo falar sobre isso, sobre a Folha e sobre os ofendidos da ONU, achei melhor falar desta reportagem da Newsweek, este baluarte do jornalismo porcaria dos EUA que, sem consultar seus pares no Brasil, sem perguntar nada para Larry Hoter ( aquele tonto que fazia parceria com Diogo Mainardi), resolveu lançar uma (outra!?) reportagem chapa branca elogiando o governo brasileiro e dizendo que Lula conseguiu fazer do nosso país, um "gigante único".

Aqui vão alguns trechos que ÓBVIO, a Folha, o Globo e praticamente nenhum outro "grande" joralístico pretenderão reproduzir por estas bandas:

"O Presidente brasileiro Luiz Inacio Lula da Silva está na estrada. Recentemente dividiu o púlpito com Gordon Brown e Sarkozy e recebeu um efusivo "é o cara" de Barack Obama, no encontro do G20 em Londres. Também apareceu na foto com a Rainha Elizabeth II. O ex-operário que passou décadas brigando contra o capialismo selvatgem, é agora bem visto pelos banqueiros e conselheiros de empresas. 'Você não acha chique o Brasil emprestar para o FMI?' - brincou ele numa coletiva.

Não muito tempo atrás, cenas como essas pareciam improváveis. Com uma democracia jovem, pobreza grande e uma economia acidentada, os líderes do país mais provavelmente apareceriam implorando um empréstimo do que posando lado a lado dos mandachuvas internacinais. Depois de décadas de passos em falso, o Brasil se tornou uma democracia sólida de livre mercado, uma rara ilha de estabilidade em uma região conturbada e governada por autocratas. Agora o Brasil está se firmando como nunca antes, mas de uma maneira que é marcadamente diferente dos outros grandes líderes globais.

O Brasil emergiu como uma potência regional única, deitado sobre a sombra da segurança americana, e num hemisfério sem inimigos críveis (...) Lula preside uma superpotência como nenhum outro gigante emergente.

(...) Levando sua agenda Sul-Sul, o Governo Lula abriu 35 embaixadas desde que chegou ao poder em 2003, a maioria delas na África e no Caribe. E o Brasil também liderou uma largamente aplaudida missão de paz no Haiti, um dos casos mais complicados do hemisfério. Sob a liderança de Brasília, os embaixadores do Brasil, China, India e Rússia se reúnem mensalmente em Washington para coordenar a estratégia comum dos BRICs, costumeiramente para contradizer a posição dos EUA."

Ainda sobra espaço para falar da estabilização econômica de "Cardoso". Por isso, estou me convencendo que as últimas linhas (as que falam do pobre FHC) serão as únicas traduzidas por nossa imprensa.

Afinal, verdade seja dita. Os esforços da tucanada têm sido imensos para mobilizar a facilmente mobilizável mídia nacional, vendida como é. Ninguém aguenta ser lembrado como o "segundo" sempre, não é, FHC?

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segunda-feira, 20 de abril de 2009

BAND FAZ APOLOGIA AO CRIME

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A charge de Bira relembra quanto patético e criminoso foi o editorial da Band sobre a apologia ao plantio em terras preservadas, proibidas por lei.

Isso é apologia ao crime. Eles entendem como desobediência civil.

Naturalmente por trás da máscara de boazinha, falando dos pequenos agricultores e do plantio de subsistência, não se surpreenda se encontrar, como quem não quer nada, algum grande latifundiário que perde muito dinheiro, não podendo usar as margens dos rios e córregos.

Latifundiário amigo do rei, é claro.

Infelizmente o zé-povinho continua dando pataca para esta mídia criminosa que tomou conta da nação brasileira. 

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WALL STREET JOURNAL: LULA ESTÁ CERTO

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Infelizmente eu não sei legendar um vídeo. Mas para aqueles que conseguem entender o inglês, este vídeo traz a noção, para quem quer ver, que não só o Brasil, mas Lula em pessoa, tem um peso extremamente maior do que já ousamos ocupar na história.

Mary O´Grady é colunista do jornal que é simplesmente o mais importante no mundo inteiro, acerca de negócios e dinheiro, o WallStreet Journal. E ela conta sobre sua entrevista com Lula do mesmo modo que fala com qual razão o Presidente brasileiro transfere para os países ricos, notadamente os EUA, a responsabilidade pela bagunça em que estamos vivendo atualmente.

Detalhe: NINGUÉM lá discordou do barbudo. Outro detalhe, TODO MUNDO entendeu exatamente o que ele quis dizer com "olhos azuis".

Aqui na terra brasilis, os serviçais da imprensa por outro lado, continuam achando Lula um imbecil ignorante. Se fosse possível ter um presidente somente para quem vota nele, eu diria, fiquem vocês com o PSDB e eu continuo com Lula. Ao fim de uma década, adoraria comparar os "dois" países.



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BLOGUEIRO "CONSPIRADOR" É PRESO NA CORÉIA. NO BRASIL, AS MIRIANS SE SAFAM.

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A democracia é sempre uma coisa bacana para ser observada. Especialmente a democracia dos outros. Quantas vezes ouvimos aqui no Brasil que o governo (atual, claro) é totalitarista e pretende seriamente restringir a liberdade de expressão da imprensa?

Pois bem, na Coréia do Sul, um rapaz blogueiro, foi preso acusado de espalhar falsas informações econômicas na internet. Ele divulgou no segundo portal mais popular daquele país, suas teorias econômicas a respeito da valorização do won, a moeda local.

Porém, o judiciário se convenceu que ele não teve tão drástica intenção. Não queria arrebentar a economia do país. Era apenas um zé-ninguém falando bobagem.

O que me chama a atenção é que em nossas terras, não um simples blogueiro anônimo, mas pessoas "gabaritadas", funcionárias de redes de televisão e de jornais, espalham o que bem entendem, a serviço de seus patrões sempre bem intencionados, levando a picos de euforia ou tristeza a população brasileira, provocando caos nos postos de vacinação e mortes por uma epidemia de febre amarela que jamais existiu, aumentando a crise e o desemprego por causa de suas teorias do fim do mundo, e nada, nada, nada; nenhuma delas jamais é responsabilizada perante as autoridades. E isso obviamente, porque temos um governo que flerta com o autoritarismo. Fico imaginando o que um governo liberal faria.

A notícia do coreano, saiu no WallStreet Journal.

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MULTA MILIONÁRIA PARA A TELEMAR

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No blog Os Amigos do Presidente Lula vemos esta interessante nota:

"O Ministério Público Federal em Varginha (MG) ajuizou ação civil pública pedindo a condenação da empresa Telemar Norte Leste S/A (mais conhecida hoje por seu nome de fantasia – OI Fixo), ao pagamento de indenização no valor de R$ 50 milhões por danos morais coletivos.

Em agosto de 2006, foi criada, no site de relacionamentos Orkut, uma comunidade virtual chamada de Poder Nazista.

Além de divulgar mensagens de apologia ao regime liderado por Hitler, a página propagava xingamentos e ofensas a pessoas negras, incitando ao ódio e à discriminação racial.

Após investigações conduzidas pelo MPF, com quebra de sigilo telemático autorizada pela Justiça Federal, apurou-se que a página teria sido criada em computadores pertencentes à unidade da Telemar (Oi), em Varginha, sul de Minas Gerais.

Funcionário da empresa, durante o horário de serviço, utilizara equipamentos do local de trabalho para cometer o crime de racismo por meio de mensagens que foram divulgadas a um número indeterminado de pessoas através da rede mundial de computadores.

A Justiça requereu então informações à Telemar (Oi), cuja sede é no estado do Rio de Janeiro, para identificação e qualificação do funcionário, de modo a poder dar sequência à persecução penal já iniciada.

Estranhamente, porém, a empresa ignorou solenemente a requisição judicial. E continuou a fazê-lo nas duas vezes seguintes em que o juiz reiterou o pedido de informações.

Após quase um ano de protelação, a empresa finalmente enviou resposta ao pedido judicial, alegando, no entanto, ser impossível a identificação do funcionário devido, entre outras desculpas, ao “grande lapso de tempo” transcorrido.

A inércia proposital e a omissão da Telemar configuraram, segundo o MPF, verdadeiro descompromisso e desrespeito com a Justiça, na medida em que dificultou propositalmente a identificação do autor do crime que estava sendo investigado.

A atitude da empresa fica pior ainda ao se considerar sua justificativa de que tal identificação não seria possível em razão de “lapso de tempo” a que ela mesma deu causa.

“A conduta da empresa gerou consequências que exigem a reparação do dano moral causado à coletividade”, defende o procurador da República Marcelo Ferreira.

E isso pode ser visto sob três vertentes:

1) por ter permitido, sem qualquer fiscalização, que funcionário de seus quadros, lotado na unidade de Varginha/MG, utilizasse seus equipamentos e instalações para promover a disseminação do ódio racial pela internet;

2) porque, mesmo após o conhecimento do crime, a empresa se eximiu de identificar o funcionário responsável;

3) ao deixar de cumprir as requisições judiciais para a identificação desse funcionário, a empresa foi responsável por causar a impossibilidade de punição do crime. Esses atos, e suas consequências, geram na coletividade a sensação de impunidade, de descrédito nas instituições que promovem a Justiça.

Para o procurador, o dano moral coletivo resultante da conduta da Telemar (Oi) atinge não somente as pessoas diretamente afetadas pelas mensagens racistas divulgadas por seu funcionário a partir dos computadores da empresa, quanto pelo sentimento gerado em cada cidadão de que, no país em que vive, as leis não são cumpridas.

“O mais grave ainda é que o próprio autor do crime, munido do sentimento de desprezo às instituições, zomba e escarnece da Justiça como um todo, na medida em que permanecerá impune seu ato criminoso”.

Responsabilidade objetiva - O MPF lembra que a responsabilidade da empresa é do tipo objetiva, ou seja, independe do conhecimento prévio acerca dos atos danosos praticados por seu funcionário, e mesmo de eventual relação entre esses atos e as funções desempenhadas por ele na empresa. É o que dispõe os artigos 932, III, e 933 do Código Civil. “Para a caracterização da responsabilidade, que é, repita-se, objetiva, pouco importa que o ato lesivo não esteja dentre as funções do funcionário. Basta que as funções por ele desempenhadas facilitem sua prática”, afirma o procurador.

O MPF pede a condenação da Telemar ao pagamento de indenização no valor de R$ 50 milhões, nada impedindo que o juiz aplique valor mais alto se assim entender.

O procurador Marcelo Ferreira lembra que “a sanção terá evidentemente caráter pedagógico, um exemplo para que a empresa não reincida nos mesmos erros. O valor, calculado com base no bilionário patrimônio da empresa e em parâmetros definidos pela Lei de Telecomunicações, destina-se a compensar devidamente o abalo sofrido pela coletividade em ver que o crime de racismo praticado em suas dependências ficará impune devido à conivência da empresa para com o funcionário não identificado”.

Ação penal – Os responsáveis pela Gerência de Segurança Empresarial da Telemar (Oi), setor encarregado do recebimento e resposta a ofícios e demais requisições dirigidas à empresa, foram denunciados pelo MPF em junho do ano passado. Ao deliberadamente retardarem e se omitirem na resposta às requisições judiciais, protegendo a identidade do autor da conduta ilegal, eles teriam cometido os crimes de desobediência (art. 330) e favorecimento pessoal (artigo 348 do Código Penal)."

Minha questão é a seguinte, alguém acha mesmo que essa multa será aplicada? "Siga o dinheiro", como disse o Garganta Profunda (que denunciou Nixon). E mais, siga a propriedade. Quais são os nomes fortes da Telemar na política?

Então o MPF que espere sentado algum arbítrio "maior" do que esse valor condenatório. Inclusive espere sentado a concessão deste valor.

Não na Terra Brasilis.

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domingo, 19 de abril de 2009

O LIVRO DE CHÁVEZ A OBAMA

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O gesto de Chávez ao presentear Obama com o livro As Veias Abertas da América Latina* foi interessante e poucos na imprensa exploraram o real conteúdo do ato. Existem aí dois lados, o primeiro é claro, é uma provocação de Chávez. Afinal, o maior explorador de nosso continente é de longe, os EUA. Porém, Obama está longe de ser um imbecil como Bush e se ele já não leu o livro, acredito verdadeiramente que o lerá. 

Eduardo Galeano mostra muito bem como se deu o processo depredatório de nossa região em nome das necessidades norte-americanas e européias.

O outro lado é que o livro se transformou instantâneamente em um best-seller. Passou da posição 60.280 na lista de vendidos da Amazon.com, para o número 11. Não é pouca coisa (aqui). 

Se no mínimo sessenta mil americanos lessem seu conteúdo, poderíamos estar começando um novo tempo de relações entre o pensamento alienado do americano do norte e um sul que já desponta como imperioso para a manutenção da economia mundial. Afinal, os EUA já se deram conta da dura realidade. Eles não mandam mais no mundo como gostariam.

Creiam que não foi fácil para um presidente estadunidense ter que chegar à uma cúpula (a do G20) e dizer que está lá pra aprender. 

Fantástica é a declaração do porta-voz da Casa Branca, ao ser perguntado pelo repórter se ele leria o livro. "Eu acho que é em espanhol, e eu teria dificuldades". Na cabecinha insossa de Robert Gibbs, provavelmente só os títulos americanos são traduzidos para outras línguas.

Na outra ponta, o Conselheiro da Casa Branca, Jeffrey Davidow já se apressou em dizer que um aperto de mãos não significa uma melhora nas relações (veja, na CNN).

Diz a lenda que Davidow, quando era observador político dos Estados Unidos, no Chile em 1973, ajudou a encobrir as atrocidades da ditadura pró-américa de Augusto Pinhochet. Também trabalhou ao lado do governo pró-americano do México enquanto lá esteve lotado.

São todas boas companhias para Obama. Seus conselheiros são um primor, a começar por Hillary Clinton. Se ele colocar esse livro em sua cabeceira para uma breve lidinha à noite, não faltarão mãos para jogá-lo fora. 


* Se estiver duro, clique aqui e baixe uma versão digital do livro. Se não for o caso, clique aqui e compare os preços nas lojas.

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sábado, 18 de abril de 2009

A INDIGNAÇÃO DE LUCIANA GENRO

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Boas palavras de Luciana Genro. Pena que, sabemos todos, nada adiantará.

De toda forma, vale assistir.



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EUA + ISRAEL

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Certas coisas não mudam nunca. Assim vemos no jornal El País:

"EEUU e Israel abandonaron la Conferencia de Durban (Suráfrica), por considerar que ésta había adquirido un tono antisemita y antiisraelí cuando los países árabes promovieron la inclusión del sionismo como una forma de racismo."

Israel continua com aquela picuínha de não aceitar crítica NENHUMA sobre suas posições, sobre sua religião, sobre a maneira como olham o mundo e por ele são olhados. Obama certamente não fará disso um ponto nevralgico de seu governo. Quer dizer, não será tão colado com os judeus, mas francamente, já podia ir largando esta mala que é a política externa americana. Ele precisa reparar de uma vez por todas que no estágio atual do mundo, ele perde muito mais do que ganha sustentando esta tolice da política ensandecida de Israel.

Tem um mundo inteiro que não aguenta a hipocrisia israelense. E este mundo inteiro quer fazer comércio. Será que vale a pena deixar o mundo todo em troca só de Israel?

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sexta-feira, 17 de abril de 2009

KLEIN E A DECEPÇÃO COM OBAMA

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Chamou minha atenção um artigo do NY Times reproduzido pelo Terra Magazine, acerca da opinião de Naomi Klein sobre a "ressaca" e a "decepção" com Obama (clique aqui para ler).

Fico pensando com que cabeça esta boa jornalista pode dizer que se dececpcionou com Barack Obama. Ora, com a cabeça de uma cidadã mediana estadunidense, ou com a cabeça de uma eleitora de esquerda aguerrida que realmente imaginava estar elegendo o salvador da pátria?

Eu mesmo já disse que Obama ficará super no meio termo. Digo em todo santo post que por mais que dele esperemos alguma coisa, ele continua sendo presidente dos Estados Unidos. Isso signfica ter que conduzir um país onde tudo isso que lemos cotidianamente na mídia, faz parte da cultura nacional.

Klein fala do fechamento de Guantánamo. Ora, ela realmente achava que depois de fecharem aquela prisão, seria permitido processar os militares por suas atitudes absurdas? Ou ela não percebe que fazendo isso estariam desenrolando um novelo de complicadíssimas ligações do Pentágono, com a indústria armamentista, da indústria da invasão de outros países para lhes roubarem os recursos, da pilantragem que foi bombardear o Iraque e o Afeganistão sob um acolchoado de mentiras estapafúrdias?

Ingenuidade de Klein. Metade do PIB americano está centrado nas consequências das falcatruas executadas pelo Governo americano, a mando dos poderosos da iniciativa privada.

E a outra metade está baseada no engendramento do sistema financeiro nacional. Ou ela realmente achava que a economia americana tinha o tamanho que eles diziam que tinha? Claro que o governo daquele país injetará mais uma tonelada de dinheiro a fundo perdido apenas pra não ver falidos todos os seus ícones. Isso desmontaria o próprio capitalismo mundial.

Verdade seja dita. Isso agora, não nos ajudaria em nada.

Klein tinha todo o direito de se decepcionar. Mas se fosse mesmo uma esquerdista de carteirinha a ponto de fazer tais cobranças, nem deveria ter votado em Obama. Estava claro no discurso dele que ele mudaria ALGUMAS coisas, mas não mudaria tudo.

Lula fez a mesma coisa. Nos lembremos da Carta ao Povo Brasileiro. Lá ele demonstrava cristalinamente que determinadas barbaridades (como as privatarias) ficariam como estavam. Ou seja, quem levou, levou. Apenas estancaremos a sangria de agora em diante.

É muito fácil agora, depois de definido o jogo, ficar no púlpito batendo a varinha e falando que esses governantes são uns inéptos. Aliás, uma boa fatia da imprensa adora isso. É a chamada crítica pela crítica, que para os menos avisados, pode passar a imagem de uma mídia isenta, fiscalizadora, etc. Coisa que sabemos nós, ela não é!

Klein pode falar o que quiser. Mas não pode fazer parecer que os americanos elegeram Evo Morales e que agora clamam por mudanças. Obama não está desapontando ninguém de bom senso, pelo simples fato de que ele não prometeu desmontar o país e começar tudo do zero.

Se me perguntarem se eu acho isso certo, vou dizer "olha, certo pode até não ser. Não digo que concordo ou gosto disso, mas convenhamos, nem sempre o certo anda de mãos dadas com o que é possível"

Obama está jogando com as cartas que tem em um tabuleiro que já estava alí muito antes de ele sequer ter nascido.

Quem não gosta, tem todo o direito de pegar em armas e fazer a revolução proletária, pois eu verdadeiramente acredito que um país de contornos socialistas seria muito mais justo. Mas honestamente, duvido que naquelas terras haja gente com cojones suficientes para isso.

Aliás, falta mesmo é gente com cérebro, pra isso.

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quinta-feira, 16 de abril de 2009

ENTREVISTA COM OBAMA

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Obama sem dúvida é substancialmente diferente do imbecil anterior que ocupava a Casa Branca. Sempre ressalto, ele é Presidente dos Estados Unidos. Portanto, não espere demais dele. De toda forma, ele está mesmo sintonizado com o século 21. E neste século, os EUA já não tem a força que gostariam de ter, e que efetivamente tinham anteriormente. Ele também é muito mais sincero do que os outros. 

Assista a esta boa entrevista de Obama para a CNN EnEspañol. Ele também fala do Brasil e do bom relacionamento com Lula. "O Brasil é uma potência". "Eu e Lula somos parceiros".

Saudades da época em que o Ministro das Relações Exteriores tirava os sapatos para entrar nos EUA?

Tem uns passarinhos de bico grande, que têm.






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OBAMA FAZ O QUE LULA DEVIA TER FEITO

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Eu sempre disse que quando Lula assumiu em 2003, deveria ter desmontado a caixa-preta de Don Fernando, O Segundo. Teria evitado tanto desgaste com as sucessivas CPIs de nada, e tirado a munição da imprensa. Deveria ter feito isso, aliás, já no início de 2004, que todos sabiam, seria o início do bombardeio. Estava muito claro naquela época que a imprensa só daria a ele a tranquilidade de um ano. Depois, era chumbo grosso.

Enfim. Obama, que também não é bobo e sabe que logo logo vai ser cobrado pelos insucessos, resolveu jogar a M no ventilador.

"CIDADE DO MÉXICO (AFP) - O governo do presidente americano Barack Obama anunciou nesta quinta-feira que quatro memorandos secretos que serviram de base jurídica para as práticas controvertidas da administração Bush em matéria de luta contra o terrorismo serão publicados, mas ressaltou que algumas partes serão censuradas." (veja aqui)

Bem, as partes que "serão censuradas" naturalmente são aquelas que a máfia militarista do Pentágono, ordenou que ficassem escondidas.

Afinal, não exageremos. Obama pode até ser um cara legal e estar fazendo coisas jóias, mas ele ainda é um presidente americano.

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PIRATAS DA SOMÁLIA

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Vale MUITO a pena ler este bom artigo publico no The Independet, sobre os novos piratas e aqueles que víamos nos filmes. A lembrança para o artigo é do blog Grupo Beatrice.

Veja a história traduzida:

"Quem imaginaria que em 2009, os governos do mundo declarariam uma nova Guerra aos Piratas? No instante em que você lê esse artigo, a Marinha Real Inglesa – e navios de mais 12 nações, dos EUA à China – navega rumo aos mares da Somália, para capturar homens que ainda vemos como vilãos de pantomima, com papagaio no ombro. Mais algumas horas e estarão bombardeando navios e, em seguida, perseguirão os piratas em terra, na terra de um dos países mais miseráveis do planeta. Por trás dessa estranha história de fantasia, há um escândalo muito real e jamais contado. Os miseráveis que os governos 'ocidentais' estão rotulando como "uma das maiores ameaças de nosso tempo" têm uma história extraordinária a contar – e, se não têm toda a razão, têm pelo menos muita razão.

Os piratas jamais foram exatamente o que pensamos que fossem. Na "era de ouro dos piratas" – de 1650 a 1730 – o governo britânico criou, como recurso de propaganda, a imagem do pirata selvagem, sem propósito, o Barba Azul que ainda sobrevive. Muita gente sempre soube disso e muitos sempre suspeitaram da farsa: afinal, os piratas foram muitas vezes salvos das galés, nos braços de multidões que os defendiam e apoiavam. Por quê? O que os pobres sabiam, que nunca soubemos? O que viam, que nós não vemos? Em seu livro Villains Of All Nations, o historiador Marcus Rediker começa a revelar segredos muito interessantes.

Se você fosse mercador ou marinheiro empregado nos navios mercantes naqueles dias – se vivesse nas docas do East End de Londres, se fosse jovem e vivesse faminto –, você fatalmente acabaria embarcado num inferno flutuante, de grandes velas. Teria de trabalhar sem descanso, sempre faminto e sem dormir. E, se se rebelasse, lá estavam o todo-poderoso comandante e seu chicote [ing. the Cat O' Nine Tails, lit. "o Gato de nove rabos"]. Se você insistisse, era a prancha e os tubarões. E ao final de meses ou anos dessa vida, seu salário quase sempre lhe era roubado.

Os piratas foram os primeiros que se rebelaram contra esse mundo. Amotinavam-se nos navios e acabaram por criar um modo diferente de trabalhar nos mares do mundo. Com os motins, conseguiam apropriar-se dos navios; depois, os piratas elegiam seus capitães e comandantes, e todas as decisões eram tomadas coletivamente; e aboliram a tortura. Os butins eram partilhados entre todos, solução que, nas palavras de Rediker, foi "um dos planos mais igualitários para distribuição de recursos que havia em todo o mundo, no século 18 ".

Acolhiam a bordo, como iguais, muitos escravos africanos foragidos. Os piratas mostraram "muito claramente – e muito subversivamente – que os navios não precisavam ser comandados com opressão e brutalidade, como fazia a Marinha Real Inglesa." Por isso eram vistos como heróis românticos, embora sempre fossem ladrões improdutivos.

As palavras de um pirata cuja voz perde-se no tempo, um jovem inglês chamado William Scott, volta a ecoar hoje, nessa pirataria new age que está em todas as televisões e jornais do planeta. Pouco antes de ser enforcado em Charleston, Carolina do Sul, Scott disse: "O que fiz, fiz para não morrer. Não encontrei outra saída, além da pirataria, para sobreviver".

O governo da Somália entrou em colapso em 1991. Nove milhões de somalianos passam fome desde então. E todos e tudo o que há de pior no mundo ocidental rapidamente viu, nessa desgraça, a oportunidade para assaltar o país e roubar de lá o que houvesse. Ao mesmo tempo, viram nos mares da Somália o local ideal onde jogar todo o lixo nuclear do planeta.

Exatamente isso: lixo atômico. Nem bem o governo desfez-se (e os ricos partiram), começaram a aparecer misteriosos navios europeus no litoral da Somália, que jogavam ao mar contêineres e barris enormes. A população litorânea começou a adoecer. No começo, erupções de pele, náuseas e bebês malformados. Então, com o tsunami de 2005, centenas de barris enferrujados e com vazamentos apareceram em diferentes pontos do litoral. Muita gente apresentou sintomas de contaminação por radiação e houve 300 mortes.

Quem conta é Ahmedou Ould-Abdallah, enviado da ONU à Somália: "Alguém está jogando lixo atômico no litoral da Somália. E chumbo e metais pesados, cádmio, mercúrio, encontram-se praticamente todos." Parte do que se pode rastrear leva diretamente a hospitais e indústrias européias que, ao que tudo indica, entrega os resíduos tóxicos à Máfia, que se encarrega de "descarregá-los" e cobra barato. Quando perguntei a Ould-Abdallah o que os governos europeus estariam fazendo para combater esse 'negócio', ele suspirou: "Nada. Não há nem descontaminação, nem compensação, nem prevenção."

Ao mesmo tempo, outros navios europeus vivem de pilhar os mares da Somália, atacando uma de suas principais riquezas: pescado. A Europa já destruiu seus estoques naturais de pescado pela superexploração – e, agora, está superexplorando os mares da Somália. A cada ano, saem de lá mais de 300 milhões de atum, camarão e lagosta; são roubados anualmente, por pesqueiros ilegais. Os pescadores locais tradicionais passam fome.

Mohammed Hussein, pescador que vive em Marka, cidade a 100 quilômetros ao sul de Mogadishu, declarou à Agência Reuters: "Se nada for feito, acabarão com todo o pescado de todo o litoral da Somália."

Esse é o contexto do qual nasceram os "piratas" somalianos. São pescadores somalianos, que capturam barcos, como tentativa de assustar e dissuadir os grandes pesqueiros; ou, pelo menos, como meio de extrair deles alguma espécie de compensação.

Os somalianos chamam-se "Guarda Costeira Voluntária da Somália". A maioria dos somalianos os conhecem sob essa designação. [Matéria importante sobre isso, em http://wardheernews.com/Articles_09/April/13_armada_
not_solution_muuse.html : "The Armada is not a solution".] Pesquisa divulgada pelo site somaliano independente WardheerNews informa que 70% dos somalianos "aprovam firmemente a pirataria como forma de defesa nacional".

Claro que nada justifica a prática de fazer reféns. Claro, também, que há gângsteres misturados nessa luta – por exemplo, os que assaltaram os carregamentos de comida do World Food Programme. Mas em entrevista por telefone, um dos líderes dos piratas, Sugule Ali disse: "Não somos bandidos do mar. Bandidos do mar são os pesqueiros clandestinos que saqueiam nosso peixe." William Scott entenderia perfeitamente.

Por que os europeus supõem que os somalianos deveriam deixar-se matar de fome passivamente pelas praias, afogados no lixo tóxico europeu, e assistir passivamente os pesqueiros europeus (dentre outros) que pescam o peixe que, depois, os europeus comem elegantemente nos restaurantes de Londres, Paris ou Roma? A Europa nada fez, por muito tempo. Mas quando alguns pescadores reagiram e intrometeram-se no caminho pelo qual passa 20% do petróleo do mundo... imediatamente a Europa despachou para lá os seus navios de guerra.

A história da guerra contra a pirataria em 2009 está muito mais claramente narrada por outro pirata, que viveu e morreu no século 4º AC. Foi preso e levado à presença de Alexandre, o Grande, que lhe perguntou "o que pretendia, fazendo-se de senhor dos mares." O pirata riu e respondeu: "O mesmo que você, fazendo-se de senhor das terras; mas, porque meu navio é pequeno, sou chamado de ladrão; e você, que comanda uma grande frota, é chamado de imperador." Hoje, outra vez, a grande frota europeia lança-se ao mar, rumo à Somália – mas... quem é o ladrão?"

Clique aqui e leia outras notícias.

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LULA NO DESENHO SOUTHPARK

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Assim, deu na Folha Online:

"No episódio que foi ao ar ontem, dia 15, nos Estados Unidos, intitulado "Pinewood Derby", os personagens lutam contra uma invasão de alienígenas e pedem ajuda para diversos líderes mundiais, entre os quais Lula.

Em uma das cenas, o pai do personagem Stan conversa por telefone com alguns políticos, como Lula e o presidente da França, Nicolas Sarkozy.

Nessa momento, a tela se divide em quatro e Lula aparece no canto inferior direito, sentado com a bandeira do Brasil ao fundo. "

Naturalmente quando perguntarem pra FHC porque Lula aparece num desenho, mostrando claramente que hoje o Brasil é governado por alguém conhecido e respeitado e ele só aparecida em panfletos argentinos com o subtítulo "macaquitos' embaixo, Don Fernando responderá, "mas ele não tem falas no desenho".

Acho que se ainda não foi no episódio "é o cara" do Obama, deve ser hoje que Don Fernando, O Segundo comete arakiri.

Clique aqui para assistir o episódio do SouthPark.

terça-feira, 14 de abril de 2009

A FILHA DE FHC

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Infelizmente, só publicações de esquerda fazem esse tipo de piada.  Para as de direita tucanizadas, o assunto é tabú. Se foge dele, como o diabo da cruz.

Desenho de Bira, para a Charge Online, publicada pelo Vermelho.

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CHEGA DE CHORADEIRA

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Esta vem do blog do Marinho:

"A crise financeira internacional tem produzido aqui no Brasil notícias desencontradas. Alguns indicadores ruins ganham muita repercussão por parte da mídia e induzem os empresários a adiar investimentos e também desanimam os consumidores. Por outro lado, os números relativos às vendas no varejo tem sido bons e até setores que passaram por maus momentos, como o automobilístico, já mostram sinais de recuperação, muito em função da redução do IPI patrocinada pelo governo.

Eu soube hoje que um grupo de empresários importantes da indústria, varejo e atacado vai promover na 4a feira da semana que vem, em São Paulo, um encontro para tentar neutralizar as más notícias com uma agenda positiva bem ampla, que compreende desde a divulgação de dados positivos sobre a economia até a proposta de um plano de ação para estimular o crescimento do mercado e a produtividade. A ideia, em resumo, é enviar uma poderosa mensagem anti-crise para todos os brasileiros e passar uma injeção de ânimo para o mercado. A iniciativa é da Associação ECR Brasil e vai reunir gente como Cláudio Galeazzi, presidente do Grupo Pão de Açúcar, Júlio Campos, vice-presidente da Unilever e Vanderlei Greggio, diretor Comercial da Kraft Foods, entre outros. "


Minha pergunta é, como conciliar esta agenda positiva com a saga destemperada dos grandes meios de comunicação e da direita brasileira, ambos ávidos para acabar com a popularidade de Lula e com sua possibilidade de fazer o sucessor, com uma coisa que pode, muito bem, render ao Presidente ótimos frutos? Afinal, se sairmos rapidinho dessa fria, haverá muitos méritos para o barbudo, não há que se questionar.

Sabemos que sabujos como a TV Globo, a Folha (que apoiava a ditadura graciosamente ao lado do Estadão) e tantos outros, não estão nem aí para o Brasil e para o povo brasileiro. Querem é saber de ter novamente os tucanos no poder pois, se não podem aumentar sua receita através da publicidade (que somente se impulsiona pelas vendas no varejo), aumentarão em razão das ótimas barganhas que sempre fizeram com os setores de bico grande. Quem não lembra como eram "bem feitos" os gastos com publicidade na era FHC?

É uma boa briga esta que se avizinha. O setor da mamata contra o setor que quer trabalhar e vender.

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

A MAIOR DEMOCRACIA DO MUNDO

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Você cresceu ouvindo falar que os EUA eram a maior democracia do mundo. Também cresceu ouvindo dizer que Fidel Castro era um cruel ditador, que restringia a vida dos cubanos que sequer podiam sair de sua ilha.

Na medida que o tempo foi passando, os mais antenados se deram conta que a história verdadeira não era bem essa.

Neste semana, Obama anunciou, antes de sua viagem a Trinidad e Tobago, uma facilitação nas relações entre seu país e o de Fidel.

Entre as medidas, estão a permissão do envio de dinheiro dos Estados Unidos para Cuba, desde que não seja para membros do governo daquel país ou para o Partido Comunista; também será permitido que haja viagens livres para a ilha do caribe.

Também haverá uma abertura para as telecomunicações do país, permitindo que as empresas americanas licenciem satélites, que permitirão a operação de celulares, televisões e computadores naquele país (nesse caso, naturalmente as próprias empresas estadunidenses lucrarão).

A outra medida é reverter as restrições do envio de presentes para os parentes dos cubanos americanos na terra de Fidel. As restrições abrangiam roupas, produtos de higiene pessoal, equipamentos de pesca e coisas afins.

Pois bem, mas o que chama a atenção é o seguinte. Se os EUA são mesmo uma democracia, como pode não permitirem viagens dos americanos para Cuba? Como pode não permitirem que se enviem coisas para lá como podemos fazer aqui no Brasil para qualquer parte do mundo (incluindo Cuba)? Como pode não permitir que você, se for residente na América, traga um mísero charuto cubano da ilha sem correr o risco de ser preso e pagar uma bela multa?

Entende por qual razão a tal democracia americana é, e sempre foi, uma farsa?

Se fosse real, nada disso seria proibido.

Em tempo, convém saber o seguinte. Não é proibido sair de Cuba e viajar para os Estados Unidos de avião. O governo da ilha não proíbe. Porém, o governo dos EUA é quem proibe a CHEGADA de aviões vindos de Cuba em sua nação. E sim, é somente por este motivo que os miseráveis cubanos vão de balsa até Miami. Porque este é o único modo PERMITIDO pela legislação americana para que um imigrante CUBANO entre em seu país. Os haitianos podem chegar de avião, de carro, de pombo-correio, se quiserem, mas não os cubanos. Afinal, que graça teria não ter mais manchetes nos jornais daqueles pobres diabos fugindo do regime sanguinário dos Castro?

Não daria para fazer propaganda contra o regime comunista se eles pudessem entrar livremente na tão sonhada América.

E antes que você diga que se Cuba fosse boa de verdade, ninguém tentaria fugir, eu relembro que o número de cidadãos americanos vivendo no exterior, não pára de aumentar. No mundo inteiro sempre houve imigração. O continente americano inteiro foi construído assim. Porém, só a imigração dos cubanos assume contornos eminentemente políticos

Leia a notícia das liberações no NY Times.

Clique aqui para ler outras notícias.

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O SALÁRIO DO NASCIMENTO

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Existiu uma notícia sobre a "crise" que eu confesso, me sentí feliz em ler. Foi esta, publicada na Folha Online:

"SBT quer reduzir salário de Carlos Nascimento - Não são apenas Hebe Camargo, Carlos Alberto de Nóbrega, Gugu e Ratinho que tiveram salários reduzidos ou acordo de sociedade na hora de renovar contrato com o SBT. Carlos Nascimento, do jornalismo, pode ser o próximo. Ele ganha em torno de R$ 500 mil (já teve um aumento), mas agora o salário pode sofrer redução. Nascimento assinou contrato com o SBT em 2006."

Ora, ora, alguns desses senhores representam na nata da hipocrisia e do conservadorismo. Pobre para eles serve exclusivamente para dar audiência e para servir de bibelô.

Sendo sincero, eu não consigo ver mérito suficiente para Carlos Nascimento ganhar 500 mil reais por mês. O tipo de jornalismo que ele desenvolve é mesquinho e de forma geral, não presta. Acho que ele não é melhor do que a maioria dos seus colegas que ganham mil e poucos reais como piso de categoria.

Os noticiosos que essa chamada grande mídia desenvolve contém o único propósito de recolocar no poder seus amigos e queridinhos. Toda essa gente "chique" que você tá cansado de ouvir falar bem, os "competentes", os que promovem "choques" de gestão.

Mas a verdade é uma só. Eles ganham essa dinheirama toda pelo fato de terem audiência. Querendo ou não, o povo continua com esta mania insensata de ligar a televisão e gastar na frente dela, incontáveis minutos de suas vidas. Pra mim, televisão serve para assistir filmes. Notícias obtenho pela internet, onde posso comparar as fontes. Se todos fossem como eu, os Nascimentos não ganhariam tanto dinheiro. E precisariam trabalhar certinho para justificar o holerite no final do mês.

Agora, quanto aos salários dos Ratinhos, Hebes e Gugus; nem é preciso comentar.

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