terça-feira, 4 de agosto de 2009

COLLOR, RENAN, SIMON

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Muita coisa tem circulado sobre o tal "dossiê" do PMDB contra o PSDB. Especialmente contra Arthur Virgílio.

Um certo setor da imprensa está "horrorizado" com isso. Achei engraçado, porque não estavam horrorizados ANTES disso. Na minha cabeça, corrupção deveria deixar horrorizadas as pessoas o tempo todo, e não só quando é o partidário do time contrário que a pratica.

De toda forma, esperar bom senso na imprensa que cobre a política é bobagem. Especialmente esta, que é subordinada a José Serra e a seus comparsas. E também, esperar bom senso dos políticos, eles mesmos, seria a mais pura perda de tempo.

De todo modo, estão falando de um possível acordão que livraria a cara de Sarney, se em troca, o PMDB deixasse de jogar querosene na fogueira da mesma corrupção que cerca Arthur Virgilio, aquele que não tem sombrancelhas e que disse um dia ter sido de esquerda.

Como é sabido até pelo mundo mineral, Virgilio contou com a compreensão de todos, quando o Senado bancou o tratamento de saúde de sua mãe, de quase um milhão de reais. Também colaboraram os pagadores de impostos, quando Virgilio resolveu bancar um amigo em Paris, que estava lá somente estudando.

Sem mencionar a própria ajudinha do Agaciel Maia, o mesmo defenestrado pelo homem sem sombrancelhas, que quando o Senador batia perna em Paris, lhe enviou um "extra" de 10 mil dólares. Dinheiro claro, que Virgilio esqueceu de devolver.

Convenhamos, que não esqueceria de devolver uma quantia tão baixa?

Mas sabemos de onde o dinheiro vinha. Porque se dariam ao trabalho de devolver? Aquilo é uma ação entre amigos, mesmo!

Assim, nossos comentaristas das rádios e das TVs estão boquiabertos com tudo o que está se passando. O Boechat está tendo crias porque não entende a razão de Lula defender Sarney.

Mas claro, a imprensa não "entende" um monte de coisas. Ela entende em verdade, o que ela quer entender. Nada mais, nada menos. Baseado nisso, vão se criando os papagaios da mídia, que repetem sem se dar conta dos fatos, o que a "grande" imprensa propaga.

Eu não sou nem nunca fui de defender o Collor. Mas eu gostei do que ele disse ao bufão Pedro Simon, outro que convenientemente, só "vê" aquilo que lhe interessa. Quando FHC estava no cargo, ele como que por coincidência, não "via" nada. Pois bem, outro dia, quando Simon da tribuna do Senado pediu pela enésima vez para que Sarney renunciasse, citou de maneira pejorativa Fernando Collor de Mello. Disse que Calheiros tinha feito um acordo com Collor e depois o teria deixado na mão.

Visivelmente alterado, Collor tomou a palavra e por pouco, não partiu para a violência. Se consegue notar que ele estava bufando no microfone.

O resumo da ópera é que "pela primeira vez na história dese país", o Senado realmente está em crise. E a crise não é do Sarney, que tava quieto. A crise é dos que querem bombardear o governo e por isso miraram na Presidência da Casa. Ledo engano imaginando que os Marimbondos de Fogo ficariam calados. Agora, as vetustas "reservas morais" da Casa terão que pensar mais de uma vez antes de usarem os holofotes para atacar (e se projetar).

Pode ser que do outro lado, haja alguém descontente. E disposto a revidar.

Assista o vídeo do bate-boca a que Simon deu causa. Repare na hora em que Collor fala de uma "parcela" da imprensa que quer ver o circo pegar fogo. E no final, uma pena. Collor não deu nome aos bois e não contou os esqueletos presos no armário de Simon. O país inteiro agradeceria ter mais um bufão vestido de santo, desmascarado.

Ps. Antes que me perguntem, não, eu não estou do lado de ninguém. Lá quase todos são iguais. Mas também não estou do lado da mídia carnavalesca e hipócrita. Se depender dela, você só verá os podres de uns, e dos outors, nada.



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