Fico imaginando qual seria a reação das pessoas no mundo, se, digamos, a esposa de Joseph Stalin estivesse sendo conduzida por Vladimir Putin em um evento para celebrar a memória do marido. Ou quem sabe, se a esposa de Augusto Pinochet estivesse de braços com Michelle Bachelet em comemoração aos feitos dele. Mais, se a mulher de Saddan Hussein fosse convidada a um evento de grandes autoridades de seu país para relembrar os feitos de seu esposo.
No entanto, como a história é contada pelos vencedores, só podemos ver Barack Obama dando braços à Nancy Reagan, esposa do carniceiro da América Latina, que condenou à morte, sob tortura ou em chacinas, milhares de pessoas em todos os países de língua espanhola de nosso continente. Que cunhou o termo "império do mal" para se referir à União Soviética e por causa disso, lançou projetos como o megalomaníaco "guerra nas estrelas", com mísseis de ogivas atômicas na atmosfera da Terra, cujo orçamento seria capaz de acabar de vez com a fome no planeta todo. Que financiou tanto o Irã quanto o Iraque na guerra que moviam um contra o outro, e com o dinheiro da venda ilegal de armas, capitalizou a guerrilha para tirar do poder o presidente democraticamente eleito da Nicarágua, Daniel Ortega. Coisa que fez aliás, com bases de mercenários instaladas em El Salvador, o mesmo país que Hillary Clintou visitou agora para parabenizar a vitória do presidente (de esquerda) Mauricio Funes.
Se você parar para pensar, o mundo é uma tremenda hipocrisia, mesmo.
Veja aqui a notícia no site da United Press.
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