domingo, 21 de outubro de 2012

SERRA, DIMENSTEIN E A JUSTIÇA

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Muita gente acha que a Justiça eleitoral não deveria intervir diretamente no cotidiano das campanhas. Humildemente discordo porque se com a Justiça a baixaria rola solta, imagine sem ela. 

Fosse só a baixaria de contar os podres da vida do adversário, não haveria problema e acho inclusive que isso sim, é democrático. Mas normalmente existe a mentira deslavada. Isso, já é um problema.

Então, o negócio não está em a Justiça não intervir. Está em intervir sem ser parcial. E infelizmente vemos isso cada vez menos, especialmente nos locais onde a campanha é mais milionária e os interesses são outros. Isso claro, sem mencionar o bando de comissionados da política, que podem perder os carguinhos se o seu candidato for derrotato (e os que podem ganhar cargos, caso seu candidato vença). Tudo isso tem o condão de influenciar as decisões judiciais em favor ou desfavor desse ou aquele candidato Brasil afora.

A decisão que suspendeu a exibição da propaganda de Haddad, onde se exibia uma entrevista de Serra ao jornalista Gilberto Dimenstein é um exemplo do que não deveia ser feito jamais pela Justiça. Serra, como é de costume, destratou e ofendeu o jornalista que lhe perguntou algo que ele não gostou. Ele é truculento assim e a cada campanha isso se vê mais nitidamente. Quando ele é contrariado, fica doente de raiva e distribui sopapos em quem estiver na frente. Dê poder a um homem destes para ver o que o país vira. 

O programa do petista apenas reprisava a bobagem que Serra mesmo cometeu. Como isso poderia ser proibido? Sob quais argumentos?

Não, caro leitor. Argumento pra isso não existe. 

Além de tudo, existe uma pequena jogadinha no âmbito eleitoral. Como se aproxima o dia das eleições e o tempo de veiculação da propaganda vai terminando, a parte interessada se utiliza disso em seu favor para que não seja possível em tempo hábil, se recorrer da decisão e tornar a propaganda novamente exibível. Mesmo com a Justiça Eleitoral trabalhando ininterruptamente até a votação.

É com esta e outras artimanhas que se solapa a democracia. Nossos Tribunais deveriam passar ao largo desta tramóia.

Clique aqui para ver o preconceito imperando em Curitiba.
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Clique aqui para ver o tiro no pé das pesquisas manipuladas.
Clique aqui para ver uma vendedora ambulante esculachando Serra.
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