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Os militares tinham muitos defeitos, como por exemplo, achar que era certo arrancar o braço de alguém, ou suas unhas, ou dar choque, só porque fulano discordava de sua maneira de ver o mundo.
Os militares tinham muitos defeitos, como por exemplo, achar que era certo arrancar o braço de alguém, ou suas unhas, ou dar choque, só porque fulano discordava de sua maneira de ver o mundo.
Mas até onde me lembro, entre os defeitos dos milicos, não estava o de achar que o Brasil era o pior país do mundo em tudo.
Esse é um fenômeno bem mais recente, fruto provável do excesso de oitivas dos comentários de Arnaldo Jabor e da substituição exagerada de livros de história, por revistas de ESTÓRIA, como a Veja, por exemplo.
E olha que o país dos anos 70 e 80 era bem pior que o de agora.
A notícia do quadro acima não se deu no Brasil, mas sim, na Grã Bretanha. Lá, ao que tudo indica, alguém foi imprudente e permitiu que os carros embarcados no cargueiro, deslizassem, levando o navio a inclinar. Triste mas como sabemos, shit happens.
É que quando saiu a notícia no UOL, o rapaz à minha frente na fila da padaria, a leu no celular. Antes de saber exatamente do que se tratava, falou alto para o colega ao lado "ó o lixo dos portos brasileiros. Mas dinheiro pra Cuba, tem". Instigado, peguei o meu e fui procurar a mesma notícia. Ao ler, ví que se tratava do Reino Unido. O colega do revoltado advertiu para o erro. "Ah, é", foi a lacônica resposta. E ambos ficaram calados até chegar sua vez de pagar os pães.
Ao voltar para casa após os afazeres diários, me incomodo com a quantidade de buracos nas ruas da minha cidade. Soube que a prefeitura foi questionada sobre o fato e o que o representante do alcaide usou como desculpa, foram as chuvas. Bem, novamente trazendo os bretões para a luz, eu soube que em Londres também chove muito, mas não vemos tantos buracos nas ruas.
O que acontece é que no Brasil, a mídia é seletiva. Ao questionar a administração de um prefeito que "joga no mesmo time", a imprensa não argumentará que as chuvas não podem ser culpadas pela buraqueira na cidade. Porém, poderá, caso o mandatário não esteja na lista dos protegidos.
Bem parecido com o que a Veja fez em 2010 e em centenas de outras capas. Quando o governante era de um partido amigo, a culpa era do além, quando era de um inimigo, a culpa era do político que evidentemente, claro, seguramente, sempre tinha algo a ver com o PT. Clique aqui para relembrar a façanha.
E como a mídia manda pensar assim, os acéfalos, naturalmente, fazem como lhes fora ordenado.
Não se trata de defender A ou B. Se trata de ter que aguentar o expediente patético e diário de besteiras, propagado por quem não tem nem vergonha de ser ridículo, assumindo esse tipo de comportamento direcionado.
Particularmente se fosse comigo, eu teria vergonha de ser tão tacanha. Mas ao que me consta, muito menos gente tem vergonha de ser tido como imbecil, do que a OMS consideraria razoável.
Hoje me lembrei das pauladas que Ciro Gomes deu no delivery boy da Veja. O vídeo circula pela internet há algum tempo e dá demonstração clara de como é fraco e orientado o nosso jornalismo.
Esta semana ouviremos mais outra gritaria das mentes doutrinadas. Desta vez, contra a regulamentação da mídia. Dirão que é censura.
Claro, nossa imprensa não quer ser incomodada com nada, nunca. Ela acha que tudo pode. Mesmo que o mundo todo civilizado, pense diferente. Os EUA, a Inglaterra, a Suécia, até a Argentina colocam freios e obrigações para a imprensa. Aqui, o próprio jornalista acredita no trololó do latifundiário midiático, de que se trata de cerceamento de liberdades. Nas redações, levam chicotadas e ainda oferecem as costas.
Mas se revoltam sem saber por quê, quando as Casas Grandes mandam levas de 80 jornalistas embora, de uma só vez.
É que deveriam ensinar a ter discernimento na faculdade. Mas não ensinam. E e assim segue o barco. Dando preguiça cada vez maior de tentar argumentar com zumbis.
Esta semana ouviremos mais outra gritaria das mentes doutrinadas. Desta vez, contra a regulamentação da mídia. Dirão que é censura.
Claro, nossa imprensa não quer ser incomodada com nada, nunca. Ela acha que tudo pode. Mesmo que o mundo todo civilizado, pense diferente. Os EUA, a Inglaterra, a Suécia, até a Argentina colocam freios e obrigações para a imprensa. Aqui, o próprio jornalista acredita no trololó do latifundiário midiático, de que se trata de cerceamento de liberdades. Nas redações, levam chicotadas e ainda oferecem as costas.
Mas se revoltam sem saber por quê, quando as Casas Grandes mandam levas de 80 jornalistas embora, de uma só vez.
É que deveriam ensinar a ter discernimento na faculdade. Mas não ensinam. E e assim segue o barco. Dando preguiça cada vez maior de tentar argumentar com zumbis.
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