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Tá esperando um concurso da Petrobrás ou de outra estatal brasileira? Então leia estes escritos.
Hoje, vivemos num mundo de especialidades. Tudo é gourmet e bonito. Atendentes do Pão de Açúcar estão sempre felizes mesmo com um salário baixo, comerciais dizem que os funcionários dos Postos Ipiranga são "os mais qualificados" levando você a imaginar que frequentaram a faculdade pra aprender a trocar o óleo do seu carro. Não existe mais um ordinário pão com mortadela. O que se tem hoje é uma baguete vinda de supersônico de Provénce, chegando ainda quentinha à padaria, e servida com a mais deliciosa mortadela italiana.
Quando os americanos demitem alguém, eles dizem "I have to let you go" (eu tenho que deixar você ir) e não, "eu estou demitindo você". Ora, o cara não estava pedindo pra sair, então o patrão não está deixando o cara "ir" e sim, lhe dando um pezão nos "quadris" (como disse uma colunista cheirosa e limpinha outro dia, pra não falar "bunda", que é muito feio).
Num ambiente tão certinho, instalou-se, como não poderia deixar de ser, a ditadura dos "especialistas".
Assistindo aqueles filmes americanos de tribunal, aprendemos que a maneira mais fácil de desmontar a versão de alguém, é desacreditando a pessoa. Assim, se a testemunha diz que o acusado parecia "perturbado aquele dia" em que matou oito pessoas, o advogado de defesa perguntará se essa testemunha é psicóloga ou psiquiatra, pra ter o conhecimento técnico que lhe dê as credenciais adequadas pra afirmar se o fulano estava mesmo perturbado. Não basta olhar na cara do cidadão e ver que ele tinha sangue nos olhos e um machado na mão.
A mesma lógica vemos no imprensalão. Quando você quer que a notícia que você está dando seja levada a sério, o que você faz? Chama um "especialista" no assunto. E só veicula a opinião dele se ela naturalmente, for igual à opinião do dono do veículo de informação. Se o "especialista" pensar diferente, ele naturalmente não será ouvido, e caso a entrevista seja ao vivo e ele discorde do entrevistador, seguramente não será chamado uma segunda vez para dar opinião.
Semanas atrás vimos em alguns veículos de mídia, que o megaespeculador George Soros (que eles costumam chamar carinhosamente de "megainvestidor") comprou muitas ações da Petrobrás. Soros é o mesmo que quebrou no final dos anos 90 a economia da Malásia (veja aqui, em inglês), espalhando boatos para comprar moedas e ações na baixa, pra quando elas subissem, ele ficasse ainda mais trilhardário.
A Folha estampa em uma manchete escondida na página de economia, que Soros ao comprar ações do petróleo brasileiro, agia na "contramão" do mercado
Fiquei na dúvida se o jornalista em questão sabe o que é mercado, ou se ele apenas está sendo sacana.
Soros movimentou o mercado para que as ações caíssem, e eles as comprasse. Ou por acaso alguém acha que ele é estúpido de comprar ações de uma empresa que está à beira da falência?
Mas Soros não está sozinho neste intento. A Petrobrás e algumas outras empresas deste quilate ao redor do mundo, despertam o mesmo interesse em diversos megaespeculadores.
O que precisamos ter em mente é que uma companhia estatal de petróleo, em qualquer país do planeta Terra, jamais irá à falência. Ao menos, não nos próximos 100 anos. Ela pode ser vendida por qualquer motivo, menos falência. O petróleo é e ainda será por décadas e décadas a principal fonte de energia não renovável a movimentar o mundo, simplesmente porque o poder econômico por trás das empresas que o exploram, é alto demais. Ou por acaso alguém aí acha de verdade que a Shell, a Texaco, a BP, a Total e tantas outras simplesmente acordarão amanhã e falarão "vamos deixar todo o dinheiro que já gastamos e o que ainda podemos ganhar, pra lá. Vamos começar do zero em prol do meio ambiente. Vamos voltar a ser classe-média por um mundo melhor".
Seria meio ingênuo pensar assim.
Mas a mídia quer que você acredite realmente, que o Pré-Sal não é interessante. A partir do momento que ele for desinteressante, farão você ficar indignado com um governo que gasta dinheiro com ele, ao invés de pagar os juros da dívida pública. Daí o que você fará nas eleições, quando estiver devidamente doutrinado e indignado? Dirá que não vai votar no candidato que não quer privatizar esta empresa inútil, que é a Petrobrás.
A quantidade de ataques especulativos sofridos pela Petrobrás nos útlimos anos, é fenomenal. O de 2014 superou em quantidade e longevidade a todos os outros, pois todos os anos, sistematicamente, eles ocorrem.
Como já dito, tudo isso tem endereço certo. Forçar o governo a privatizá-la. Basta lembrar que ela quase foi vendida pelo Príncipe, perto dos anos 2000. Não conseguiu por fatores alheios à sua vontade.
O livro do astrólogo que se auto intitula filósofo, Olavo de Carvalho, chamado "O mínimo que você precisa saber pra não ser um idiota", não fala, mas deveria falar, que o mínimo mesmo, não é ler o livro dele, já que a regra é que, caso você leia, é porque já é oficialmente um idiota. A regra principal é acordar de manhã, se olhar no espelho e pensar. "Eu estou com cara de trouxa hoje? Pois se estiver, alguém vai querer me enganar".
Minha mãe me critica: "Mas você acha mesmo que tudo o que sai na imprensa é mentira?". Não mãe, claro que não. Só o que vale a pena ser mentido. O resto, como o assalto do consultório do dentista, ou o raio que caiu na praia, não precisa ser manipulado, pois não tem interesse financeiro.
Nossa mídia, que é pena de aluguel, e em relação a assuntos importantes, dá a notícia que lhe convém, vai tentar fazer você ter cara de trouxa. Daí vai te enganar mais uma vez. Cabe a você não cair nesse conto de fadas.
Ah, quase ia esquecendo. O que tem o título deste post, "o concurso da Petrobrás" a ver com tudo o que eu disse? Quase nada. Apenas fique atento para o caso de você pretender entrar na empresa. Se ela for privatizada, você estará no olho da rua, sem estabilidade, assim como aconteceu com TODOS os bancos estatais que foram vendidos.
Clique aqui pra saber que a Dilma foi responsável pelo navio que encalho no Reino Unido.
Clique aqui para ver que a utopia acabou.
Clique aqui para ver que o tomara-que-caia da atriz, é o que determina seu saber hoje em dia.
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Um comentário:
Eu gostaria de ter poderes de vidência, para saber quanto a quadrilha Globo/Veja/Folha/Estadão ganhou de comissão de Soros, pela gigantresca campanha de difamação da PETROBRAS, visando derrubar suas ações. Tenho certeza que a Grande Quadrilha recebeu uma enorme soma, embora representando um pequeno percentual de comissão.
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