sábado, 15 de agosto de 2009

GRIPE SUÍNA, MITOS E VERDADES

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A gripe suína conseguiu o que a crise mundial não conseguiu. Diminuir o ritmo de nossa economia. E tem gente, uns encastelados no Jardim Botânico no Rio, na Barão de Limeira ou na Marginal Tietê em São Paulo, achando isso ótimo.

Por isso não param de alarmar o povo. São sirenes ligadas o dia todo, é o "alerta laranja" inventado por Bush e propagado pela Fox News, soando o tempo todo.

Outro dia um amigo conversou comigo sobre os arrombos de denuncismo da mídia curitibana, sobre o Prefeito Beto Richa, e seu escândalo de caixa 2. Na visão dele, a imprensa estava batendo no Prefeito para assim, ter audiência. Eu disse a ele que não fosse ingênuo. Na matemática da vida real, isso está a centenas de quilômetros de ser verdade.

Mas sim, no imaginário popular, a mídia ainda faz essas traquinagens em busca de ibope.

Em busca de ibope, a mídia coloca mulher pelada na tv, faz telenovela estúpida ou joga os big brothers no ar a cada período. Mas ela não denuncia políticos em troca de audiência. Seria desperdício de seu poder.

Ela ataca este ou aquele político em troca de consequências eleitorais. E em virtude destas consequências, ela ganha ou perde dinheiro.

Afinal, todos sabemos que certos veículos da imprensa costumavam encher as burras de verdinhas, baseados na benevolência deste ou daquele governante.

O que acontece hoje tem um lado muito perverso. A mídia que se veste de democrática, que diz ser isenta e ter rabo preso com o leitor, na realidade só existe para propagar os interesses de seus patrões. São veículos privados, ora bolas. É tão difícil entender que eles não estão a serviço da coletividade?

Não estão nem nunca tiveram.

Não sei de onde o cidadão comum deste planeta tirou a idéia de que a imprensa é sua aliada. Ela só será sua aliada no dia em que, o que você quiser, for coincidente com o que ELA quiser. E como esta possibilidade é normalmente remota, eu sugeriria a todos que começassem a reavaliar as tolices lidas ou ouvidas nos meios de comunicação.

Atualmente temos esta telenovela mexicana da gripe suína. Os especialistas garantem que a letalidade dela é muito menor do que uma pá de outras doenças disponíveis no mercado. Mas é difícil de fazer convencer a pessoa comum que por mais que ela seja uma "reedição" da gripe espanhola, que matou milhões no século passado, morrer de gripe em 1919 era uma coisa. Morrer de gripe em 2009 é outra.

As condições de higiene, alimentação, saúde e educação há 90 anos eram consideravelmente diferentes. Trocando em miúdos significa dizer que se você for MINIMAMENTE cuidadoso, não ficará doente.

Mas se estiver se baseando só pelo que você vê sendo martelado todo santo dia na imprensa brasileira, se prepare, pois vamos morrer todos em no máximo, 30 dias.

E naturalmente se você está com tanto medo de morrer, é claro, não sairá, não irá às compras, não dará as caras no shopping, nem nos bares (ainda que sejam abertos) ou nos restaurantes. Ficará em casa. Não gastando dinheiro, obviamente.

E se não gasta, a roda da economia não gira. E se a roda não gira, você corre o sério risco de não ter emprego daqui a pouco, afinal, como o teu patrão vai pagar o seu salário se ele não vendeu um quilo de arroz o mês inteiro?

O que eu estou tentando fazer aqui, é explicar um contrasenso. Porque a mídia sabotaria um mercado que para ela é tão importante? Afinal, em tese a mídia vive do mercado, não vive? Ela vive das receitas publicitárias, e se as empresas não vendem (porque o cidadão tem pavor de ir ao shopping) ela mesma, a mídia, não sairia prejudicada?

Eu diria sem nenhum medo de estar errado, NÃO, cara-pálida. A grande mídia não vive disso. Ou pelo menos, não vivia até pouco tempo atrás. E ela está ansiosa pra que tudo volte a ser como era antes.

Alguém aí que esteja lendo estas linhas conspirativas (na visão de uns) é capaz de imaginar qual era o tamanho da verba publicitária do Estado brasileiro há dez anos? E seria capaz de supor para quantos veículos de comunicação ela seria destinada?

Você sabe na mão de quantas famílias está dividido o controle da "grande" imprensa? Se não sabe, eu te convido a dar uma olhada no site Donos da Mídia (veja) para ter uma idéia.

São bem poucos os veículos que recebiam quase toda a verba nacional. Por causa delas, as empresas não precisavam se preocupar tanto em vender anúncios. Elas tinham à sua disposição as verbas governamentais.

E nisso, não me refiro somente às de abrangência nacional. Falo das locais também. Um feudo fenomenal. O que você encontrará nas redes de comunicação locais? Apenas aqueles veículos que são contra um governo ou a favor de um governo. Se são contra, é porque não estão recebendo nada. Se são a favor, é porque estão. Isenção neste campo, não existe.

Não existe estas coisa de almoço grátis, como dizia Milton (Friedman).

E estes caras não estão nada contentes com o fato de atualmente, a mesma verba publicitária oficial que estava disponível em 2001 e era dividida em "x" famílias, estar sendo repartida agora com DEZ vezes mais gente. Isso mesmo, DEZ vezes mais gente comendo o mesmo bolo.

Trocando em miúdos, os mesmos R$ 100 que antes eram repartidos para dez veículos, agora são repartidos para 100. Trocando em mais miúdos ainda. O veículo que antes ganhava R$ 10 por ano de presente do governo, agora só ganha R$1.

Triste.

Mas talvez você fique pensando se seriam capazes, estes donos do poder, de fazer tudo isso só pra ganhar mais poder e mais dinheiro, só pra descredibilizar um governo, só pra enriquecer um ou dois laboratórios.

Bem, o que eu sei é que quando Bush fez o que fez com a América, quebrou dezenas de centenas de empresas. Inclusive algumas bem grandes, como certas companhias aéreas. Afinal, quem tinha coragem de voar naqueles tempos? Mas Bush não estava ligando pra elas, ou para o povo que perdeu o emprego ou toda sua poupança. Ele estava ligando apenas para o dinheiro de sua família e de alguns amigos políticos. Ele ligava somente para o dinheiro do petróleo que sua família e seus amigos refinam no Oriente Médio. Ele ligava somente para a indústria bélica de seus companheiros que agora produziam como nunca.

Ele ligava para os 10 bilhões de dólares que a Halliburton lucrou somente nos primeiros 4 anos de assassinatos no Iraque (Clique aqui para lembrar de quem é a Halliburton).

E Bush não foi contestado NENHUMA vez nos primeiros anos de governo, por NENHUM órgão da chamada grande imprensa americana. Não só não foi, como a Fox, antes de ele ter vencido as eleições de seu primeiro mandato, já o dava como vitorioso. E o anúncio não tinha nada a ver com contagem de votos ou pesquisa boca de urna. Tinha a ver com um jogo de cartas marcadas. A Fox simplesmente "sabia" que ele venceria. Bush não foi contestado como Collor também não foi por aqui. Mas quando a coisa ficou feia porque ele resolveu pisar nos calos errados, a mídia inteirinha o deixou ser massacrado em praça pública. A mesma mídia que o elegeu, quando chegou a hora, o entregou aos abutres.

O Carniceiro da Casa Branca subiu ao pódio e ZERO dos grandes veículos de comunicação se importaram com a tal democracia que todos sabiam, estava sendo vilipendiada. Para quem já esqueceu, Bush não foi realmente vitorioso naquele pleito. Como viemos a saber pouco tempo depois, Al Gore tinha ganhado. Mas Bush estava do lado das pessoas certas e por isso ficou com o cetro.

E porque os democratas não botaram a boca no trombone? Pelo mesmo motivo que Arthur Virgílio, o arauto da decência do Senado, vai ficar quietinho daqui a pouco. Porque ele também tem o rabo preso.

A tal "maior democracia do planeta", viemos a saber, era uma grande farsa.

E Bush não se incomodou com as liberdades civís que eram cassadas. Não se importou com os milhares de soldados americanos e "aliados" que morreram no Iraque.

Tampouco se incomodou com os 1 milhão de iraquianos inocentes mortos desde aquele tempo.

Do mesmo jeito que Hitlher não ligou para os tais 6 milhões de judeus. Nem Stalin para os tantos milhões que morreram sob suas mãos. Da mesma forma que a mídia inglesa não deu bola para Margareth Tatcher rifando todo o patrimônio público dos britânicos. Nem a imprensa brasileira falou um "a" quando FHC vendeu praticamente tudo o que era público no Brasil e deixou que os amigos embolsassem o dinheiro.

Nenhum deles realmente se importou com as consequências do que estava fazendo, pelo simples fato de que sabiam, tinham certeza absoluta, nada aconteceria com eles. Collor foi preso? Teve que devolver o dinheiro? E Tatcher, o que aconteceu com ela? E FHC? E Nixon? E Bush, tá na cadeia?

E a Folha de São Paulo que emprestava seus automóveis para a ditadura? E o Estadão e O Globo que apoiaram abertamente o regime assassino no Brasil?

Algum de seus diretores foi preso? Teve que se explicar para alguém?

A Fox foi obrigada a se retratar ou seu dono, o triliardário Ruppert Murdoch foi preso por apoiar um presidente não-eleito e por distorcer as notícias para beneficiá-lo?

Não meus amigos. Nada disso aconteceu. Mas, você continua acreditando em papai noel.

Achando ingenuamente que existe, na mente destes ilustrados donos do poder e da mídia, algum interesse público.

Na próxima vez em que ligar o rádio ou a tv, tente se questionar: QUEM está ganhando com o seu pânico?

Clique aqui para ver mais sobre a imprensa partidarizada do país.

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