segunda-feira, 30 de maio de 2011

DENUNCISMO: QUANDO A MATRACA QUEBRA A CARA

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A política é uma fuleiragem. Ultimamente, especialmente o "caso" Palocci evidenciou isso. A Folha, o "grande" jornal brasileiro sai demonstrando que o patrimônio dele multiplicou por vinte em pouco tempo. Mesmo se ele dá demonstrações de que tudo foi lícito e que por ter sido ministro seu passe naturalmente subiu de preço, essa é uma desculpa que não basta para a imprensa. E não basta para o povo também, que com certa razão, não enxerga lógica nisso, ainda que ela exista.

Palocci pode não ter sido "moral", como dizem alguns. Mas não foi ilícito. E a lei proíbe e condena o ilícito, não o imoral, até porque, moralidade é subjetiva. Cada um tem a sua.

Curioso é a Folha não ter percebido que o patrimônio da filha do J. Serra se multiplicou por 52 mil. Sim, não somente vinte, mas cinquenta e dois mil vezes. O argumento dela foi também curiosamente, muito parecido. Claro que a Folha não se incomoda com o enriquecimento de Serra, mas se incomoda com o enriquecimento de qualquer zé mané que seja do PT.

Nestes dias no Paraná o deputado Stephanes Junior saiu atacando o deputado petista Tadeu Veneri, reconhecidamente uns dos mais sérios da casa, de ter "embolsado" 150 mil reais.

Jogou a acusação na mídia, mídia esta que a reproduziu com gosto. Afinal, como é bom acusar alguém do PT de alguma coisa!

Mal se deu, quando Veneri no programa Olho no Olho da BandNews, trouxe todas as notas (que Stephanes certamente achava que ele não teria guardado), de todos os anos, comprovando os gastos e portanto, demonstrando o motivo do ressarcimento. São gastos parlamentares que todo deputado tem. Você goste ou não, mas paga pela gasolina, pelo telefone e pela correspondência oficial que um deputado envia. Como dito, pode até não ser moral, mas não é ilegal. 

Coisas que Stephanes, o acusador de Veneri, tem também. Ele gastou uma grana preta em restaurante, por exemplo.

Bacana mesmo foi ver o desconforto de Stephanes ao se deparar com todas as provas emitidas por Veneri. O acusador foi pras cordas, e visivelmente constrangido, foi baixando o tom da denúncia, dizendo "que bom" que Veneri tinha todas as comprovações.

O excesso de democracia permite isso. Você acusa alguém, especialmente da política, e acha que não precisa provar nada. Afinal, político não presta, mesmo. Melhor coisa do mundo é manchar a imagem de alguém que costuma prezar pela ética.

A mídia nacional faz isso todo dia. Ainda se fizesse com todos, seria bom, mas ela escolhe um determinado grupinho pra minar. Os amigos, por certo, raramente são vítimas de algum fogo indevido. Só quando não dá pra esconder, a imprensa cobra responsabilidade daqueles que ela ajuda todos os dias a eleger e a sustentar no cargo.

Um viva para a imprensa brasileira que é impune, e para os que acusam sem provas. É assim mesmo, no vale tudo, que se constrói uma grande nação. 


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