quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O POVO "VIU A LUZ"



Fantástica a posição da grande (?) mídia brasileira sobre a vitória de Obama.

Francamente, eu nunca, NUNCA ví tanta vassalagem. Sim, Barack Obama é o presidente eleito dos Estados Unidos da América, o país mais importante, para o bem ou para o mal, do planeta (bem mais para o mal, sabemos), mas o que é isso?

Parece que estão anunciando a vinda de Jesus Cristo em pessoa. Conseguem ser mais alienados que a própria imprensa americana, que colou no Bush após o 11 de setembro como as sanguessugas colavam no personagem reaganiano Rambo, redimindo a pátria das estrelas da derrota acachapante no Vietnã.

Naturalmente nossos capachos de plantão não nos surpreendem, mas o que era Pedro Bial dizendo no JN que o século 21 começou no onze de setembro?

Ora, faça-me o favor!

O Presidente brasileiro disse no festerê promovido pela revista Carta Capital que honestamente, Obama não carrega muita diferença ideológica entre os democratas e os republicanos, mas sua vitória é importante mormente em virtude de ser um negro o eleito para a presidência de um dos países mais racistas do globo. Agora, só isso. Ele não vai reinventar a roda.

Eu, pelo menos, não acredito que ele seja o salvador da humanidade. O que ocorre é o seguinte, qualquer imbecil de meia tigela seria melhor do que Bush nessa altura do campeonato. George Jr. veio, fez seu comercial, enriqueceu brutalmente sua família e amigos e vai embora deixando um legado desastroso para a raça humana. E lembremos, com o APOIO da maioria da população americana, que o reelegeu numa eleição incontesti. A primeira foi descaradamente roubada, a segunda, nem precisou. Agora, esta mesma população "viu a luz" e percebeu o quanto nefasto era esse homem.

Ora, alguém se olvida que o povo norte-americano só se deu conta disso quando começou a perder suas casas e seus empregos? Enquanto isso acontecia no resto do mundo por causa de seu egoísmo capitalista, ninguém dava a mínima.

Ou seja, não nos iludamos. Obama pode até ser havaiano, kenyano, negro, bacana e meio mussulmano, mas ainda é norte-americano.

Por qual motivo este frenesi?


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Um comentário:

Anônimo disse...

concordo contigo. mas foi muito cruel deixar a desilusão com teu texto para o final... mussulmano é brabo.