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Este ordinário blogueiro que vos escreve é um homem de esquerda. Acredita que o capital não pode sobrepujar a existência humana. O homem não pode ser escravo do homem.
Dito isso, digo que relevo a questão partidária. Costuma ter gente de bom senso em quase todos os partidos. Com exceção talvez do PFL DEMO. Aliás, talvez até no DEMO já que o Claudio Lembo é demo e não deixa de ter bom senso. Claro, AGIR com bom senso é bem diferente de meramente tê-lo.
Esclarecidos os pontos contraditórios, vejo com curiosidade os supostos homens de esquerda do PT paranaense se abraçando na canoa furada chamada Gustavo Fruet. A ânsia pelo poder em Curitiba chegou a extremos. Capitaneados por Paulo Bernardo e Gleisi Hoffman, firmaram uma aliança improvável com o neotucano, que passou dez anos de sua existência metendo o pau em Lula e toda a raça de petistas. Ninguém prestava, para ele.
Agora, querem fazer crer que está tudo bem, To tentando entender pra qual dos dois lados esta aliança é pior. Pro PT do Paraná (um pedaço dele, ao menos) que vai bajular Gustavo Fruet e esquecer de toda a armação que ele fez durante uma década para destruir o partido, ou se é pior para o próprio garoto mimado, que deixa claro e assinado que pouco importava o que ele dizia. Ele quer mesmo agora, é saber do prestígio de Dilma e que se dane todo o trololó que ele costumava entoar.
O clássico "esqueçam o que eu escrevi", de FHC.
Fruet será desmantelado quando a campanha efetivamente começar, porque nada sabe sobre Curitiba. Nada sabe sobre governar, nada sabe sobre gente. É apenas, como dito, um menino mimado, acostumado a ter tudo o que quis. Quando era contrariado, ao melhor estilo "piá de prédio", pegava a bola do campinho e ia embora, acabando com o jogo de todo mundo. Fruet brigou no PMDB quando não o deixaram ser candidato a Prefeito. Brigou no PSDB pelo mesmo motivo. Agora, no PDT, arranjou uma boquinha, não sem desagradar os clássicos pedetistas de Leonel Brizola, que execraram a entrada de tal figura no partido.
O PT de figuras como Doutor Rosinha e Tadeu Veneri está profundamente envergonhado. O PT de esquerda foi jogado no lixo com essa ridícula aliança. Iludem-se ambos os lados da arapuca, ao pensar que os eleitores engolirão essa laranjada. Fruet não receberá os votos dos petistas e os petistas não receberão os votos do ex-tucano.
Bastará a campanha começar pra ver os números do queridinho da mídia indo abaixo. Fruet não tem experiência e não tem vontade de ter. Acha que basta ter o nome de seu pai*. Pagarão ambos o preço da arrogância.
Melhor pra Curitiba, que poderá eleger de novo, alguém com quem possa contar. Alguém que entenda de Prefeitura e de quebra, mandar pra casa o atual Prefeito que só está alí de passagem, mesmo.
* O nome do pai é figura de linguagem. O pai de Fruet, o Maurício, foi Prefeito de Curitiba e nada fez de realmente interessante. Por anos foi chacoteado por seus gostos supostamente ébrios. É até folclórico na cidade. Não o questiono como homem de caráter. Sei lá se era, porque não o conheci. Mas de governar, no modesto modo de ver deste blogueiro, ele muito pouco entendeu.
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2 comentários:
O maior erro, a meu ver, foi do PDT ao aceitar esse garoto mimado em seus quadros. Porque o partido de Brizola é neste momento aliado ao PT. Não é possível que não haja um nome mais forte que o de Fruet nesses dois partidos em Curitiba. Mesmo assim, por que não pensar em uma tríplice aliança com o PMDB, que tem uma candidatura mais sólida e com chances de vitória?
Por que não extinguir de vez os partidos? Eu tenho uma doença congênita: sou oclocrata. Partidos e dirigentes são uma invenção de oportunistas para controlarem a sociedade, a favor de se próprios. Nenhuma república pode ser decente, e enquanto uma pessoa mandar em duas não existe democracia. Os partidos poderiam utilizar um nome mais apropriado: quadrilhas. Cada quadrilha, com seu ritmo próprio, procura fazer a festa num terreiro comum, enquanto ao povo em volta só resta aplaudir sua quadrilha favorita e vaiar a concorrente. Os valores individuais dos membros das quadrilhas se diluem, dissolvidos na fisiologia, digo, ideologia, a que cada quadrilha se apega, ou diz apegar-se. Assim, é muito comum a dança das quadrilhas e a mudança de pares, num eterno arraial, de um São João consagrado pela tradição e pelo medo das mudanças. É preciso repensar a sociedade. É urgente acabar com esse sistema republicano, que já nasceu torto. É fundamental que as leis, sua execução e seu juízo emanem realmente do povo, de cada popular, e nao de seus supostos representantes. Só assim poderá haver paz e concórdia. Os jornalistas, claro, terão menos recheio para seus noticiários tendenciosos.
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