terça-feira, 5 de junho de 2012

CURITIBA: NOVELA NO FIM

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Sabe aquela novela das 8 que precisa terminar antes porque é tão ruim, que não dá o menor ibope? Então, a novela curitibana em torno da venda do PMDB aos interesses escusos de certos donos do poder, parece estar no fim. 

Essa venda, capitaneada, tanto por esses tais donos do poder, que podem distribuir cargos, quanto por uma ala do partido, sempre disposta a ir com quem paga mais, é um triste demonstrativo de que ideologia política, para uma certa parcela dos integrantes das agremiações partidárias, não vale uma pataca.

Em outras palavras, quer me parecer que são pessoas que se preocupam tão somente com elas mesmas sem ligar sequer, se seu próprio partido pode ou não vencer as eleições. Ou seja, entre meu partido ganhar e eu estar fora do governo porque sou ideologicamente tão ruim que ninguém me convidaria para cargo algum; ou meu partido perder mas eu conseguir um carguinho agora, em troca do apoio, opto pela segunda hipótese.

Veja, caro leitor. Que lógica poderia ter em abrir mão da candidatura própria para apoiar a reeleição do Prefeito de Curitiba, sabendo que ele tem uma imagem deplorável junto à população, sabendo que sua administração foi tosca e que o povo simplesmente o defenestra? Quer dizer, porque seria razoável apoiar um cara que, de acordo com a palavra das ruas, tem 99% das chances indicando derrota acachapante?

Não são poucas as pessoas comuns que garantem, quando perguntadas, que ele sequer chegará ao segundo turno. E portanto, não chegando, o segundo turno seria entre quem? No caso de Curitiba, entre Fruet e Rafael Greca. Então para quem é de fora da cidade, eu explico. Fruet é do PDT e Greca do PMDB. O mesmo PMDB que tem esse tal grupelho querendo rifar a candidatura própria absolutamente viável.

Mas Requião bateu o pé e colocou da ratarada, cada um em seu lugar. Sejamos minimamente honestos, não dá pra levar a sério gente desse náipe. Em política, abandonar um barco que está afundando é até compreensível. Injustificável no entanto, é ver um povo fazendo rifa de um apoio que é absolutamente subjetivo*. E eu diria mais. Que vantagem Maria leva, comprando um apoio bichado como esse?

Política tem uns troços estranhos. Melhor é o eleitor prestar atenção no grupo que faz delivery de ideologia mas posa de vestal. Na hora que vierem te pedir um voto para esse candidato ou outro, saia correndo. Você já sabe o que tem por trás.

* Explicando o que é esse apoio subjetivo: Gente que não tem voto ou que tem pouco, que não conta com respaldo eleitoral, e que não goza de credibilidade junto à população. Que peso isso tem? Quanto vale um Lula no seu palanque, e quanto vale um FHC? Vale a pena pagar por um peso morto?

Clique aqui para ver a história dos leilões que rifam até pontos turísticos na cidade que um dia foi modelo.
Clique aqui para assistir Lula no Ratinho.
Clique aqui para ver sobre a privataria demotucana em Curitiba.
Clique aqui para ver o desabafo do homem comum, cansado da barbaridade feita pela imprensa.
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2 comentários:

Castor Filho disse...

Prezado
Tá faltando "dar nome aos bois" traidores do Requião. Sem isso o post fica capenga. Parabéns pelo blog.
Castor

Anônimo disse...

Eu nunca assisti essa novela, mas se você fala que é muito ruim, vou acreditar, porque não gosto de perder tempo.
Eu prefiro assistir algum filme e comer algo de pedidosja, assim direitamente nem cozinho.