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Que em política ninguém fala a verdade, você já sabe.
Mas algumas vezes é divertido ver as explicações ventiladas na mídia, acerca das decisões tomadas nos bastidores.
As frases "não me comunicaram" e "vamos ver o que o partido decide" são recorrentes. Como se de verdade, não fosse uma luta de foice no escuro pra decidir quem fica com qual naco de alguma coisa. Até parece que existe democracia no interior dos partidos. Especialmente dos partidos de direita, que por sí, já são contra a democracia (vide a história do Brasil e da América Latina).
O chute na canela do Senador Álvaro Dias, que por quinze minutos se sentiu na cadeira de vice-Presidente da República, doeu bastante.
O PSDB por algum motivo do além, o escolheu como vice. Talvez tenha querido dizer para o demo que não precisa dele. Que fosse cobrar almas em outro lugar. Mas o truco tucano não funcionou. Os demos se revoltaram e pediram o cumprimento da promessa.
A promessa no caso era além da alma, a cadeira de vice na candidatura.
E como o demo mostrou suas garras, o passarinho de bico grande foi obrigado a recuar.
Serra desdisse tudo o que disse. O partido simplesmente ignorou Álvaro Dias. Foi como se nada tivesse acontecido.
A história oficial ficou sendo como se Dias estivesse impossibilitado de disputar porque o irmão sairia ao Governo do Paraná. E isso em tese seria horrível porque aqui, Osmar, o irmão de Álvaro, disputaria contra o PSDB.
Claro que é lorota. Desde as últimas eleições se sabe que Osmar pretendia disputar o Governo. Álvaro dizer que não sabia das intenções do irmão é no mínimo, tolice. Conversa mole. Trololó, como diria o grão tucano.
O tucanato recuou porque sabe que é ruim com o demo, mas é pior sem ele. Aliás, sem o tempo de televisão e as verbas dele.
Mas o demo é uma âncora no pé de Zé Chirico.
Serra, que nunca saiu dos 35%, vai perder ainda no primeiro turno, de acordo com o que dizem os entendidos e as mais recentes pesquisas.
Serra está atolado demais com os demos.
E fazer pacto com o demo é complicado. Álvaro Dias acabou de perceber quanto custoso isso é.
Clique aqui para saber como é feita a vigilância ideológica de uma "certa" editora.
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