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A mídia nacional de quando em quando, se presta a cooptar novos "heróis" da ética na política. Toda hora nasce um, e morre logo em seguida. Foi assim com Fernando Gabeira, eleito pela Veja como o paladino da moralidade, foi assim com Jefferson Perez, eleito pela Globo (no caso, Perez realmente "morreu"), esta sendo assim com Cristóvam Buarque, que quando era Ministro da Educação não conseguiu emplacar qualquer coisa de significativa e depois saiu atirando, querendo justificar sua inoperância. E também é assim com o já antigo, Pedro Simon.
Buarque volta e meia aporta na mídia que lhe dá sempre ouvidos (memória curta, mas a mesma mídia não lhe escutava quando ele era do PT. Curioso, isso). Buarque é do semi-baixo clero do Congresso Nacional. Não faz nada de muito útil e volta e meia precisa de um factóide para que seja lembrado e por consequência, seja votado no próximo pleito.
Heloisa Helena seguiu pelo mesmo caminho. Quando era oposição, adorava atacar o PSDB e o PFL. Quando o PT assumiu a Presidência, temerosa de ser vitrine ao invés de se pedra, pulou rapidamente para o outro lado, votando contumazmente ao lado de seus antigos inimigos e contra seus antigos aliados.
E olha que HH sistematicamente chamava o pessoal do hoje "demo" e os tucanos, praticamente de anticristos.
Depois tem a coragem de falar em ética na política. Buarque faz a mesmíssima coisa.
E então nos debruçamos sobre Pedro Simon, que se embebedou nas turvas águas em que se banha a sereia midiática. Realmente deve achar que é um cidadão acima de qualquer suspeita. Também tem sua coisa curiosa. Ele tagarela o tempo todo no caso Sarney, mas fica de boca fechadíssima no caso Yeda Crusius, que está arrombando seu domicilio eleitoral, o Rio Grande do Sul.
Simon faz parte da bancada que apóia Yeda, mesmo com a popularidade dela lá embaixo. Quando é perguntado, desconversa. Aliás, não que a imprensa "grande" pergunte alguma cosia. Todos sabemos de que lado ela está, notadamente a RBS da Rede Globo.
Simon fica quietinho quando se fala na corrupção gaúcha, escancarada de Yeda e de seu PSDB.
Vejo nele a mesma picada de que são vítimas a maioria dos políticos brasileiros. O mosquito da incongruência deve, nesses todos senhores de reputação ilibada, ter pousado. Eles não falam mais coisa com coisa e usam cotidianamente os dois pesos e as duas medidas.
A corrupção dos aliados não importa. A dos inimigos a gente mostra. E a mídia claro, faz coro.
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