quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

BRASIL ESCOLHE CAÇAS DA FRANÇA

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O governo brasileiro assinou acordo para o reaparelhamento das forças armadas com a França. Disso, se extraem algumas coisas.

A primeira é que não assinou com os EUA, um aliado que poderia ser natural, porque eles não transferem tecnologia. Ou seja, a manutenção e a reinvenção só poderiam ser feitas pelos americanos. Isso, óbvio não interessa a um país que pretende ser independente militarmente.

Vale a pena notar que o Presidente Barack Obama pediu textualmente para o Congresso de seu país, afrouxar as regras da transferência tecnológica. Mesmo assim, seria apenas pra inglês ver. Ao Brasil, não interessa.

E nem aos EUA porque o afrouxamento não seria algo que eles fariam, realmente.

E ser militarmente independente significa socialmente independente. Basta olhar os apuros por que que passam os países sem armamento na mão das grandes potências, especialmente dos EUA.

Segundo, se extrai que isso é mesmo um recado para os EUA. Já foi o tempo onde aqui se mandava. Logo no começo do governo Lula, eles barraram a compra de armamento russo. Mas naquele tempo o Brasil ainda não tinha a força que tem agora. Depois, graças a brilhantes estratégias no intrínseco xadrez diplomático jogado por Lula e por Celso Amorim, o país foi soltando as amarras. Bem diferente de quanto Celso Lafer tirava os sapatos pra entrar na América, sob as ordens de FHC que sempre pregou em seus escritos, que o caminho correto para o Brasil seria a dependência comercial dos EUA. Basta ler o que ele escreveu. As palavras escritas o perseguirão pela vida toda.

A terceira é uma incompreensão. Por qual razão os militares brasileiros, mesmo assim odeiam Lula e o governo de esquerda? Ora, eles sabem muito bem o quanto pastaram nas mãos da direita brasileira, que desmantelou o exército de maneira patética a ponto de decretar o meio período de trabalho para "economizar" dinheiro, e não dar aumento nos soldos das forças armadas. Assim, tiravam sua auto-estima e os colocavam em submissão. Esta para mim, é a dúvida mór. Os militares são espertos e conhecidos por sua sagacidade. Por que é tão difícil somar dois mais dois e perceber que seu ódio contra a esquerda é infantil e desnecessário? Ademais, os militares podem ter todos os defeitos, mas são patrióticos. Nossa direita não, ela é entreguista. Basta olhar a forma vassala pela qual FHC comandou este país por 8 longos anos, oferecendo de graça o patrimônio nacioal conseguido a duras penas no país, pela infra-estrutura construída especialmente pelos integrantes da caserna. Inclusive e especialmente a Petrobrás que quase foi privatizada.

A outra questão é que Sarkozy está dando pulos. Ele precisa muito mostrar que está em sintonia com o mundo pra justificar sua presença nas próximas eleições.


Por isso aliás, ele tem feito questão de aparecer tanto por aqui. A América Latina e especialmente o Brasil estão muito em voga. Ele não pode perder a chance de dizer que tem influência.

É uma questão para pensar na cama.

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