sábado, 30 de maio de 2009

BRASIL COMPRA ARMAMENTO DA RÚSSIA

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Essa informação vem da Câmara de Comércio Brasil/Rússia:

"A russa Rosoboronexport, contratada pela Aeronáutica para fornecer 12 helicópteros de combate MI-35M, no valor de US$ 364 milhões, vai transferir tecnologia para o Brasil nas áreas de software do simulador das aeronaves e de manutenção dos itens críticos, como o motor.


A  proposta de compensação tecnológica para o contrato dos helicópteros, segundo o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer), será apresentada em junho. O contrato, assinado em outubro, já inclui a garantia de dois anos para o fornecimento de peças de consumo rápido e mais cinco anos de fornecimento de peças irreparáveis, além do treinamento completo das tripulações.


A empresa fornecerá, dentro do valor do contrato, o simulador do helicóptero e todo o ferramental e bancada para atendimento das necessidades de manutenção das aeronaves em nível básico. Um dos critérios que definiram a escolha da russa, de acordo com o Cecomsaer, foi a sua capacidade de entrega em curto prazo e emprego imediato dos helicópteros. A compensação está sendo negociada à parte, fora do contrato principal.


A proposta de contrapartida russa, de acordo com o Cecomsaer, contempla quatro áreas principais: a estrutura das aeronaves, motor, caixa de engrenagem do motor e o rotor principal e de cauda. "Esta será a primeira vez que nossos engenheiros irão trabalhar em uma fábrica russa durante o processo de produção de um equipamento de defesa", comentou o diretor do Centro Logístico da Aeronáutica (Celog), brigadeiro Edgard de Oliveira Júnior.


Os técnicos da FAB, segundo o brigadeiro, terão acesso aos processos de certificação e homologação de produtos aeronáuticos russos, uma oportunidade considerada inédita, tendo em vista que a Rússia não tem o costume de abrir informações em áreas estratégicas. "O contrato explorou ao máximo todas as oportunidades de intercâmbio de informações e tecnologias que no futuro permitirão ao Brasil montar, desmontar, consertar e alterar os helicópteros quando necessário", informou o Cecomsaer.

Proposta para fornecimento de caças também contempla transferências de tecnologias

Em proposta efetuada no início de Maio por autoridades russas, por conta da compra pela Força Aérea Brasileira de caças de superioridade aérea (FX2-BR), está prevista a transferência de tecnologias diversas para empresas genuinamente nacionais, seja no futuro desenvolvimento conjunto do projeto das aeronaves, como na integração com aviônicos brasileiros, na integração de armamentos brasileiros, na produção de sistemas de mísseis, e ainda na produção da turbina 117C, que equipa os caças Sukhoi 35, ofertados ao Brasil."



Note que é uma questão de postura no caso do Brasil. Não muito tempo atrás,  todas as compras de equipamentos de defesa eram feitos sem transferência de tecnologia. Ou seja, se quebrassem ou se, horror dos horrores, entrassemos numa guerra, estaríamos irreparavelmente nas mãos do fabricante. E eram comprados especialmente de quem? Dos EUA e seus parceiros. Especificamente, eram comprados de QUEM os EUA nos deixassem comprar.

Claro que estes foram outros tempos. O Brasil era governado por gente que entregava o patrimônio público mediante pagamentos simbólicos de esmolas ao tesouro nacional e tinha nas relações exteriores uns falastrões, que não se incomodavam em ser humilhados ao pedirem para entrar na América, sendo obrigados a tirarem os sapatos. Mesmo tendo imunidade diplomática.

Questão de postura. Questão de se impor e mostrar que você é importante. Pena que nossa direita ridícula e nossa classe-média alienada, não percebam.

 Clique aqui para saber que o que Boris Casoy fez é crime previsto no Código Penal.

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Um comentário:

Unknown disse...

Vide Guerra das Malvinas nos anos 80. A Argentina começou com alguns hits usando mísseis franceses Exocet, Aí segundo reza a lenda os EUA foram até a França e pediram educadamente os códigos para anular os mísseis do contrário usariam eles mesmos ou deixariam o Reino Unido usar armas atômicas contra a Argentina... Bom no caso aqui tb são produtos franceses esperemos q os nossos militares sejam mais espertos q os argentos