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Um dos maiores demonstrativos de má-fé do jornalismo brasileiro foi a questão das viagens internacionais de Lula. A imprensa pegou no pé porque Lula viajou bastante, superando até FHC. Acontece que uma das maiores crítica de Lula a FHC era que ele, justamente, viajava demais.
A má-fé da imprensa reside no fato de que ela sempre mostrou a crítica de Lula a FHC pela metade. Lula sempre disse que o problema não era viajar. O problema era viajar pra turismo, viajar por interesses próprios.
Porém, o mesmo Lula disse já no início de seu mandato que seria um "mascate" propagandeando e vendendo a imagem do Brasil lá fora. E que pra isso, viajaria muito.
Mas a imprensa seleciona só as partes que lhe convém na questão específica. Pega a frase de Lula criticando FHC e monta uma lógica propria.
Claro que a mídia nacional preferia quando era FHC no cargo, "vendendo" o país de outra maneira aos gringos.
Lula viajou e trouxe negócios. FHC viajou e quando trouxe alguma coisa, foi uma nova dívida feita com o FMI ou a notícia que em razão da "conjuntuta internacional", os juros precisavam subir, transformando a já medonha taxa na maior a ser aplicada no planeta. E isso, convém dizer, a imprensa pouco fala. Pouco fala que em menos de 2 anos a dívida pública do Brasil mais do que dobrava só em razão da taxa de juros autorizada pelo Governo.
Mas bom senso não interessa na atual conjuntura. Preferem estampar na manchete do UOL que é do Grupo Folha (que por sua vez, emprestava carros para a ditadura transportar os torturados sem serem percebidos) que Lula ficou 470 fora do cargo. Falam bem escondidinho na matéria que FHC ficou 447 sem trazer quase nada de útil à nação.
Dilma que se prepare. A bombardeio que ela sofrerá não terá a mínima relação com o sofrido por Lula. Será muito, mais muuuito mais efetiva e tendenciosa.
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