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No meio da advocacia criminal se diz muito comumente: "Alto lá com a demagogia. Ninguém está livre de matar alguém!". Imagine que um bandido entra em sua casa e tenta matar sua esposa e seus filhos. Será que você não o mataria antes?
Sendo assim, ninguém está aqui para atirar a primeira pedra em ninguém. O que se combate é justamente a demagogia mencionada no ditado.
FHC, como quase sempre, foi demagogo em relação ao seu filho fora do casamento. Hoje se descobriu que o filho não é dele. Ora, não é dele mas ele assumiu como se fosse. Em qual situação? Assumiu ACHANDO que era. Se achava, é porque esteve na situação propícia, ou seja, em intercurso extramatrimonial. Em outras palavras, pulou a cerca.
E o que houve depois disso? Imaginando que o filho realmente seria seu, movimentou todo o aparato pré-midiático para "sumir" com as evidências. Falou-se à boca pequena na época que a TV Globo fez questão de transferir a jornalista mãe do menino para bem longe, pagando-lhe um salário cala-boca e ajudando no sustento do filho, para que ele não virasse uma Lurian tucana. Lurian era filha daquela moça que "acusou" Lula de ter um filho com ela, e que Collor utilizou desavergonhadamente.
O senão naquela situação era que Lula nunca negou a paternidade, e também não era casado com ninguém quando da gravidez. Mesmo assim a direita raivosa do país lhe caiu no pêlo.
Agora FHC vem com cara de samambaia dizer que nada muda em seu relacionamento com o filho assumido. Que bom, porque em primeiro lugar, o menino não tem culpa de nada, nem ninguém é obrigado a assumir uma paternidade inverídica.
Mas e os vestígios de toda a história armada enquanto o ex-Presidente e seu círculo íntimo realmente imaginavam que o rebento era seu?
E todas as peripécias para não desacreditar o então Primeiro Mandatário? E a promiscuidade da chamada grande imprensa, que escondeu tudo do povo durante tanto tempo, com a mesma energia que caceteava Lula por uma situação sequer parecida?
FHC como de costume, não passa de um hipócrita reverberando tolices mundo afora. Igual o Serra que pretendeu colar na Dilma o selo de pró-aborto enquanto ele posava de vestal. Escondendo, óbvio, que ele e sua mulher fizeram um aborto no Chile.
Don Fernando abraçou recentemente a questão da liberação das drogas. De novo, pura falta de assunto porque em seu delírio de imaginar que está sempre na Europa, vem com o argumento que a Holanda assim o fez. Bem, a Holanda não tem um décimo do tamanho do país, e já está revendo sua política de drogas, porque não consegue conter e regular o consumo, nem tratar os dependentes. FHC provavelmente não perguntou para nenhuma mãe que perdeu o filho para o traficante o que ela acha da idéia.
A hipocrisia na política brasileira é um tumor que precisa urgentemente ser extirpado. A direita nacional poderia fazer sua parte deixando de ventilar bobagens como essas de FHC.
E em tempo, convém lembrar. A questão do DNA ter dado negativo, não absolve FHC de ter reconhecido espontâneamente o filho. A lei garante que o menino assim seja acolhido, com todos os benefícios da filiação. Ou seja, os outros filhos do homem não vão gostar muito quando tiverem que dividir o patrimônio do pai. Eles já ameaçam tentar reverter a paternidade na justiça.
Clique aqui para ver como o Azenha desmascarou a Globo com seu tolo manual de princípios.
Clique aqui para ver como a imprensa encara o mesmo "crime" feito por duas pessoas diferentes.
Clique aqui para ver o Governador do Paraná sugerindo que seu eleitor é imbecíl.
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2 comentários:
Parabéns pela matéria,como sempre
muito boa.Mas cabe uma retificação:
Lurian é o nome da filha de Lula e
de Mirian Cordeiro,a que prestou o
tal 'favor'à campanha adversária em
1989.E que,ao que tudo indica,jun-
tou o nome dos dois para nomear a
filha de ambos e depois procedeu da
forma que se sabe,sem mem zelar pe-
la própria filha.
O FHC Mendes tá tranquilo, pois sabe que a direita raivosa lhe será eternamente agradecida.
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