terça-feira, 2 de agosto de 2011

RICHA: "TE ENGANEI, ELEITOR TROUXA!"

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Cassio Taniguchi saiu da Prefeitura de Curitiba do mesmo jeito que Jaime Lerner saiu do Governo do Paraná. Pela porta dos fundos. A lenda (basicamente verdadeira neste caso) dava conta de que ele não tinha acentado um único tijolo na cidade.

Um tal de Beto Richa era seu vice-Prefeito. Como a popularidade de Cassio era pífia, a jogada de marketing foi a seguinte. Ele apoia um laranja (Osmar Bertoldi) para a sucessão e deixa Richa livrezinho para meter o pau na administração, dizendo que antes de tudo, ele não sabia de nada dos desmandos e da corrupção reinante na cidade. Afinal, ele era apenas o vice e o vice não sabe nada nunca.

O curitibano adorou o discurso e caiu na convesa mole.

Richa dizia que odiava Cassio e que jamais poderia se aliar a alguém tão corrupto. Ao menos era esse o sentimento que a campanha do PSDB procurava passar naquela época.

Em janeiro de 2011 vimos como Richa realmente odiava Cassio. Odiava tanto que o trouxe para ser seu secretário. Afinal, Cassio é bom profissional, bom operador. Esteve presente durante todo o mandato de José Roberto Arruda, o Governador do Distrito Federal pego com a boca na botija e com o dinheiro na meia, proveniente da corrupção ensandecida que inundava o Brasil, mas que a imprena fingia ser apenas instalada no PT.

Cassio desta vez veio explicar como é que fará para criar uma agência reguladora dos serviços elétricos. Nós do povo, estamos a tentar entender porque fazer isso se o Paraná só tem uma companhia de energia elétrica. Houvesse concorrência teria cabimento. Mas não tem concorrência. 

É estranho imaginar que o Governo queira criar uma agência, paga com dinheiro público, para fiscalizar o próprio Governo.

Ou talvez queiram mesmo, como é sabido do grande público, concluir o serviço de "modernização" e "descentralização" para poder abrir caminho para a privatização da Copel, a jóia rara do Sul do país.  Uma enpresa que funciona e anda muito bem das pernas.

Mas pode escrever. Daqui um pouco começarão a pipocar notícias de que ela está mal e que precisa urgentemente ser vendida para que o Estado não vá à falência.

Feito isso, seremos idiotas de novo, como já fomos durante 8 anos de intensa privataria, onde FHC e sua turma de lacaios entregaram a preços vís todos os bens árduamente construídos com o suor dos impostos da população, aos amigos da quadrilha que mandava no país.

No Paraná, Lerner cumpriu à risca a agenda entreguista. O Banco Banestado foi o caso mais absurdo de crime cometido contra o tesouro de um povo no sul do país. Era um banco que dava muito, muito lucro. O Governo quebrou fazendo empréstimos a pessoas que ele sabia, que não pagariam as contas. Daí se tinha um bom argumento. O banco era insolvente. Vamos vender.

Richa tem a cara-de-pau suprema trazendo Cassio Taniguchi para sua secretaria. Bem nas barbas da população do Paraná e de Curitiba. Depois ele quer que acreditemos que ele é diferente de seu antecessor. Quer que acreditemos que o que ele fez naquela campanha, onde se fez de marido traído, foi tudo com a melhor das intenções. 

Esse é o estilo da política que temos que suportar desde o início dos anos 2000. Quando vai acabar?

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