quinta-feira, 18 de agosto de 2011

RICHA: MORALIDADE DE BOTEQUIM

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O Governador tucano do Paraná, Beto Richa, tem se revelado ao público como aquilo que alguns já sabiam que ele seria: um belo presente de grego.

Richa se elegeu com um discurso moralista de que Requião, seu antecessor, era isso, aquilo e aquele outro. Se Requião espirrasse, tinha alguma coisa muito errada nisso. Havia sinal de má administração e de corrupção em seu espirro.

Tudo corroborado por boa parte da imprensa costumeiramente dócil do Paraná aos integrantes dos governos de direita, e normalmente raivosa em relação a governantes de esquerda.

Richa entrou e não passa uma semana sem que algo de grande dissabor venha à tona.

Já tivemos sua declaração inacreditável de que contratar parente rico (seu) não é nepotismo, já tivemos o caso muito estranho de ele voar num helicóptero emprestado de "não sabe quem"; também o caso da empresa de locação de aeronaves que comprou por "preço de sucata" os bólidos voadores do governo, porque eram "velhos" e empurrou ao povo um contrato, em troca, substancialmente vergonhoso em termos de grana, que dava pra comprar mais de um avião por ano. Tivemos também a pretensão de estender os contratos com as pedageiras por mais dez anos, e não bastando, a volta da privatização da companhia de energia elétrica do Paraná, defendida bravamente pelo paranaense quando dez anos atrás, um dos padrinhos políticos de Richa quis entregá-la a alguns amigos devidamente ricos.

Também teve o caso do amigo nomeado superintendente do Porto de Paranaguá, amigo esse que "coincidentemente" tem uma ação trabalhista contra o órgão que ele agora dirige e que poderia, segundo espertos do meio jurídico, favorecer a sí mesmo em tal acordo, bem como, a seus colegas que também movem a ação.

Richa fez tudo isso em oito meses de gestão.

A notícia do dia é que o tucano, amigão do Presidente da Assembléia legislativa, lhe dá um muito digno presente. 

Pega uma verba pública que estava sendo devolvida pela própria assembléia ao Estado, e a direciona a uma cidade, justamente de quem? Do Presidente da Assembléia.  

E que dúvida que o Presidente usará isso em sua campanha daqui uns anos.

Esta é a tal moralidade pregada por Richa. Este é o presente de grego que os paranaenses que nele acreditaram, estão ganhando.

Veja no original da coluna de Rogerio Galindo na Gazeta do Povo.

Clique aqui para ver sobre a memória fraca de um peemedebista tucano. 
Clique aqui para ver como Curitiba trata seus concidadãos.
Clique aqui para ver o estadinho falando mais uma bobagem.
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Um comentário:

Carlos disse...

Prezado blogueiro,

Gostaria de fazer duas ressalvas ao seu comentário de hoje.
Pelo que entendi vc chamou o governo de Requião de governo de esquerda. Pelo que me diz respeito isso não corresponde aos fatos. Nepotista e autoritário,além de falso moralista, trouxe mais problemas ao Paraná do que soluções. Se algum dia foi verdadeiramente da esquerda, hoje não resta mais qualquer lembrança, a não ser da boca prá fora. Permitiu que seu irmão Eduardo aprontasse poucas e boas no Porto de Paranaguá, apesar de alertado.
Outra coisa, o atual super da APPA Airton Vidal Maron, não é amigo do governador Richa. Foi indicado, numa troca de favores políticos, pela famíglia Maron, tendo o júnior, Alceuzinho, recém-ingresso no PSDB de Paranaguá como "petulante" ao cargo de Prefeito com o pleno apoio do atual governador. Vai ser uma campanha indigesta para o júnior. Abraço