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Este blog ordinário não cansa de dizer que a imprensa é privada e defende única e exclusivamente seu interesse financeiro. Não está interessada na informação. Está interessada naquilo que lhe rende capital.
O UOL, to folhetim tucano Folha, traz a opinião (verdadeira) de Mauricio Stycer, sobre o excesso de editorialismo na pataquada da Ferrari, em obrigar Massa a ceder a ultrapassagem a Alonso.
Obviamente que isso é ruim e é também a reprise do que vimos anos atrás, quando Barrichello fez o mesmo com Schumacher.
Gostemos ou não, é a lógica do esporte, que é, como a imprensa, um negócio e visa lucro. Por algum motivo a Ferraria achou que era o certo a fazer.
Na minha opinião, está errado. Porém, se olharmos pelo lado do jogo em equipe, está certo. A Ferrari é um time. Não é do Massa nem do Alonso. Portanto, o "técnico" mandou um jogador ficar atrás pra outro correr pela ponta.
Mas isso pouco nos importa. Como torcedores, temos o direito de não gostar, ainda que venhamos a compreender.
Porém, à imprensa não cabe o papel da editorialização. Pelo menos, não cabe a uma concessão pública, como é o caso de uma televisão. E também, fosse ou não uma televisão, a editorialização não combina com quem se diz isento.
Isenção é mentira. Nem Globo, nem Folha nem ninguém estão dando a mínima para o esporte. Estão apenas defendendo os ricos dinheiros que colocaram na transmissão do evento. É só isso que justifica que todos os informativos da emissora ripassem até a exaustão a decisão do dirigente ferrarino
Isso serve para vermos como o sangue da Globo sobe aos olhos ao menos sinal de prejuízo financeiro. Ora bolas, ela não está aí para brincadeiras. Não está aí pra informar. Está para ganhar dinheiro. Pra fazer lucro. Muito lucro.
Na política, por certo, não é diferente. Nem um tantinho. Se o candidato que for lhe dar lucro não tem chances de vencer as eleições, farão o possível para que tenha. Nem que isso leve a enfadonha editorialização, quando tudo parece um discurso sem fim, ao melhor estilo Fidel Castro. Oito horas sob o sol, falando e falando.
Mas Fidel não defendia o capital. E os espectadores assistiam porque queriam. Não são palavras minhas. São do cineasta Oliver Stone, ao realizar o filme Comandante. E bem ao contrário do que diz a grande mídia internacional (de direita), que insiste em dizer que para cada cubano na praça, tinha um soldado com o rifle apontado, obrigando a todos a assistirem ao discurso quietinhos, e aplaudir no final.
A mídia brasileira novamente mostra a que veio. E não é, dizemos de novo, para informar.
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