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Existe uma lógica sobre a corrupção, que pouca gente gosta de reconhecer. É aquela que identifica inconscientemente os limites do individual e do coletivo e em razão disso, se posiciona no local onde parece mais adequado.
Assim, por causa disso, por mais que a mídia esbraveje contra a corrupção, o povo parece já ter percebido que o negócio é um pouco mais embaixo.
Estão notando aos poucos, que a própria mídia é extremamente corrupta e parcial. Então fica o roto falando do rasgado. E com o povo no meio.
E desse povo você também tira aquela quota que se horroriza com a corrupção, mas quando pode, se aproveita dela, e você tem como resultado, uma manifestação contra a "corrupção" de 500 pessoas numa capital de Estado. 500 pessoas é o que comparado a uma "Diretas Já", a um "Fora Collor"?
Não é nada. Não enche uma rua, quem dirá uma praça.
Na data de hoje, passando por Cuiabá/MT pergunto ao taxista o que ele está achando sobre esse negócio do Carlinhos Cachoeira. Desolado, disse que é o maior poder paralelo do país. E com uma inesperada (por mim) lucidez, delineou exatamente o que está acontecendo. De onde vem a corrupção (neste caso) e de onde a mídia está tentando fazer parecer que vem. Desceu o pau na Veja e se entristeceu por ter acreditado durante tanto tempo numa publicação que se fazia de honesta, elegia os honestos do Congresso, e por trás dos panos, deitava e rolava de tanto roubar, desviar, subornar e influenciar.
Antes era mais fácil saber quem eram os corruptos, disse o taxista neste caso, ingenuamente. Ele "sabia" porque o poder dizia para ele no que acreditar e quem odiar. Hoje, num momento em que ninguém parece santo, as pessoas estão cansadas e resolveram cuidar da própria vida. Claro que isso não é uma boa coisa, mas retira ao menos, aquela capa de estupidez com a qual o povo era tratado pelos governos e pela imprensa. É um desânimo mas pelo menos, não é uma manipulação completa.
Três vivas (ou não) para o povo brasileiro. O Brasil continua progredindo apesar de haver uma corja de bandidos que insiste em vê-lo patinar e se ajoelhar perante a comunidade internacional. Deixando estes de lado, curiosamente, quem o faz progredir, além do esforço popular, é uma outra classe de políticos que mediante um bom suborno, financeiro ou não, concorda em votar medidas importantes para o país. Os fins justificando os meios e nós todos nos apercebendo que o sonho acabou. Restam coxinhas e risolis.
E é disto que teremos de fazer nossa festinha.
Clique aqui para saber se o tucano Richa vai explicar suas conversas com Cachoeira.
Clique aqui para ver o lamentável estilo da maioria da imprensa brasileira.
Clique aqui para ver como o neotucano de Curitiba mostra a maneira de queimar dinheiro público.
Clique aqui para ver Richa vendendo uma idéia que não era dele, como se fosse.
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4 comentários:
Não sei de quem é o texto.
Mas ilustrar o pensamento como se estivesse conversando com um "inocente" taxista, já é coisa de pseudo intelectual.
Tem muito taxista rodando por aí com mais conhecimento que o "ilustre passageiro". Tanto pratico como teorico. Temos professores, engenheiros, economistas, etc., que não se acharam nas profissões e estão pilotando carros de praça.
Esse negócio de achar que taxista é quase um analfabeto funcional já era...
Aqui em São Paulo a ideologia dos taxistas vai da extrema-direita até o nazismo. Então, se um taxista está decepcionado com a Veja, isso é um excelente sinal.
Carlos, este escriba não acha que os taxistas sejam analfabetos funcionais ou inocentes. Acha apenas que PODE SER que o taxista, como 95% da população, não consiga ter uma visão mais lúcida sobre o papel da imprensa. E sim, fui imaginando que aquele poderia ser um dos 95%. O que aliás, mostrou-se vedadeiro porque ele era sim ingênuo em achar que antes os mocinhos e bandidos eram mais fáceis de identificar. Criação do stablishment na qual ele e tantos milhões, embarcaram. Mas mesmo assim, não me julgo na classe dos pseudo intelecutais.
Concordo com o Roberto Locatelli, experimenta falar mal do Maluf pra um taxista em Sampa!!!
Ele te expulsa do carro!
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